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A Fusão dos Três Movimentos e a Criação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO)

A Fusão dos Três Movimentos e a Criação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO)
Introdução 
O presente trabalho visa abordar sobre a Fusão dos Três Movimentos e a Criação da Frente de Libertação de Moçambique. A Frente de Libertação de Moçambique, também conhecida por seu acrónimo FRELIMO, é um partido político oficialmente fundado em 25 de Junho de 1962 (como movimento nacionalista), com o objectivo de lutar pela independência de Moçambique do domínio colonial português. 
O primeiro presidente do partido foi o Dr. Eduardo Chivambo Mondlane, um antropólogo que trabalhava na ONU. 
Deste a independência de Moçambique, em 25 de Junho de 1975, a FRELIMO é a principal força política do país, sendo também o "partido da situação" desde então. 

Índice 
Introdução. 1
A fusão dos três movimentos e a criação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) 2
O I Congresso da FRELIMO.. 2
Historial da Origem e Desenvolvimento do FRELIMO.. 3
Conclusão. 5
Bibliografia. 6 

A fusão dos três movimentos e a criação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) 
Os três movimentos, MANU, UDENAMO e UNAMI, uniram-se em 1962 e formaram a FRELIMO, nome escolhido pelos três movimen tos pela sua forte sonoridade libertadora: Frente de Libertação de Moçambique. 
Porque sentiram a necessidade de se unirem? 
Estava agendado para se realizar em Dar-es-Salam, na actual Tanzânia, em 1962, o Congresso das Nações Africanas. Os movimentos moçambicanos foram convidados a participarem, mas tinham de falar a uma só voz. Então, foi necessário unirem-se e elegerem um líder com carisma político e vontade de independência.
O I Congresso da FRELIMO 
O I Congresso da FRELIMO foi o início da sua história formal. 
Realizou-se em Dar-es-Salam, entre 23 e 28 de Setembro de 1962, e lá foram elaborados os primeiros Estatutos e Programa da FRELIMO. Definiram-se ainda os órgãos que deviam compor a organização. A FRELIMO estava aberta a ouvir a opinião de todos no Congresso1 E juntos elegeram o seu líder que os movimentos já haviam pensado, Eduardo Mondlane.
O Congresso, depois de examinar as necessidades da luta contra o sistema colonial português em Moçambique, declarou a sua firmeza na condução do processo da luta até à obtenção da independência total e completa de Moçambique. Para isso, teve de adoptar algumas resoluções importantes, tais como:
— desenvolver e consolidar a estrutura organizacional da FRELIMO; 
— promover a unidade de todos os moçambicanos; 
— iniciar e acelerar o treino de quadros militantes para o arranque da luta; 
— cooperar com organizações nacionalistas africanas, de colónias portuguesas e amigas; 
— envolver a mulher no processo de luta; 
— criar mecanismos para levar a mensagem de engajamento na luta a todas as regiões do país; 
— criar condições para pedidos de apoio junto dos países amigos de Moçambique e defensores desta luta.

Historial da Origem e Desenvolvimento do FRELIMO
No dia 25 de Junho de 1962, de acordo com o protocolo, a UDENAMO, criada na Rodésia do Sul, cujos membros eram recrutados entre os trabalhadores e emigrados vindos, sobretudo, de Manica, Sofala, Gaza e Lourenço Marques; a UNAMI, constituída no Malawi por moçambicanos maioritariamente originários de Tete, Zambézia e Niassa, e a MANU, que se forma em Mombaça, no Quénia, agrupando particularmente elementos de origem Makonde de Cabo Delgado, dissolvem-se e constitui-se a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
Na ocasião, é nomeada uma direcção provisória, encabeçada por Eduardo Mondlane, com o objectivo de organizar o I congresso da Frelimo, que se realiza de 23 a 28 de Setembro de 1962, em Dar-es-Salam, no Tanganyika.
O I Congresso da FRELIMO, o “Congresso da Vitória”, define que o objectivo principal do movimento é a liquidação total da dominação estrangeira e a conquista da Independência de Moçambique.
A FRELIMO declarava, nos seus Estatutos, pretender acabar com a presença colonial e imperial portuguesa no país, alcançar a independência de Moçambique e defender as reivindicações dos cidadãos moçambicanos. Liderada pelo sociólogo Eduardo Mondlane, então funcionário das Nações Unidas, a FRELIMO transmitiu ao povo, combatentes e ao mundo a mensagem de que o objetivo da sua luta era derrubar o regime colonialista em Moçambique, e não matar o cidadão branco ou civil. 
Havia consciência de que só unido o povo alcançaria a autodeterminação, tanto pelo reconhecimento da causa da luta bem como pela sua justeza. 
O primeiro País que aceitou treinar os guerrilheiros moçambicanos foi a Argélia que, acabava de derrubar o regime colonial francês, após sete dolorosos anos de guerra. Na Argélia foram treinados três grupos de combatentes da FRELIMO. 
Os que desencadearam a luta armada em 25 de Setembro de 1964 foram cerca de 200 guerrilheiros treinados na Argélia e mal equipados, mas determinados a dar o seu sangue pela pátria e pelas gerações futuras. 
Em 1963, a Argélia acolheu três grupos de moçambicanos para receberem treinos de guerrilha, de modo a criar uma força militar. O primeiro grupo foi chefiado por Filipe Samuel Magaia; o segundo, por Samora Machel e o terceiro, por António Silva. 
No seu regresso, os guerrilheiros estabeceram os primeiros campos de treinos militares, em Bagamoyo, em 1963, e em Kongwa, em 1964, na Tanzânia. A China enviou instrutores militares para esses campos. Nos princípios de Maio do mesmo ano, a FRELIMO enviou o primeiro contingente de guerrilheiros para a China, composto por onze elementos, nomeadamente, Filipe Samuel Magaia (chefe do grupo), José Macamo (Adjunto chefe do grupo), José Phahlane Moiane, Cândido Mondlane, Paulo Samuel Kankhomba, Alfredo Maria Manuel, Matias Víctor, Inoque Mutser, Francisco Madengo, Francisco Kufa e Sebastião Marcos Mabote. Enquanto a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) acolhia grupos de recrutas moçambicanos, países como o Egipto, Gana e Israel forneciam ajuda militar e formavam outros quadros moçambicanos. 
Em Maio de 1964, a FRELIMO envia a Moçambique elementos para o trabalho clandestino, com o objectivo de organizar e dar tarefas concretas às populações, com vista ao desencadeamento da Luta Armada de Libertação Nacional. 
No norte de Moçambique, principalmente na região de Cabo Delgado e no Niassa, verificam-se movimentações de forças portuguesas e de guerrilheiros da FRELIMO.
A 25 de Setembro de 1964, é desencadeada a luta de libertação nacional por guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). A luta armada de libertação nacional foi lançada em quatro províncias, nomeadamente, Cabo Delgado, Niassa, Zambézia e Tete. 
Alberto Joaquim Chipande foi quem comandou um grupo de 12 homens que atacou um posto administrativo na Localidade de Chai, matando o Chefe do Posto e outros seis soldados.
No entanto, Portugal, ameaçando sair da NATO, conseguiu suster essa pressão, forçando os grupos nacionalistas de Moçambique a procurarem ajuda junto da União Soviética.

Conclusão
Terminada a abordagem pôde concluir-se que a União Democrática Nacional de Moçambique (UDENAMO) jogou um papel decisivo na fundação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) a 25 de Junho de 1962, de tal ordem que os seus estatutos constituem a base sobre a qual assenta toda a filosofia política do partido no poder, com as devidas adaptações. 
Esta organização, foi fundada em 1962 através da fusão de 3 movimentos constituído no exilo, nomeadamente, a UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique), MANU (Mozambique African National Union) e a UNAMI (União Nacional de Moçambique Independente). 
Dirigida por Eduardo Chivambo Mondlane, a FRELIMO iniciou com a luta de libertação Nacional a 25 de Setembro de 1964 no posto administrativo de Chai na província de Cabo Delgado. O primeiro presidente da FRELIMO, Eduardo Mondlane, acabaria por morrer assassinado a 3 de Fevereiro de 1969.

Bibliografia 
  • BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, Saber História 10, 1ª edição, Longman Moçambique, Lda., Maputo, 2010
  • NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013
  • Pereira, Luís José Barbosa, Pré-Universitário 12, 1ª ed., Longman Moçambique Lda., Maputo 2010
  • Matusse, R.., (2015). Captura do Quartel de Omar. (Maputo: ARPAC).
  • Moiane, J., (2009). Memórias de um Guerrilheiro. (Maputo: King Ngungunhane Institute).
  • Pachinuapa, R., Liphola, M., & Tiago, P. (Eds.). (2015). Moçambique: 40 Anos de Independência e Soberania. (Maputo: Nachingwea Editores).
  • Pachinuapa, R. (2011). Memória das Revolução 1962 -1974. (Maputo: Nachingwea Editores).
  • www.escolademoz.com

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TEMA: 

A Fusão dos Três Movimentos e a Criação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO)

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