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O Desencadeamento Da Luta Armada De Libertação Nacional

TEMA: O Desencadeamento Da Luta Armada De Libertação Nacional

Introdução 
A Guerra da Independência de Moçambique, também conhecida (em Moçambique) como Luta Armada de Libertação Nacional, bem como Guerra Colonial Portuguesa foi um conflito armado entre as forças da guerrilha da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e as Forças Armadas de Portugal. 
Oficialmente, a guerra teve início a 25 de Setembro de 1964, com um ataque ao posto administrativo de Chai no então distrito (actualmente província) de Cabo Delgado, e terminou com um cessar-fogo a 8 de Setembro de 1974, resultando numa independência negociada em 1975. 

Índice 
Introdução. 1
O Desencadeamento Da Luta Armada De Libertação Nacional 2
O início da luta armada. 2
O II Congresso da FRELIMO.. 2
As Etapas da Luta. 4
O início do fim da luta pela independência. 4
Os heróis da luta armada de libertação nacional 5
Conclusão. 6
Bibliografia. 7 

O Desencadeamento Da Luta Armada De Libertação Nacional 
Depois de muito se debater a forma de libertar Moçambique, o Congresso da FRELIMO optou pela luta armada. Em 1964 foi dado início à luta armada pela independência que começou pelo Norte do país.
Janet Mondlane diz que Eduardo, seu marido, no início, tinha sido sempre favorável à resolução diplomática do conflito, mas os portugueses não aceitavam conversar e foi necessário agudizar o protesto com recurso à luta armada.
No Início era só conversa, conversa, conversa, mas depois era preciso fazer outra coisa.

Janet Mondlane, in A Guerra (documentário da RTP), 2009 

O início da luta armada 
Em VOSSO NOME, A FRELIMO proclama hoje, solenemente, a insurreição geral armada do Povo Moçambicano, contra o colonialismo português, para conquista da independência total e completa de Moçambique. O nosso combate não cessará senão com a liquidação total e completa do colonialismo português.
Declaração do desencadeamento da luta armada de libertação nacional feita pelo Dr. Eduardo Mondlane, líder da FRELIMO, in Datas e documentos da História da FREL 1MO, p. 39 
Durante os primeiros anos da luta armada foram libertadas zonas no Norte de Moçambique, mas essas zonas estavam limitadas às províncias de Niassa e de Cabo Delgado. 
O II Congresso da FRELIMO
O II Congresso da FRELIMO realizou-se nas zonas libertadas da província de Niassa, tendo participado cerca de 170 delegados e observadores nacionais e internacionais. O Congresso modificou as estruturas da organização, adaptando-se à nova fase da luta de libertação nacional, com a actualização dos estatutos e do programa. 

Relatório do historiador Basil Davidson, que assistiu ao II Congresso da FRELIMO 
A FRELIMO fez um congresso do movimento, o primeiro desde a sua organização em 1962, no Norte de Moçambique, distrito do Niassa. Foi um risco. Mas tais eram as pressões públicas que se tinham levantado, por motivo da crise interna, que assim se fez.
O Congresso principiou e continuou a salvo. Um avião de reconhecimento português só localizou a assembleia nas florestas do Niassa na última tarde. Quando os bombardeiros vieram no dia seguinte, tudo se dispersara.
Basil Davidson, in Armando Pedro Muiuane, Datas e Documentos da História da FRELIMO, 3. edição, p. 94 (adaptado) 
Este congresso foi caracterizado por divergências entre as duas alas que se formaram com o agudizar das contradições no seio do movimento. 

DIVERGÊNCIAS DO SEIO DA FRELIMO
ALA DE MONDLANE
(moderada) defendia:
ALA DE NKAVADAME
(radical) defendia:
– a modernização do movimento;
– queria a separação com a actual liderança da FRELIMO;
– a forte mobilização do povo para a guerra;
– não concordavam com a liderança de Mondlane;
- a adopção da politica de clemencia em relação aos soldados portugueses prisioneiros;
– eram macondes e, por isso, lutariam sem clemencia pelo seu território;
– a participação da mulher na politica;
– o Congresso realizou-se sem a participação do Nkavadame e seus correligionários.
– a criação do exercito popular.

Foi feita uma tentativa de avançar sobre a Zambézia que teve de ser interrompida. Depois de 1968 surgiram também zonas libertadas na província de Tete. No entanto, a guerra de libertação nunca chegou a abranger mais do que 30% da área de Moçambique.
A ideologia da Frente de Libertação de Moçambique, FRELIMO, foi-se afirmando no processo da luta, como uma luta entre tendências e uma acumulação de mudanças nas mentalidades das pessoas, assim como na organização social real.

As Etapas da Luta
A primeira etapa da luta de libertação nacional vai desde o início da luta armada a 25 de Setembro de 1964 até ao Início da operação “Nó Górdio” (Julho de 1970), onde os guerrilheiros faziam as emboscadas contra as fortificações do exército português junto aos quartéis e acampamentos militares portugueses.
Na segunda etapa, os guerrilheiros da FRELIMO, face à ofensiva-surpresa dos portugueses, contrariaram a ofensiva lançando ataques no Norte de Tete, enquanto estes se concentravam nas províncias nortenhas de Niassa e Cabo Delgado, obrigando o exército português a mudar de estratégia, o que levou ao descalabro da “Operação Nó Górdio’ A FRELIMO sob a liderança de Samora Machel venceu os portugueses nesta pesada ofensiva.

A Operação “Nó Górdio” foi intensa em meios logísticos e durou cerca de 36 dias.
Derrota final da ofensiva militar portuguesa denominada “Nó Górdio” lançada pelo general fascista Kaulza de Arriaga contra as forças da FRELIMO.
Nesta ofensiva, iniciada em Maio, Portugal, segundo os seus próprios comunicados, utilizo u cerca de 35000 a 50000 soldados, além de caçadores especiais e comandos, equipados com 15 000 toneladas de armamento. Um grande número de aviões a jacto, bombardeiros e helicópteros, carros blindados e carros antiminas foram mobilizados. Os bombardeiros realizavam-se com uma média de 16 a 20 aviões e helicópteros em cada operação.
Armando Pedro Muiuane, Datas e Documentos da História da FRELIMO, 3ª edição, p. 157 

O início do fim da luta pela independência 
Eduardo Mondlane foi assassinado em 1969, por meio do rebentamento de uma bomba armazenada num livro, e Samora Machel, passados alguns meses, assumiu a liderança da FRELIMO.
A luta armada passou a ser liderada por Samora Machel, e a partir de 1970 a actividade militar da FRELIMO aumentou significativa mente. Mas o fim da luta armada foi beneficiado pelo fim da comissão de Kaulza de Arriaga e pelo 25 de Abril de 1974.

Os heróis da luta armada de libertação nacional
Neste período destacaram-se figuras heróicas moçambicanas, como Eduardo Mondlane, Samora Machel, Josina Machel, Tomás Nduda, Filipe Samuel Magala, Mateus Sansão Muthemba, John Issa, José Macamo, Paulo Samuel Nkankomba e Francisco Manyanga, entre muitos outros.

Conclusão
A opressão secular e o colonial fascismo português acabaria por obrigar o Povo moçambicano a pegar em armas e lutar pela independência.
A luta de libertação Nacional, foi dirigida pela FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique).
Esta organização, foi fundada em 1962 através da fusão de 3 movimentos constituído no exilo, nomeadamente, a UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique), MANU (Mozambique African National Union) e a UNAMI (União Nacional de Moçambique Independente). 
Dirigida por Eduardo Chivambo Mondlane, a FRELIMO iniciou com a luta de libertação Nacional a 25 de Setembro de 1964 no posto administrativo de Chai na província de Cabo Delgado. O primeiro presidente da FRELIMO, Eduardo Mondlane, acabaria por morrer assassinado a 3 de Fevereiro de 1969.
A ele sucedeu Samora Moisés Machel que proclamou a independência do País a 25 de junho de 1975. Machel que acabou morrendo num acidente aéreo em M'buzini, vizinha África do Sul acabou sendo sucedido por Joaquim Alberto Chissano.

Bibliografia
  • BOWEN, Merle. The State Against the Peasantry: Rural Struggles in Colonial and Postcolonial Mozambique. University Press Of Virginia; Charlottesville, Virginia, 2000
  • CALVERT, Michael Brig. Counter-Insurgency in Mozambique do Journal of the Royal United Services Institute, nº 118, Março 1973
  • GALHA, Henrique Terreiro, Descolonização e Independência em Moçambique-Factos e Argumentos, Ed. Edfera do Caos.

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