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Estratégias Financeiras Face aos Riscos

TEMA: Estratégias Financeiras Face aos Riscos


Introdução
Gerência de Riscos é o processo de planear, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de uma organização, no sentido de minimizar os efeitos dos riscos sobre essa organização ao mínimo possível. Esta Gerência também pode ser chamada de Estratégias Financeiras Face aos Riscos. Para minimizar o ou evitar estes riscos é preciso conhecer saber gerenciar a empresa com as estratégias corretas. Assim sendo, durante a abordagem deste trabalho iremos ver as estratégias financeiras face ao risco. 

Índice
Introdução. 1
ESTRATÉGIAS FINANCEIRAS FACE AO RISCO.. 2
Processo das Estratégias de Riscos. 2
Planejar o Gerenciamento dos Riscos. 2
Identificação de Riscos. 3
Análise Qualitativa de Riscos. 3
Análise Quantitativa de Riscos. 3
Planeamento de Resposta de Risco. 4
Monitoramento e Controle de Risco. 4
INSTRUMENTOS PARA O GERENCIAMENTO DE RISCO.. 5
Principais finalidades do gerenciamento de riscos. 8
Conclusão. 9
Bibliografia. 10

Objectivos
Objectivo Geral:
  • Dar conhecer sobre as Estratégias financeiras face aos riscos. 

Objectivos Específicos
  • Demonstrar os processos das estratégias de riscos;
  • Ilustrar o planeamento de risco.

ESTRATÉGIAS FINANCEIRAS FACE AO RISCO
O gerenciamento de riscos corporativos trata de riscos e oportunidades que afetam a criação ou a preservação de valor, sendo definido como um processo conduzido em uma organização pelo conselho de administração, diretoria e demais empregados, aplicado no estabelecimento de estratégias e formuladas para identificar em toda a organização eventos em potencial, capazes de afetá-la, e administrar os riscos de modo a mantê-los compatíveis com o apetite a risco da organização e possibilitar garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos.
Os eventos podem gerar impacto tanto negativo quanto positivo ou ambos. Os que geram impacto negativo representam riscos que podem impedir a criação de valor ou mesmo destruir o valor existente. Os de impacto positivo podem contrabalançar os de impacto negativo ou podem representar oportunidades, que por sua vez representam a possibilidade de um evento ocorrer e influenciar favoravelmente a realização dos objetivos, apoiando a criação ou a preservação de valor.

Processo das Estratégias de Riscos
Genericamente, os processos envolvidos na Gerência de Riscos são:
Planejar o Gerenciamento dos Riscos
O Planeamento do Gerenciamento dos Riscos tem por objetivo decidir como abordar, planejar e executar as atividades de gerenciamento de riscos em projetos. Como principais saídas, encontramos as listadas a seguir.

Saídas:
  • Metodologia
  • Funções e responsabilidades
  • Orçamentação
  • Tempos
  • Categorias de risco
  • Definições de probabilidade e impactos de riscos
  • Matriz de probabilidade e impacto
  • Revisão das tolerâncias das partes interessadas
  • Formatos de relatório
  • Acompanhamento

Identificação de Riscos
Determinação dos riscos que podem afetar o projeto e documentação de suas características. São utilizados como métodos revisões da documentação, técnicas de coleta de informações e brainstorming. Técnicas de coleta de informação, Análise da lista de verificação, Análise das premissas e técnicas com diagramas;

Saídas:
  • Lista de riscos identificados
  • Lista de respostas possíveis (Hipóteses)
  • Causa-raiz do risco
  • Categorias de risco atualizadas

Análise Qualitativa de Riscos
Priorização dos riscos para análise ou ação adicional subsequente através de avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. A análise qualitativa de riscos avalia a prioridade dos riscos identificados usando a probabilidade deles ocorrerem, o impacto correspondente nos objetivos do projeto se os riscos realmente ocorrerem, além de outros fatores, como prazo e tolerância a risco das restrições de custo, cronograma, escopo e qualidade do projeto.

Saídas:
  • Classificação relativa ou a lista de prioridades dos riscos do projeto
  • Riscos agrupados por categoria
  • Lista de riscos que exigem resposta a curto prazo
  • Lista de riscos para análise e respostas adicionais
  • Lista de observação de risco de baixa prioridade
  • Tendências dos resultados da análise qualitativa de riscos

Análise Quantitativa de Riscos
Análise numérica do efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto. A análise quantitativa de riscos é realizada nos riscos que foram priorizados pelo processo Análise qualitativa de riscos por afetarem potencial e significativamente as demandas conflitantes do projeto. Analisa o efeito desses eventos de risco e atribui uma classificação numérica a esses riscos. Ela também apresenta uma abordagem quantitativa para a tomada de decisões na presença da incerteza.

Saídas:
  • Análise probabilística do projeto
  • Probabilidade de realização dos objetivos de custo e tempo
  • Lista priorizada de riscos quantificados
  • Tendências dos resultados da análise quantitativa de riscos

Planeamento de Resposta de Risco
Desenvolvimento de opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as vulnerabilidades encontradas no projeto.

Saídas:
  • Registro de riscos (atualizações)
  • Plano de gerenciamento do projeto (atualizações)
  • Acordos contratuais relacionados a riscos

Monitoramento e Controle de Risco
Acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação dos novos riscos, execução de planos de respostas a riscos e avaliação da sua eficácia durante todo o ciclo de vida do projeto.

Saídas:
  • Registro de riscos (atualizações)
  • Mudanças solicitadas
  • Ações corretivas recomendadas
  • Ações preventivas recomendadas
  • Ativos de processos organizacionais (atualizações)
  • Plano de gerenciamento do projeto (atualizações)
Há a integração destes processos tanto entre si como com processos de outras áreas de conhecimento.Para ser bem-sucedida uma empresa deve estar comprometida com uma abordagem de 
gerenciamento de riscos pró-ativa e consistente durante todo o projeto.

INSTRUMENTOS PARA O GERENCIAMENTO DE RISCO
Como visto anteriormente, o risco é algo inerente ao negócio, quanto maior o risco maior o provável retorno. Todo empreendedor via de regra, necessita de um bom gerenciamento de riscos para a sobrevivência do mesmo no mercado.
Segundo Santos (2002, p.75) “A empresa está constantemente exposta a riscos que podem provocar perdas financeiras e até conduzi-las à quebra”. Por essa ótica o gerenciamento de risco se torna uma conduta de vital importância para as organizações. Um dos pontos chave para um bom gerenciamento de riscos é a criação de um departamento responsável pelo mesmo:
[...] Parece vantajoso, portanto, a existência de um departamento com a função formal de gerenciamento de riscos agindo no sentido da perceção, análise, quantificação e divulgação aos setores componentes dos riscos internos e externos reais e potenciais. (SANTOS, 2002 p.75).
Embasado em Santos (2002, p.76) “Muitas empresas nacionais como a Net (ex-Globo Cabo) e a CSN, [...] possuem em suas estruturas um Chief Risk Officer – CRO, encarregado da identificação, avaliação e solução dos problemas.

Área ou atividade Pretensão de um plano de estratégias de riscos financeiros
Tecnologia da informação 12,0% Seguro e Hedge 1,0% Operacional 9,0% Meio ambiente 8,0% Legal e jurídica 8,0% Finanças 8,0% Gerenciamento de clientes 7,0% Segurança e privacidade 5,0% Capital humano 5,0% Atuação da concorrência 5,0% Cadeia de suprimentos 5,0% Manutenção das atividades 4,0% Gerenciamento de imagem/marca 4,0% Fraude 4,0% Forças externas 1,0%
FONTE: Adaptado de SANTOS, 2002
Outros 4,0% Total respostas 100,0% FIGURA 1 – Tabela de pretensão de um plano de gestão de riscos. É óbvio que dependendo do porte da empresa o custo da criação de um departamento de gerenciamento de risco sobrepõe ao benefício auferido.
Empresas de médio/pequeno porte podem contar pelo menos com um profissional de riscos, não tendo que constituir todo um departamento ou, ainda, com consultorias especializadas. (SANTOS, 2002, p.7).
Segundo Santos (2002), “É importante que se constitua um Comitê de Riscos com pelo menos um representante de cada área mais eventualmente os consultores externos e os auditores da empresa.
O Departamento de riscos deve coordenar as atividades de tal Comitê, agendando reuniões periódicas ou emergenciais e mantendo os registros das discussões e decisões tomadas. O Comitê de Riscos também será o responsável pelo desenvolvimento de um mapa, ou matriz de risco [...].(SANTOS, 2002 p.78).
Contudo, observa-se a necessidade de outras áreas incorporarem a cultura de riscos, Santos (2002), expõe como exemplos:
  • Compliance: área responsável pela certificação do cumprimento das normas da empresa.
  • Auditoria Operacional: área tradicional das empresas que precisa aderir uma cultura de riscos em seus procedimentos.
  • Inspetoria: área de fiscalização comum em empresas comerciais (lojas) e de serviços (transportadoras e viações).
  • Cadastro/Crédito: área que analisa informações cadastrais e económico-financeiras de pretendentes a crédito.
  • Contabilidade/Controladoria: área à qual compete a contratação de auditores externos que irão verificar a exatidão das demonstrações contábeis da empresa. A mesma pode agir juntamente com a área de gestão de riscos.
  • Área de gestão de Operações de Seguros: encarregado de avaliar riscos seguráveis, contratar e monitorar os contratos de seguros.
  • Atentando aos riscos mais enfatizados ou mais impactantes citados acima observa-se que:
Pretende-se com a actividade de gerenciamento de riscos introduzir a idéia de limites e responsabilidades entre o consciente (a atividade dentro da organização) e a incerteza (a ligação entre ameaça e risco), tendo como fator de consistência a visão da instituição, inserida no contexto psicológico, social, econômico e político, para o atendimento de objetivos e metas a longo prazo. (ZAMITH, 2007, p.63).
Para Zamith (2007), o fator mais importante no gerenciamento de risco é a aceitabilidade do tratamento do mesmo como elemento vital para a gestão.
Tratar o risco significará admitir estar entre assumir ou eliminar a probabilidade de vir a acontecer o dano, isto é, aproveitar uma oportunidade ou permitir a existência de uma ameaça. Não se pretende apenas interferir na freqüência da ocorrência, mas também na severidade com que possa atingir o todo. (ZAMITH, 2007, p.63).
Apesar de não conseguirmos incluir nestas poucas paginas referencias a tudo que pesquisamos; durante o desenvolvimento deste trabalho, percebemos que os riscos que circundam uma empresa são bem mais do que imaginávamos. Percebemos também que, apesar da grande importância do gerenciamento destes riscos, não só as empresas, mas todo o mundo, só passou a atribuir um real valor ao gerenciamento dos riscos depois de grandes catástrofes que atingiram algumas economias locais, quando não, a global, como ocorreu em 2001 e em meados de 2008.
Observamos que, para que haja uma abordagem integrada e holística dos riscos dentro de uma empresa, faz-se necessária uma mobilização de todo corpo de colaboradores, tendo em vista que os riscos são muitos e ameaçam todos os ambientes da empresa.
Quanto aos objetivos propostos, cremos ter deixado patente aos olhos dos leitores, quais os riscos que permeiam as atividades empresariais, bem como a importância de se gerenciar os mesmos, para que a empresa não seja atingida e caso algum dos riscos de fato a aflija; que o impacto seja o menor possível. O trabalho fez com que nos empenhássemos em ler muitos trabalhos referentes ao tema, o que consequentemente nos proporcionou um grande crescimento intelectual e uma visão mais ampla da gestão de riscos. Cremos que a demanda por profissionais da área deve aumentar muito devido ao grande desenvolvimento econômico mundial e também por exigências políticas, tendo em vista que grandes escândalos tem afetado a economia e a imagem das nações berço dos escândalos, que poderiam ser evitados ou amenizados se os riscos fossem gerenciados com transparência.

Principais finalidades do gerenciamento de riscos.
  • Alinhar o apetite a risco com a estratégia adotada – os administradores avaliam o apetite a risco da organização ao analisar as estratégias, definindo os objetivos a elas relacionados e desenvolvendo mecanismos para gerenciar esses riscos.
  • Fortalecer as decisões em resposta aos riscos – o gerenciamento de riscos corporativos possibilita o rigor na identificação e na selecção de alternativas de respostas aos riscos – Como evitar, reduzir, compartilhar e aceitar os riscos.
  • Reduzir as surpresas e prejuízos operacionais – as organizações adquirem melhor capacidade para identificar eventos em potencial e estabelecer respostas a estes, reduzindo surpresas e custos ou prejuízos associados.
  • Identificar e administrar riscos múltiplos e entre empreendimentos – toda organização enfrenta uma gama de riscos que podem acfetar diferentes áreas da organização. O gerenciamento de riscos corporativos possibilita uma resposta eficaz a impactos inter-relacionados e, também, respostas integradas aos diversos riscos.
  • Aproveitar oportunidades – pelo fato de considerar todos os eventos em potencial, a organização posiciona-se para identificar e aproveitar as oportunidades de forma proativa.
  • Otimizar o capital – a obtenção de informações adequadas a respeito de riscos possibilita à administração conduzir uma avaliação eficaz das necessidades de capital como um todo e aprimorar a alocação desse capital.

Conclusão
Gerenciar Riscos, mais que uma atitude decisória, é um processo muito importante no gerenciamento de projectos e deve ser feito antes da entrega da proposta, definição de escopo e abrangência, durante a fase de análise, conceituação, modelagem e actualizado frequentemente durante o desenvolvimento, implementação, manutenção dos diversos tipos de projetos.
Portanto, ao elaborar o processo formal de gerenciamento de riscos em uma empresa ou empreitada, deve-se contar com todos os colaboradores envolvidos no projecto ou processo, principalmente com a equipe operacional, pois são eles que irão transformar em resultado tangível a conceituação e modelagem produzida pelas partes interessadas, analistas e consultores envolvidos.
Porém, actualmente, poucos gerentes e gestores adotam essa prática de maneira sistêmica, apesar de cada vez mais exigidos pelos clientes, acionistas, etc.

Bibliografia
  • MORAES, Giovanni. Sistema de Gestão de Riscos– Princípios e Diretrizes- ISO 31.000:2009 Ilustrada e Comentada – 1ª Edição, Volume 1, Rio de Janeiro 2010.
  • BRASILIANO, Antônio Celso Ribeiro. Brasiliano & Associados revista eletrônica: Gestão de Riscos: na empresa e varejo. Ed.32, set./ago. 2007.
  • SANTOS, Paulo Sergio Monteiro dos. Gestão de riscos empresariais: um guia prático e estratégico para gerenciar os riscos de sua empresa. São Paulo: Novo Século, 2002.
  • SOUZA, Silney de. Seguros: contabilidade, atuária e auditoria. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007.
  • ZAMITH, José Luis Cardoso. Gestão de riscos & prevenção de perdas: um novo paradigma para a segurança nas organizações. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2007.

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