ROLAR PARA BAIXO

Rolar para baixo



Figuras de Estilo e Funções de Linguagem

TEMA: Figuras de Estilo e Funções de Linguagem


Introdução
Nos elementos da comunicação, encontramos várias formas de expressões que o emissor usa para emitir a sua informação, nestes vários elementos, encontramos as figuras de estilo e as funções de linguagem, os quais serão abordados neste trabalho. Pode-se avançar que as figuras de estilo são formas de utilizar as palavras no sentido conotativo, figurado, com o objectivo de ser mais expressivo. Por sua vez, as funções de linguagem tem como objectivo principal informar, referenciar algo. Entretanto, iremos ao longo da abordagem indicar os tipos e dar exemplos para cada um dos tipos.

Índice
Introdução. 1
Figuras de Estilo. 2
Figuras de estilo - Figuras de Pensamento. 2
Figuras De Pensamento. 2
Funções de Linguagem.. 4
Função Emotiva ou Expressiva. 4
Função Poética. 4
Função Fáctica. 5
Função Conativa ou Apelativa. 5
Função Metalinguística. 5
Conclusão. 6
Bibliografia. 7

Figuras de Estilo
Figuras de estilo - Figuras de Pensamento
A figura de estilo é uma forma de enunciar um significado através de uma palavra ou expressão que não é o termo «próprio», que não costuma ser usado para esse significado. As figuras de estilo dividem-se em três grandes grupos: figuras de linguagem, figuras de sintaxe e figuras de pensamento.
Figuras De Pensamento
As principais figuras de pensamento são:
Interrogação retórica – É uma pergunta que se faz, não para obter resposta, mas, geralmente, para deixar o receptor a pensar sobre o assunto ou para dar seguimento à exposição da ideia do emissor.
Ex: Quem teria coragem de permanecer na sua Pátria num clima de tensão?!

Exclamação – Expressão espontânea de um vivo e súbito sentimento de dor, de alegria, de pesar, de admiração, de cólera, entre outros.
Ex: Que lindo dia deverão!

Hipérbole – Exagero da verdade das coisas, quando se quer enfatizar uma grande quantidade ou conferir muita intensidade.
Ex: Estou a morrer de sede!

Apóstrofe – Interrupção brusca do assunto para o orador ou o escritor se dirigir a uma pessoa ou coisa, presente ou ausente, real ou fictícia.
Ex: Ó glória de mandar, ó vã cobiça
 Desta vaidade a que chamamos fama!
Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas

Prosopopeia, personificação ou animismo – Introdução no discurso de pessoas ausentes ou mortas, divindades, animais ou seres inanimados a quem se atribui fala, acção e sentimentos próprios das pessoas.
Ex: A cidade está cheia de prédios que rasgam os Céus.

Perífrase – Emprego de muitas palavras para transmitir um significado que geralmente é dado por uma só palavra ou por uma expressão mais curta. Costuma usar-se para evitar uma repetição, ou para definir um conceito, ou ainda para revelar/explicitar um dado.
Ex: Na tristeza das horas sem luz
em vez de
Na tristeza dos noites

Antítese ou contraste – Oposição de duas expressões, para significar algo que é aparentemente contraditório.
Ex: Uma doce tristeza!
Noémia de Sousa, Sangue Negro

Gradação – Disposição das palavras e ideias por ordem crescente ou decrescente da sua significação.
Ex: Por uma omissão perde-se uma inspiração; por uma inspiração perde-se um auxílio; por um auxílio, uma contrição; por uma contrição, uma alma.
Padre António Vieira, Sermão da Primeira Dominga do Advento

Funções de Linguagem
Funções de Linguagem (ou Função Informativa/Referencial) são recursos de ênfase que actuam segundo a intenção do produtor da mensagem, cada qual abordado um diferente elemento da comunicação. Esta função ocorre quando centra-se nas opiniões, sentimentos e emoções do emissor, sendo um texto completamente subjectivo e pessoal.

Função Emotiva ou Expressiva
Também chamada de Expressiva, na função Emotiva, como o próprio nome já indica, o emissor ao utilizar essa função tem como objectivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjectividades por meio da própria opinião.
A partir disso, esse tipo de texto apresenta na primeira pessoa enfatizando seu carácter pessoal e pode ser encontrado nos textos poéticos, nas cartas, nos diários marcada pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação.
Exemplo: A dona Teresa envia um e-mail para os seus filhos.
Meus amores, tenho tantas saudades de vossas… Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos.
Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que têm muito trabalho durante hoje e amanhã.... Quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?

Função Poética
A função Poética é característica das obras literárias, da utilização do sentido conotativo das palavras, em que o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. De qualquer forma, esse tipo de função não pertence somente aos textos literários posto que aparece também na publicidade ou nas expressões quotidianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
Exemplo: Uma história sobre a avó
Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.

Função Fáctica
A função Fáctica tem como objectivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao telefone.
Exemplo: Uma conversa telefónica
Consultório do Dr. Mandlate, bom dia!
Bom dia. Precisava de uma consulta para o próximo mês, se possível.
Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua preferência?
Dia 8 está óptimo.

Função Conativa ou Apelativa
Também chamada de Apelativa, a função Conativa é caracterizada por uma linguagem persuasiva com o intuito de convencer o leitor. Por isso, essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades, discursos políticos, a fim de influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida. A partir disso, esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoas com a presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo.
Exemplos:
Vote em mim!
Entre. Não vai se arrepender!
É só até amanhã. Não perca!

Função Metalinguística
A função Metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que refere-se à ela mesma, por exemplo, um texto que descreva sobre a linguagem textual, um documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema, dentre outros. Em outras palavras, o emissor explica um código utilizando o próprio código. Como exemplos de textos metalinguísticos temos as gramáticas e os dicionários.
Exemplo:
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a função metalinguística.

Conclusão
Fim do trabalho, pudemos concluir que as figuras de estilo ou figuras de retórica são estratégias que o orador (ou escritor) pode aplicar ao texto para conseguir um determinado efeito na interpretação do ouvinte (ou leitor). Podem relacionar-se com aspectos semânticos, fonológicos ou sintácticos das palavras afectadas.
Quanto a Funções da Linguagem, pudemos constatar que este recurso é usado frequentemente nos materiais didácticos, textos jornalísticos e científicos que por meio de uma linguagem denotativa informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjectivos ou emotivos à linguagem. Com isso, esse tipo de texto apresenta na terceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu carácter impessoal.

Bibliografia
  • KAYSER, Wolfgang (1976): Análise e Interpretação da Obra Literária [4ª Ed. revista pela 16ª alemã por Paulo Quintela]: Arménio Amadado, Editor, Sucessor: Coimbra.
  • CUNHA, Celso (1976): Gramática do Português Contemporâneo [6ª Eed. revista]: Editora Bernardo Álvares, S. A..Belo Horizonte.
  • PINTO, José M.; PARREIRA, Manuela; LOPES, M. do Céu Vieira: Gramática do Português Moderno: Plátano Editora. Porto.
  • ALVES, Manuel dos Santos (1978): O Texto Literário __ Linguística, Poética, Estilística, Géneros Literários, Textos: Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa.
  • FIGUEIREDO, Jorge V., BELO, Maria Teresa (1985): Comentar Um Texto Literário: Editorial Presença. Lisboa.
  • (1997) Curso de Português __ Questões de Gramática, Noções de Latim: sob a direcção de Américo Leal: Edições Asa. Porto.
  • FLÓRIDO, Mª Beatriz, SILVA, Mª Emília D., FONSECA, Joaquim (1981): Novos Caminhos Para a Linguagem __ Análise da Comunicação, Estilística e Análise Textual, Elementos de História da Língua: Porto Editora. Porto.
  • FIGUEIREDO, José Nunes, FERREIRA, António Gomes (1966): Compêndio de Gramática Portuguesa: Livraria Sá da Costa Editora. Lisboa.
  • NUNES, Cármen, OLIVEIRA, Mª Luísa, SARDINHA, Mª Leonor (1995): Nova Gramática de Português: Didáctica Editora. Lisboa.
  • BORREGANA, António Afonso (1996): Gramática Universal __ Língua Portuguesa: Texto Editora. Lisboa
  • www.escolademoz.com

Este documento não está completo, compre um completo incluindo índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia.

TEMA: 

Figuras de Estilo e Funções de Linguagem

Para baixar este documento precisa pagar via: M-PESA, Conta Móvel, Depósito ou Transferência via BCI e BIM.

Enviar um comentário (0)
Postagem Anterior Próxima Postagem