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O Estado Marave - Trabalho Completo

Introdução
Neste presente trabalho da disciplina de História, visa debruçar o tema que diz respeito aos povos “Maraves”, adiantar que não se sabe muito sobre a origem dos Maraves, existem várias teorias sobre a sua origem, expansão e formação, mas pode afirmar-se que estes povos foram um conjunto de pequenos reinos que existiram no Norte do Zambeze, zona de Tete, desde o século XVI ate ao XIX.
ÍndiceIntrodução. 1
O Estado Marave. 2
Origem.. 2
As actividades económicas. 3
A organização político-administrativa. 4
Conclusão. 6
Bibliografia. 7
O Estado Marave
O termo Marave está ligado a formação etnolinguística e pouco se sabe sobre a sua origem. E provável que o termo esteja ligado apenas ao clã Phiri. Na actualidade, um distrito da província de Tete ainda remete para essa ocupação passada, Marávia.

[FIGURA: 01] Localização do distrito de Marávia, província de Tete, Moçambique.

Os Maraves eram um conjunto de pequenos reinos que existiram no Norte do Zambeze, zona de Tete, desde o século XVI ate ao XIX.

Origem 
Como não se sabe muito sobre a origem dos Maraves, existem várias teorias sobre a sua origem, expansão e formação.
Os Estados dos Marave formaram-se como resultado da chegada de sucessivas vagas de emigrantes, provavelmente oriundos da região de Luba do Congo e liderados pelo clã Phiri, e dos Lundu que viviam em Tete, expandindo-se depois ao longo do rio Zambeze ate a costa.
Os invasores Marave pertencem, nitidamente, a uma vaga de imigrantes surgidas por volta de 1500 e partida directamente dessa região ao norte do Catanga que se aponta como núcleo de formação e de erradicação da cultura e das línguas. 
Os invasores, no seu impulso inicial, desceram ate ao vale do Zambeze, retrocedendo ulteriormente para norte, e, após perderem o seu carácter nómada, preferiram maciços montanhosos para local de estabelecimento dos seus “imperadores” e “reis’.
Antonio Rita-Ferreira, Agrupamento e caracterização étnica dos indígenas de 
Moçambique, Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, 1958, pp. 61-67 
(adaptado) 

A linhagem dominante Phiri por volta de 1600 era a dos Karonga. Conflitos e contradições inter-dinásticos levaram a divisão do clã original e novas linhagens se estabeleceram a oeste, sul e sudeste do território ocupado pelos Karonga. 
Por um lado, Undi (irmão de Karonga) moveu-se para oeste e estabeleceu a hegemonia da sua linhagem sobre os povos de língua Cheua, abrangendo o Norte da província de Tete e Nsenga. Por outro lado, Kaphwiti e Lundu lograram dominar as populações do vale Shire. 
E importante destacar que os conflitos no selo da linhagem dominante culminaram com a formação de vários estados-satélite do Karonga, com destaque para os seguintes: Undi, Biwi, Lundu e Kapwiti.

AS ACTIVIDADES ECONÓMICAS
O povo Marave dedicava-se a agricultura, com destaque para a produção da mapira, milho e batata-doce.
Para além dos produtos acima referidos cultivavam também o inhame, feijão, amendoim e bananas. A maior parte das actividades agrícolas era realizada por mulheres, embora houvesse alguma participação masculina. Os homens dedicavam-se mais a criação do gado bovino, caprino e ovino e a caça ao elefante.
Praticava-se a metalurgia para apolar as actividades agrícolas e doméstica. A enxada de cabo curto ainda era o único instrumento usado no trabalho dos campos, de acordo com escavações arqueológicas realizadas. As enxadas produzidas eram comercializadas em regiões como a actual província de Nampula, Sofala, Inhambane e outros postos da costa oriental do Indico. Havia ainda extracção de metais, sobretudo do ouro, que mais tarde eram exportados através do porto de Quelimane. 
[FIGURA: 02] Império Marave, séculos XVI e XVII e a Iocalização estratégica do porto de mar de Quelimane. 

O comércio de marfim foi bastante desenvolvido e lucrou com esta ligação a um porto de mar, como Quelimane Tanto os metais preciosos com o marfim tinham como destino principal a exportação e eram muito cobiçados quer pelos europeus quer pelos árabes. 
Já havia nestes Estados produção têxtil. Fabricavam a machila, uma espécie de tecido de algodão muito forte (lona). Este produto dominou o comércio do interior para a troca comercial.

A organização político-administrativa
Na sociedade Marave a organização política e administrativa do Estado era muito complexa. Na estrutura de base tínhamos o chefe da aldeia, conhecido por Fumu ou Mwini-Mudzi, acima desta estrutura encontramos o chefe territorial, designado por Mwini ou Dziko. O chefe provincial estava acima do chefe territorial e controlava vários territórios, era chamado Mambo, sendo o chefe supremo o Undi. Os mbili eram um corpo de conselheiros dos chefes, auxiliados por um conjunto de funcionários menores. Na sociedade Marave, todos os chefes, de diferentes escalões, estavam ligados por laços de parentesco.
O poder era hereditário e a sucessão era preferencialmente matrilinear, dado que quanto a filiação materna não há dúvidas. A filiação paterna levantava sempre dúvidas. Desta forma, os Marave são de linhagem matrilinear, isto é, o poder passava de tia para o sobrinho, filho da Irmã (jamais do irmão). Não obstante, havia guerras de sucessão, ou porque a filiação, ainda assim, era questionada, ou porque havia nomeação directa para cargos de Estado.
Um elemento também fundamental para a unidade do reino era a maneira como os cargos públicos eram atribuídos. Dizem que o Kalonga nomeara alguns chefes de clãs para altas funções em seu Estado.
Os Banda, um grande clã Protochewa, eram guardiões (amastsano) do Santuário do kalonga em Mankhamba, enquanto os Mwale, sob a liderança do khome, comandavam os guerreiros do Kalonga.

H. K. BhiIa, K. M. Phiri, e 0. J. Kolinga, A Zambézia do Norte: a região do Lago 
Malawi, p. 730

Conclusão
O povo Marave para manter viva as suas economias, dedicava-se a agricultura, com destaque para a produção da Mapira, Milho e batata-doce. Os homens dedicavam-se mais a criação do gado bovino, caprino e ovino e a caça ao elefante.
No que diz respeito a organização político-administrativa deste estado era muito complexa. Constituída por chefe supremo, chefe territorial, chefe provincial, da aldeia, conselheiros dos chefes até aos funcionários menores.

Bibliografia
  • SOUTO, Améilia Neves de, Guia Bibliográfico para o Estudante de História de Moçambique, UEM/CEA, Maputo, 1996
  • www.escolademoz.blogspot.com
  • NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe
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