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Os Grupos Etnolinguísticos de Moçambique

Índice
Introdução. 2
Processo de Formação dos Grupos Etnolinguísticos de Moçambique. 3
As linhagens matrilinear e patrilinear 3
Características Gerais. 3
Características Específicas da Linhagem Matrilinear 4
Características da Linhagem Patrilinear 5
A Localização dos Grupos Etnolinguísticos de Moçambique. 5
Conclusão. 7
Bibliografia. 8

Introdução
Neste trabalho, visa estudar-se o Processo de Formação dos Grupos Etnolinguísticos de Moçambique, onde irá fazer-se uma ampla descrição em diferentes regiões moçambicanas, e irá fazer-se também a descrição/distinção das Características da Linhagem Patrilinear Características Específicas da Linhagem Matrilinear.
Sabe-se também que a população de Moçambique é maioritariamente de origem Bantu cujos principais grupos etnolinguísticos de Moçambique são: Cheua, Chona e Tsongas.


Processo de Formação dos Grupos Etnolinguísticos de Moçambique
Para o estudo da História de Moçambique importa verificar os sistemas de parentesco. Em Moçambique, há uma predominância de filiação patrilinear a sul e de filiação matrilinear a norte. Esta diferença, esta diversidade, só enriquece ainda mais a História de Moçambique.

A sociedade moçambicana é multicultural do ponto de vista etnolinguístico e isso origina uma forte e rica diversidade cultural. O início da diferenciação etnolinguística em Moçambique começou com a fixação dos povos Bantu.

As linhagens matrilinear e patrilinear
Características Gerais
Na organização social das comunidade moçambicanas, distinguimos dois tipos de linhagens:

Norte de Moçambique
·      A predominância da linhagem matrilinear a norte do rio Zambeze.
·      Isto deve-se a estrutura económica baseada na agricultura.
·      Como no Norte a agricultura era a actividade económica dominante, as mulheres que eram responsáveis por tal eram a figura social e económica mais importante.

Sul de Moçambique
·      A predominância da linhagem patrilinear a sul do rio Zambeze.
·      Isto porque havia aí a prática de actividades masculinas relevantes, como a pastorícia e a caça.
·      Com a chegada de populações de comerciantes muçulmanos, o comércio foi mais uma actividade destinada aos homens e velo a conferir-lhes uma condição económica e social ainda mais privilegiada.


Características Específicas da Linhagem Matrilinear

Casamento
·      Era endogénica e uxorilocal;
·      Todo ritual que acompanha o processo do casamento obedece às normas costumeiras. Geralmente, o homem dirige-se à casa dos pais da noiva pedindo-a em casamento. Basta a mulher aceitar, assim como os pais e tio materno consentirem na união e eles passam a viver juntos, sem quaisquer rituais especiais.
Mulher
·      Era considerada a possuidora das virtualidades do clã e transmissora do nihimo (família matrilinear ou clã consafuíneo, que se considera descendente de um antepassado comum);
·      Na sociedade makua os casamentos entre pessoas do mesmo nihimo não eram permitidos.
Filhos
·      Pertencem à família da mão;
·      Educação dos filhos assegurada pelo tio materno.
Dote (mahari, em makua)
·      São bens ou dinheiro dados à mulher que casa, tem maior significado nestas sociedades.
Actividades económicas
·      A caça, a pesca e a construção de casas eram as únicas actividades masculinas relevantes;
·      As mulheres, praticando a agricultura, é que asseguravam o sustento das comunidades.
Transmissão do Poder
·      Com a morte de um chefe, o poder passa para o sobrinho, filho da irmã mais velha.

Características da Linhagem Patrilinear

Casamento
·      Lobolo surge como uma indeminização caracterizada a formalidade e estabilidade do nmatrimónio, ficando o marido e a sua família com a responsabilidade de cuidarem da mulher e filhos. É um mecanismo de estabilidade dos casamentos e de subordinação da mulher em relação ao homem;
·      Virolocalidade: há a transferência da mulher para a povoação do marido por ocasião do casamento;
·      Propriedade do marido, é designada por nuti, constituída por produtos do seu trabalho, casa e os presentes que recebe.
Transmissão de Propriedade
·      É do pai para o filho mais velho.
Actividades económicas
·      A prática da pastorícia era a actividade masculina por excelência;
·      Conferia aos homens o acesso a um bem duradouro, principalmente expresso em gado bovino;
·      O gado era o principal meuo de pagamento do lobolo e simbolizava o poder económico, ou melhor, representava a capacidade de adquirir esposas.

A Localização dos Grupos Etnolinguísticos de Moçambique
Moçambique é um país com uma rica diversidade cultural. As unidades políticas que se formaram ao longo dos tempos nesta região, bem como as atribuições etnolinguísticas que fazem parte do mosaico etnolinguístico moçambicano, resultam de um longo processo de mudanças e assimilações que tiveram lugar há séculos atrás. Só no século XVI começamos a diferenciar algumas mudanças de culturas e identidades, graças a algumas fontes contemporâneas.


Alguns nomes tais como Chopi e Ndau aparecem por volta de 1830, durante a grande depressão do Mfecane. Mas no século XVII já se falava de povo falante da língua Sena, mas não da etnia como hoje se apresenta.
No século XVI, existia, por exemplo, no Sul de Moçambique o grupo Bitonga de Inhambane; os grupos minoritários do Estado de Marave fundem-se com os grupos maioritários; grupos com o Chuabo, Sena e Nyungue surgiram entre os séculos XVI e XIX, identificando-se através do nome da principal povoação no seu território. Chuabo é outro nome para Quelimane e Nyungue para Tete.


O nome Chona surge no século XIX, entre 1850-1885, e passou a ser empregue em Moçambique no século XX; no mesmo período semelhante ocorrência se verificou com o termo Tsonga ou Ronga (Rjonga), também com o changana e o Tswa (matswa). Alguns estudos mostraram que o termo Ronga já teria existido no século XVII, o Tswana no século XVIII e o Changana no século XX, primeiro como termo político (súbditos do Sochangane, rei do Estado de Gaza), e depois como grupo regional, apesar de se subdividir em algumas variantes. [História de Moçambique, vol. I, pp. 20 e 21]

Ainda hoje, estes grupos etnolinguísticos continuam a falar as suas línguas nestas zonas, com a excepção do nguni. Os Nguni (minoria) foram sistematicamente perseguidos e, por isso, adaptaram-se facilmente à maioria, que geralmente era bilingue. Os Nguni do vale do Limpopo fundiram-se com os Tsonga e os Ngoni da Angónia com os Chewa Nyanja.
Conclusão
Neste trabalho pudemos concluir que os nomes de unidades etnolinguísticas surgiram em períodos diferentes. Por exemplo: nos finais do século XVI, o nome Makua (makhuwa) já era conhecido, o mesmo em relação ao Tonga no Vale do Zambeze e Lolo ou Lomué. Outro que nos parece ser mais antigo que os acima mencionados é o Maka ou Manga, pensa-se que é originado pela designação do Centro do Islão, Meca (Pronunciado Macca).
Compreendemos também que os nomes etnolinguísticos, tais como: Nianja (Niassa), isto é, gente do Lago, e Yao, gente à volta da montanha. Outros regionais que terão aparecido na mesma época são: Mwani, gente da costa, isto na actual província de Cabo Delgado, os quais com alguma frequência durante longo período se confrontaram com os Makonde, gente do interior.

Bibliografia

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Os Grupos Etnolinguísticos de Moçambique

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2 Comentários

  1. Este blospot e' interessante, sobre o tema "os grupos etnolinguisticos de Mocambique" esta pagina apresenta um bom abstacto. Nota se inicio da diferenciacao etnolinguistica em Mocambique e os tipos de linhagem em familia dentree regioes. Ao consulta bibliografia podemos aprofundizar mais conhecimento sobre tema. Good job

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  2. Muito obrigado pela ajuda! Tenho um trabalho de tcs 12 classe

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