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Contextualização do Debate Sobre a Filosofia Africana

Introdução
A expressão filosofia africana é usada de múltiplas formas por diferentes filósofos. Embora diversos filósofos africanos tenham contribuído para diversas áreas, com a metafísica, epistemologia, filosofia moral e filosofia política, uma grande parte dos filósofos discute se a filosofia africana de fato existe. Na primeira visão, a filosofia africana seria aquela que envolve temas africanos ou que utiliza métodos que são distintamente africanos. Na segunda visão, a filosofia africana seria qualquer filosofia praticada por africanos ou pessoas de origem africana. Assim sendo, neste presente trabalho, vamos abordar a Contextualização do debate sobre a Filosofia africana.



Índice
Introdução. 1
Contextualização do debate sobre a Filosofia africana. 2
Questões históricas. 2
A existência ou não da Filosofia africana. 4
Conclusão. 5
Bibliografia. 6
Contextualização do debate sobre a Filosofia africana
Questões históricas
O povo africano foi vítima da co1onização europeia. Com as viagens apelidadas de «Descobrimento», os europeus conheceram outros povos, que foram julgados em comparação com os usos e costumes da cultura ocidental. Por isso, houve uma série de filosofias concebidas por ocidentais que se esforçavam por denegrir a personalidade dos negros no mundo. Os estudos da época, quer antropológicos, quer sociológicos, preocupavam-se em provar, em todos os sentidos, a superioridade dos povos do Ocidente em relação aos outros povos, sem que estes últimos, no entanto, tivessem respostas imediatas escritas para contrapor as teses dos ocidentais.

A Teologia, a Filosofia e o Direito desempenharam um papel fundamental neste processo. A Teologia definiu o povo negro como descendente de Cham, um homem que viu a nudez do pai. Portanto, o homem negro aparece como símbolo de maldição. Neste caso, o negro pertenceria a geração dos condenados de Deus.

Na Filosofia, Voltaire afirma, na sua obra História do Século XIV, que o povo mais elevado é o francês e o mais baixo é o africano; Jean-Jacques Rousseau diz que os africanos são bons selvagens; para Hegel, os africanos são povos sem história e, por consequência, desprovidos de humanidade; Kant chega a conclusão de que os africanos são povos sem interesse; Levy Brhul proclama que os africanos têm uma mentalidade pré-lógica; por sua vez, Montesquieu afirma que os africanos são povos sem leis; os antropólogos Morgan e Tylor sustentam que a África é uma sociedade morta.

O monarca francês Luís XIV escreveu “O Código Negro”, uma espécie de direitos dos senhores sobre os negros.

Não restam dúvidas, portanto, de que o Ocidente desencadeou uma teoria de dominação que gerou um profundo complexo de inferioridade nos africanos. Em Panafricanismo ou CommunismeGeorge Padmore diz que este facto provocou uma crise no pensamento, na palavra e no agir do homem africano. O ocidentalismo promovia, directa ou indirectamente, uma antropologia triunfalista, cujas teorias e doutrinas exaltavam uma classe que se autoproclamava herdeira excessiva da humanidade inteira. Por essa razão, arrogava-se o direito de destruir, assumir ou «esmagar» os outros povos. Este tipo de antropologia poderia ser classificada como um verdadeiro «vandalismo» cultural, narcisista, agressivo e destruidor, como defende Lecrec na sua obra Critica da Antropologia.

Mais tarde, as ciências sociais e humanas realizaram novas abordagens, adoptando uma visão diferente em relação as culturas não ocidentais. Passaram a reconhecer que toda a cultura representa urna determinada civilização, independentemente da sua situação geográfica, histórica, social e económica. 
Contudo, não nos podemos esquecer de que o período em que a população africana viveu todas estas discriminações foi tão longo e profundo que ainda hoje estas se encontram bem vivas na sua memória. Tal condiciona o seu comportamento: este fenómeno não só influenciou a mentalidade europeia, como também deixou marcas na mentalidade do próprio povo negro, visto que a sua auto-estima ficou deveras afectada. 

E aqui que e necessária a intervenção do filósofo africano, para projectar o futuro homem africano, partindo da sua própria história. Para tal, houve necessidade de reabilitara imagem do homem negro, estimulando a sua auto-estima e mostrando-lhe que ele é um homem igual ao branco.

Como se conseguiria convencer o homem negro, que sempre foi servo do branco, de que ele próprio é igual ao seu patrão? 

Esta tarefa difícil e árdua continua a ser realizada pelo filósofo africano, sobretudo junto das comunidades das zonas rurais e de áreas mais remotas, que ainda tem esta mentalidade. Foi para responder a esta preocupação que alguns pensadores africanos desenvolveram debates acesos sobre a existência ou não da Filosofia africana. 

A existência ou não da Filosofia africana
Esta discussão tem lugar pelo facto de alguns estudiosos africanos e não africanos terem apresentado ao mundo estudos sobre etnias africanas, denominando-os «Filosofia africana».
Este grupo é composto por Anyanw, Placide Tempels, Alexis Kagame, Mbiti, entre outros. A questão que os críticos colocam é só se pode falar de Física ou Química africanas da mesma forma que eles falam da Filosofia africana. Como obviamente a resposta é não, eles negam a ideia da existência de uma Filosofia africana. Figuram na lista dos críticos: Hountondji, Franz Chahay, E. Boulaga, M. Towa, Oruka, Weredu, entre outros. O problema fundamental do debate é mais o objecto de estudo do que a designação em si. Ate certo ponto, os críticos abrem a possibilidade da existência da Filosofia africana, apresentando em que moldes tal Filosofia deverá ser concebida para que possa ser designada Filosofia africana. Nos parágrafos seguintes, estudaremos as correntes mais importantes da Filosofia africana, onde serão apresentadas, em linhas gerais, as razões de ambas as correntes.

Conclusão
Fim do trabalho, pudemos concluir que o Homem negro ao ser colonizado, perdeu o estatuo de pessoa. Os colonizadores convenceram o homem negro de que não tinha valor. A Filosofia africana vem recuperar a auto-estima que o homem negro tinha perdido com o tratamento esclavagista. 
Constatamos também que o representante mais distinto desta escola é John Mbiti, que diz que a África embora exista filosofia Africana, esta encontra-se desenvolvida modernamente no conhecimento e reflexão, em contra partida acentuada a importância do debate e a inevitabilidade do pluralismo: Paulin Hountondji (1974). Este dá um parecer especial a importância que tem a escrita na criação de uma tradição filosófica. A filosofia Africana será o produto dos pensadores africanos sem excluir a participação de pensadores africanos.


Bibliografia
  1. BIRIATE, Manuel Mussa, GEQUE, Eduardo R. G., Pré-Universitário – Filosofia 12, Pearson Moçambique, Lda, Maputo, 2014 
  2. MATTAR, J. Introdução à Filosofia. São Paulo. Pearson Prentice Hall. 2010. p. 274. 
  3. www.escolademoz.blogspot.com

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Contextualização do Debate Sobre a Filosofia Africana

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1 Comentários

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