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Trabalho Científico – conceito, tipos, características,

Introdução
Investigação é um processo de construção de conhecimentos que tem como metas principais gerar novos conhecimentos, colaborar ou refutar algum conhecimento pré existente, e basicamente é um processo de aprendizagem.
O método científico refere-se a um aglomerado de regras básicas dos procedimentos que produzem o conhecimento científico, quer um novo conhecimento, quer uma correção ou um aumento na área de incidência de conhecimentos anteriormente existentes.
Portanto, este trabalho visa ressaltar alguns conceitos de alguns autores que se dedicaram profundamente no estudo dos métodos de investigação científica. A realização deste trabalho consiste em respostas feitas face às questões da ficha. 

1. Conteúdos sobre:
a) Conceito de ciência
Segundo Carvalho (2009:4)., é o conhecimento que pode ser submetido a condições de observação explicita-efectivamente, é o empreendimento organizado e sistemático que colecta o conhecimento sobre o mundo e condensa o conhecimento em leis e princípios sustentáveis.

b) Conceito de Trabalho científico
Segundo Lakatos e Marcone (2003:234), os trabalhos científicos são todos trabalhos elaborados com normas preestabelecidas e com os fins a que se destinam, entretanto, são trabalhos inéditos ou originais e servem de modelos ou oferecer subsídio para outro trabalho.

c) Conceito do método científico
O conceito do método científico, segundo Carvalho (2009:832), refere-se ao caminho e os passos que devem ser dados para se atingir um determinado objectivo, o método científico é o processo racional que se emprega na investigação com efeito e alínea de raciocínio do doptado no processo de pesquisa.

d) As características do método científico são:
É mais amplo;
Tem um nível de abstração mais elevado de fenómenos observados.

e) Importância do método científico
O método científico é importante porque permite verificar a presença ou ausência de um determinado fenómeno ou então compreende-lo melhor a fim de o descrever adequadamente as suas características naturais.

f) Cinco elementos que compõem a estrutura do método científico:
"...ciência consiste em agrupar factos para que leis gerais ou conclusões possam ser tiradas deles." - Charles Darwin
I. Observação - Uma observação pode ser feita de forma simples, ou seja, é realizada a olho nu, ou pode utilizar-se de instrumentos apropriados. Todavia, deve ser controlada com o objetivo de que seus resultados correspondam à verdade e não a ilusões advindas das deficiências inerentes próprias dos sentidos humanos em obter a realidade.
II. Caracterização - Quantificações, observações e medidas.
III. Hipóteses - Explicações hipotéticas das observações e medidas.
IV. Previsões - Deduções lógicas das hipóteses.
V. Experimentos - Testes dos três elementos acima.

Estruturalista é uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou no modelo da linguística e que depreende a realidade social a partir de um conjunto considerado elementar ou formal de relações. Para a sociologia, antropologia e linguística, o estruturalismo é a metodologia pela qual elementos da cultura humana devem ser entendidos em face a sua relação com um sistema ou estrutura maior, mais abrangente. 
Constituem uma estrutura e, ainda por trás das variações locais dos fenómenos superficiais, existem leis constantes do extracto cultural. (Blackbum 2008).

g) As etapas e/ou características do método cientifico:
Descobrimento do problema;
Colocação precisa do problema;
Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema;
Tentativa de solução do problema;
Com auxílio dos meios identificados;
Investigação das consequências da solução obtida;
Prova (comprovação) da solução correcção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtencção da solução correcta. 

h) Conceito de metodologia científica
Etimologicamente a palavra metodologia deriva do grego “meta” que significa “na direção d”. O “des” significa caminho e “longos” que significa estudo longo infere-nos que é um estudo dos métodos utilizados. Podemos considerar a metodologia científica como uma ferramenta maior que o grego, vários meios que auxiliam na realização de pesquisa científica, Rodrigues (2006:19).

i) Conceito de técnica
Segundo Marcone e Lakatos, as técnicas no sentido geral dizem respeito a maneira, o jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo, portanto no contexto de pesquisa científica é considerada como um conjunto de preceitos ou normas, na obtenção de seus propósitos.

2. A partir do texto Carvalho, J. Eduado (2009), Metodologia do Trabalho Científico: “Saber-Fazer” da investigação para dissertações e teses, Escolar Editora, Lisboa, defina os conceitos de:
a) Definiçao de Facto
Segundo Carvalho (2009) é uma observação empiricamente verificada por via disso, a perceção que um observador tem de facto é chamada fenómeno, pessoas diversas podem observar, no mesmo facto, fenómenos diferentes.

b) Definição de teoria
Com base no Carvalho (2009), a teoria é um conhecimento mais amplo de factos ou de relações entre factos. Diz respeito a forma de organizar os factos, explicando-os, estabelecendo relações sobre a forma de serem utilizados para previsão de realidade.

c) Papel da teoria na investigação científica
Numa investigação científica, a teoria indica, na linguagem comum, uma ideia nascida com base em alguma hipótese, conjectura, especulação ou suposição, mesmo abstrata, sobre a realidade. Também designa o conhecimento descritivo puramente racional ou a forma de pensar e entender algum fenómeno a partir da observação.

Parte II
1. Defina e mencione os métodos de abordagem.
De acordo com Gil (2008:28) estes métodos esclarecem acerca dos procedimentos lógicos que deveram ser seguidos no processo de investigação científica dos factos da natureza e da sociedade.
No entanto, são, pois, métodos desenvolvidos a partir de grau elevado de abstração que possibilitam ao pesquisador decidir acerca do alcance da sua investigação, das regras de aplicação dos factos e da validade de suas realizações. Efectivamente podem ser excluídos neste grupo os seguintes métodos:
Método dedutivo;
Método indutivo;
Método hipotético dedutivo;
Método dialético; e
Método fenomenológico.

2. Definir e mencionar os métodos dos procedimentos
a) Método dedutivo indutivo
O raciocínio dedutivo/indutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão. Usa o silogismo, a construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira logicamente decorrente das duas 4 primeiras, denominada de conclusão.

b) Método Hipotético-Dedutivo
A indução, conforme Popper, não se justifica, “pois, o salto indutivo de ‘alguns’ para ‘todos’ exigiria que a observação de fatos isolados atingisse o infinito, o que nunca poderia ocorrer, por maior que fosse a quantidade de fatos observados. ” (GIL, 2008, p. 12).

c) Método Dialético e Fenomenológico
O método dialético busca interpretar a realidade partindo do pressuposto de que todos os fenômenos apresentam características contraditórias organicamente unidas e indissolúveis. Na dialética proposta por Hegel, as contradições transcendem-se, dando origem a novas contradições que passam a requerer solução. Empregado em pesquisa qualitativa, é um método de interpretação dinâmica e totalizante da 7 realidade, pois considera que os fatos não podem ser relevados fora de um contexto social, político, econômico etc.
Lakatos e Marconi (2007) apontam as leis da dialética. A Ação Recíproca informa que o mundo não pode ser entendido como um conjunto de “coisas”, mas como um conjunto de processos, em que as coisas estão em constante mudança, sempre em vias de se transformar. As coisas e os acontecimentos existem como um todo, ligados entre si, dependentes uns dos outros.
Em síntese, o método dialético parte da premissa de que, na natureza, tudo se relaciona, transforma-se e há sempre uma contradição inerente a cada fenômeno. Nesse tipo de método, para conhecer determinado fenômeno ou objeto, o pesquisador precisa estudá-lo em todos os seus aspectos, suas relações e conexões, sem tratar o conhecimento como algo rígido, já que tudo no mundo está sempre em constante mudança.

3. Origem dos métodos qualitativos
Pesquisa qualitativa é um tipo de método de investigação de base linguístico-semiótica usada principalmente em ciências sociais. Costumam-se considerar técnicas qualitativas todas aquelas diferentes à pesquisa estatística e ao experimento científico. Isto é, entrevistas abertas, grupos de discussão ou técnicas de observação de participantes.
Etnográfico tem origem na Antropologia social, um dos 4 campos da antropologia, que surgiu da necessidade de compreender relações sócio-culturais, os comportamentos, os ritos, as técnicas, saberes e práticas das sociedades ate então desconhecidas.
Etnografia é por excelência o método utilizado pela antropologia na colecta de dados. Baseia-seno contacto inter-subjectivo entre os antropólogos e o seu objecto, seja uma tribo indígena ou qualquer outro grupo social sob o qual o recorte analítico seja feito. A base de uma pesquisa etnográfica é o trabalho de campo. (Bronislaw, 1922,p.33).
Etnometodológico é a pesquisa empírica dos métodos que os indivíduos utilizam para dar sentido e ao mesmo tempo realizar as suas acções de todos os dias. 
Funcionalista A teoria funcionalista aborda globalmente os meios de comunicação de nossa ou seu conjunto. “A questão do fundo já não são os efeitos, mas as funções exercidas pela comunicação da massa na sociedade” (WOLF, 2009,P 25) o que a distancia das teorias precedentes. Consiste, resumidamente, em definir a problemática da mas a média dão a esse funcionamento. Dessa forma, “(…)  A teoria funcionalista representa uma importante etapa na crescente e progressiva orientação sociológica da “communication research” (WOLF,2009,P26). 
Estruturalista é umacorrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou no modelo da linguística e que depreende a realidade social a partir de um conjunto considerado elementar ou formal de relações. Para a sociologia, antropologia e linguística, o estruturalismo é a metodologia pela qual elementos da cultura humana devem ser entendidos em face a sua relação com um sistema ou estrutura maior, mais abrangente. 
Constituem uma estrutura e, ainda por trás das variações locais dos fenómenos superficiais, existem leis constantes do extracto cultural. (Blackbum 2008).
Fenomenológico é o estudo da consciência e dos objectos da consciência. A redução fenomenológica “epoche” é o processo pelo qual tudo que é informado pelos sentidos é mudado em uma experiência da consciência, em um fenómeno que consiste em se estar consciente de algo. Coisas, imagens, fantasia, actos, relações, pensamentos, eventos, etc.

Parte III
1. Tendo como de partida a obra Gil (2008), anteriormente citado e outras à sua disposição:
a) Definição de Pesquisa Cientifica
Pesquisa cientifica é a realização de um estudo planejado, sendo o método de abordagem de problema que caracteriza o aspecto científico da investigação. Sua finalidade é de descobrir respostas para questões à aplicação de métodos científicos.

b) Definição de Pesquisa Social
De acordo com Gil (2008), pode-se portanto definir pesquisa social como o processo que, utilizando a metodologia científica permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social;

c) Definição de Realidade Social
Aquilo que conta com uma existência verdadeira e autêntica faz parte da realidade. O real, por conseguinte, pode entender-se por oposição àquilo que pertence ao âmbito da imaginação ou da fantasia.

É possível fazer a distinção entre diferentes tipos de realidades já que, face à amplitude do conceito, circunscrevem-se os factos a certos sectores ou considera-los de formas particulares para realizar um recorte. Neste sentido, pode-se dizer que a realidade social é uma construção simbólica desenvolvida por uma sociedade determinada.

2. Definir os seguintes tipos de pesquisa:
a) Pesquisa Pura: é uma pesquisa científica focada na melhoria de teorias científicas para melhoria da predição ou compreensão de fenômenos naturais ou de outro tipo. Ela refere-se ao estudo destinado a aumentar nossa base de conhecimento científico. Muitas vezes, este tipo de pesquisa é meramente teórica, com a intenção de ampliar a compreensão de certos fenômenos ou comportamento, mas não procura resolver ou tratar esses problemas.

b) Pesquisa aplicada: é aquela que procura responder questões específicas, tendo como objectivo a busca de resultado e soluções concretas.

3. Pesquisa Bibliográfica: a pesquisa bibliográfica, segundo Marcone e Lakatos (2003:183) compreende toda bibliografia já tomada pública em relação ao tema de estudo. Desde publicações avulsas, jornais, revistas, livros, pesquisas monográficas e audiovisuais, filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado, sobre um determinado assunto. 

a) Importância da pesquisa bibliográfica na pesquisa científica.
É importante porque é a partir dela que temos acesso aos vários assuntos sobre o tema que o investigador pretende estudar. Todavia, esta é uma das técnicas mais usadas no campo das ciências sociais devido a sua importância no que concerne a vários documentos recolhidos sobre o tema em estudo e para melhor compreensão do mesmo.

b) Fontes secundárias e seus exemplos:
As fontes secundárias segundo Lakatos e Marcone (2003), são todas as fontes transcritas das fontes primárias, como por exemplo:
Relatórios de pesquisa baseados em publicações parlamentares e trabalho de campo de auxiliares administrativas;
Estudo histórico recorrendo aos estatísticos (censos) dos documentos originais, documentos de arquivo privados, pesquisa estatística baseada em cartas, dados, do recenseamentos, contratos, pesquisa usada, a correspondência de outras pessoas.

4. Pesquisa documental
É aquela realizada a partir de documentos, contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente autênticos.
A pesquisa documental é realizada em fontes como tabelas estatísticas, cartas, pareceres, fotografias, atas, relatórios, obras originais de qualquer natureza – pintura, escultura, desenho, etc.), notas, diários, projetos de lei, ofícios, discursos, mapas, testamentos, inventários, informativos, depoimentos orais e escritos, certidões, correspondência pessoal ou comercial, documentos informativos arquivados em repartições públicas, associações, igrejas, hospitais, sindicatos (Santos, 2000).
A análise documental constitui uma técnica importante na pesquisa qualitativa, seja complementando informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema (Ludke e André, 1986).
Com base em Lakatos e Marcone (2003), a características da pesquisa documental é que a fonte de colecta de dados está restrita a documentos escritos ou não constituído o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser feitas no momento em que facto ou fenómeno ocorrem, ou depois.

a) Fontes primárias
São aquelas redigidas na ocasião pelo autor. Como por exemplo, documentos de arquivos públicos; publicações parlamentares e administrativas, estatísticas (censo), documentos de arquivos privados, cartas e contratos.

Conclusão
Os métodos gerais ou de abordagem oferecem ao pesquisador normas genéricas destinadas a estabelecer uma ruptura entre objetivos científicos e não científicos (ou de senso comum). Esses métodos esclarecem os procedimentos lógicos que deverão ser seguidos no processo de investigação científica dos fatos da natureza e da sociedade.
Os debates, que sempre marcaram as ciências sociais, e muito particularmente a sociologia, denotam a vitalidade e o dinamismo do complexo empreendimento que é investigar e analisar o social. Não devemos, por isso, ter receio dos debates. Já as querelas, essas, devem ficar fora das discussões científicas.
Referentemente à realidade social, o ser humano vive em sociedade, faz parte de determinado contexto e exerce uma importante influência no ambiente que está inserido.

Bibliografia
G. Rodríguez Gómez, J. Gil Flores, E. García Jiménez (1996): Metodologia da investigação qualitativa, Edições Aljibe, Archidona, Málaga.
S. J. Taylor e R. Bodgdan (1980): Introdução aos métodos qualitativos de investigação, ed. Paidós, Barcelona.
Tójar, J. C. (2006): Investigação Qualitativa. Compreender e Actuar. Madri: A Muralha.
LÜDKE, Menga e ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas.
São Paulo: EPU, 1986.
MOREIRA, Daniel Augusto. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira
Thomson, 2002.
TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.


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