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Teoria e origem do conhecimento, Cristianismo de Immanuel Kant

TEMA: Teoria e origem do conhecimento, Cristianismo de Immanuel Kant

Introdução 
A teoria do conhecimento tem por objectivo buscar a origem, a natureza, o valor e os limites do conhecimento, da faculdade de conhecer. Às vezes o termo é usado ainda como sinónimo de epistemologia, o que não é exacto, pois a mesma é mais ampla, abrangendo todo tipo de conhecimento, enquanto que a epistemologia limita-se ao estudo sistemático do conhecimento científico, sendo por isso mesmo chamada de filosofia da ciência. 
A necessidade de procurar explicar o mundo dando-lhe um sentido e descobrindo-lhe as leis ocultas é tão antiga como o próprio Homem, que tem recorrido para isso quer ao auxílio da magia, do mito e da religião, quer, mais recentemente, à contribuição da ciência e da tecnologia. Portanto, neste presente tópico, visa-se abordar sobre a teoria do conhecimento, mencionando vários aspectos referentes ao assunto.

Índice 
Introdução. 1
1. Cristianismo de Immanuel Kant 2
a) Pragmatismo. 2
2. Origem de conhecimento. 2
a) Empirismo. 3
b) Racionalismo. 4
c) Apriorismo ou intelectualismo. 4
d) Construtivismo. 6
3. A revolução copernicana na teoria do conhecimento. 6
4. A natureza do conhecimento. 7
5. O valor do conhecimento. 8
6. Níveis de conhecimento. 8
a) Senso comum.. 8
b) Conhecimento científico. 9
c) Importância, limites e perigos do conhecimento científico. 9
d) Conhecimento filosófico. 10
7. Classificação das ciências segundo Augusto Comte. 10
8. A questão da verdade. 10
a) Críticos de verdade. 11
b) O erro: causas e remédio. 12
Conclusão. 13
Bibliografia. 14 

1. Cristianismo de Immanuel Kant 
O criticismo resulta da distinção entre a realidade tal como ela é (número) e a realidade tal como nos aparece (fenómeno). De acordo com a reflexão de Kant, o intelecto humano não está estruturado de forma a captar as propriedades do número, oriundo das coisas em si. Este mundo não se adapta aos esquemas do pensamento. Por isso, somente nesta última esfera (mundo dos fenómenos) podemos falar da possibilidade do conhecimento da verdade, que é urna verdade humana, limita e não absoluta, porque baseada na experiência, que nunca é universal.
Para Kant, o ser humano Pode conhecer as coisas do mundo das coisas materiais e jamais conhecer as do mundo das realidades espirituais. O nosso conhecimento produz verdades não absolutas porque dependem da experiência vivida pelo sujeito cognoscente.
  1. a) Pragmatismo
O pragmatismo subordina o conhecimento a um fim prático, ao considerar que as ideias só são verdadeiras precisamente e na medida um que nos permitem estabelecer satisfatoriamente urna relação com a nossa experiência. Consequentemente, a verdade de um conhecimento mede-se pela sua utilidade, pela sua eficácia. Por outras palavras, é verdadeiro aquilo que é útil ao Homem. Neste sentido o pragmatismo manifesta-se contra a concepção estática da verdade, por conseguinte, do conhecimento.
Considera-se pragmático aquele que adequa os conhecimentos aos fins práticos a que se propõe e obtém resultados úteis e proveitosos. O pragmatismo surgiu no Início do século XX nos Estados Unidos da América com William James, Charles Pierce e John Dewey, os quais privilegiam a dimensão prática do Homem.

2. Origem de conhecimento
Na reflexão acerca da fonte do conhecimento, a questão de partida é a seguinte: Qual é a fonte que nos dá o conhecimento? A sensibilidade (os sentidos, a experiência) ou a razão do sujeito (intelecto)?
O conhecimento é constituído por ideias (conceitos), juízos e raciocínios. Os juízos e os raciocínios são obtidos a partir das ideias. Por isso, o problema da origem do conhecimento consiste em determinar como se adquirem as ideias e os primeiros princípios que normalizam todo o conhecimento.
Na tentativa de responder à pergunta sobre a origem do conhecimento, surgiram três teorias fundamentais: o empirismo, o racionalismo e o apriorismo ou intelectualismo.
O surgimento do empirismo e do racionalismo, corno correntes antagónicas, justifica-se pelo facto de, em primeiro lugar, surgirem em áreas geográficas diferentes e, em segundo, e principalmente, pela divergência das áreas de investigação: enquanto na Europa continental florescia a Matemática e a Geometria — ciências meramente especulativas —, na Inglaterra floresciam as ciências matemáticas e experimentais, a saber: a Botânica, a Química, a Astronomia e, a Óptica, a Medicina,... Isto fez com que os filósofos continentais (Descartes e, Spinoza) exaltassem o conhecimento abstracto e universal, baseado na razão, enquanto os ingleses se interessavam por urna pesquisa de urna teoria de conhecimento e de um método que satisfizessem as exigências das ciências por eles investigadas.
As ciências experimentais partem da constatação de acontecimentos particulares, da experiência de certos factos concretos; o seu objectivo é ir além dos factos, mediante a descoberta de relações constantes, de leis estáveis, de modo que tornem possível a antecipação de outras experiências.
A problemática epistemológica da Filosofia inglesa, sobre a origem do conhecimento, consistirá essencialmente em saber corno é possível, partindo da experiência, de factos singulares, elaborar leis universais, que garantam o retomo à esfera dos acontecimentos concretos, das experiências individuais.

a) Empirismo
As origens do empirismo remontam a John Locke e David Hume, dois filósofos ingleses do século XVIII. Trata-se de urna corrente filosófica, que surgiu na Inglaterra, que defende o primado da experiência na aquisição do conhecimento. Para estes autores, conhece-se aquilo que se tem experiência.
Segundo John Locke, no início do processo cognitivo, a mente humana é como urna tábua rasa ou um papel em branco, onde nada está escrito, e que a experiência preenche de conhecimento resultante dos factos vividos. A experiência é fonte do processo cognitivo por dois modos: como sensação, através da qual chegam até nós as ideias das coisas exteriores, e como reflexão, que nos dá o conhecimento daquilo que se passa dentro de nós.
Da experiência, mediante a sensação, originam-se as ideias simples (exemplo: a ideia de azul, doce, macio, etc.) e, pela reflexão, a ideia de percepção, dúvida, desejo, etc., e todas as operações da mente.

b) Racionalismo
Da experiência, mediante a sensação, originam-se as ideias simples (exemplo: a ideia de azul, doce, macio, etc.) e, pela reflexão, a ideia de percepção, dúvida, desejo, etc., e todas as operações da mente.
As ideias complexas nascem das ideias simples, em virtude da actividade do sujeito que as une, separa, analisa e sintetiza.
Segundo Locke, nada, porém, existe de diferente nestas ideias complexas daquilo que caracteriza as ideias simples, às quais se podem reduzir. David Hume, por sua vez, diz que todos os nossos conheci mentos se reduzem a impressões ou a ideias (vista de uma árvore e recordação da mesma) e pretende explicar, a partir destes conhecimentos simples, a formação das ideias complexas, por meio de leis princípios que são chamados «ideias de associação».c) Apriorismo ou intelectualismo 
Falar do intelectualismo não é senão falar de Kant e do seu posicionamento em relação ao problema da origem do conhecimento, deveras debatido pelo empirismo e pelo racionalismo.
Kant foi influenciado pelo progresso científico do seu tempo e o sucesso proveniente do método utilizado pelas ciências exactas e naturais. Porém, ele estava consciente da tentação de começar a aplicar o método das ciências indiscriminadamente para explicar e compreender o ser humano, pois dessa forma OS valores morais e a sua fundamentação metafísica podiam ser absorvidos pelo mundo do mecanicismo material.
As principais correntes filosóficas do tempo de Kant foram o racionalismo e o empirismo. Mas para Kant, o racionalismo defendia OS princípios metafísicos, era desenraizado (la experiência e, portanto, dogmático. () empirismo, Por sua vez, enraizado na experiência, mas incapaz de levar o Homem além da experiência, conduzia o Homem ao cepticismo. Para Kant, o empirismo implica a negação da validade universal e necessária do conhecimento científico, porque a experiência nunca é universal. Com base nesta constatação, Kant integra o que há de positivo no racionalismo e no empirismo e produz a sua própria teoria filosófica. Kant faz esta integração através de uma análise crítica das três principais operações da razão humana: conhecimento, vontade e sentimentos (sensações).
Esta análise deu origem a três importantes obras críticas que marcaram o inundo: a Crítica da Razão Pura (sobre o conhecimento), Crítica da Razão Prática (sobre a vontade) e a Crítica do juízo (sobre os sentimentos).
Segundo Kant, à verdade e ao conhecimento só se chega através do juízo.
O juízo é a combinação que é feita do sujeito e do objecto. Kant distingue dois tipos de conhecimento: conheci mento puro, proveniente da razão, e conhecimento empírico, proveniente da experiência.
Na introdução da Crítica da Razão pura, Kant escreve: «todo o conhecimento humano começa co a experiencia, mas a experiencia não esgota não esgota todo o nosso conhecimento». Diz ainda: «Se todo o conhecimento se inicia com a experiência, isso não prova, porém, que todo ele deriva da experiência».
O conhecimento sensível é constituído pela receptividade do sujeito que sofre certa impressão pela presença do objecto. Este conhecimento representa os objectos como eles aparecem para o sujeito. Portanto, o conhecimento empírico é sempre subjectivo; por isso só se pode confiar muito neste tipo de conhecimento, pois depende de corno o sujeito sofre a influência do objecto.
O conhecimento puro, também chamado inteligível, é a faculdade que a nossa razão tem de representar aqueles aspectos das coisas que, pela sua própria natureza, não podem ser captados pela sensibilidade. Então, o conhecimento inteligível é a faculdade da nossa razão. O conheci mento empírico ocupa-se com o conhecimento dos fenómenos, ou seja, com os objectos que se manifestam no mundo sensível, enquanto o conhecimento puro ou inteligível ocupa-se com o mundo numérico (mundo do númeno), a que pertencem os objectos ou entidades enquanto pensados, objectos em si (puros).
O conhecimento propriamente dito, que engloba os conhecimentos provenientes da experiência sensível e cia razão, vem dos juízos que estabelecem ligação entre sujeito e objecto. Há dois tipos principais de juízo: analítico e sintético. Quando se formula a informação de que o predicado B pertence ao sujeito A, trata-se de um juízo analítico.
Kant diz que para se ter o conhecimento verdadeiro é preciso outro tipo de juízo, que seja universal, necessário e sintético (que crie novidade). Kant não hesita em afirmar que OS juízos que constituem o conhecimento verdadeiro são os sintéticos a priori. O juízo 3 + 2 = 5 é sintético co priori, ou seja, esta operação decorre da experiência sensível, empírica da experiência, mas fazemo-lo da mente e pode ser implementado para qualquer realidade. Este juízo é sintético a priori porque parte da experiência, mas supera tal experiência, podendo ser aplicado a qualquer realidade.. Esta é a ciência verdadeira e a explicação de Kant ao modo como conhecemos: a parti r da experiência, elaboramos juízos sintéticos a priori, universais e necessários, aplicáveis a todas as realidades.

d) Construtivismo
O construtivismo explica, em geral, como a inteligência humana se desenvolve, partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas acções mútuas entre o indivíduo e o meio.
Esta corrente de pensamento prévio das teorias da epistemologia genética e da pesquisa súcio-histórica de Jean Piaget e Lev Vysotsky, respectivamente. Tanto a epistemologia genética como a pesquisa sócio-histórica acreditam que o Homem não nasce inteligente, tuas também não é um simples receptor cias influências do meio. Ele responde aos estímulos cio ambiente e desta forma constrói e organiza o próprio conhecimento.
Dado que o conhecimento é construído por cada um dos indivíduos, outra coisa não se podia esperar senão a construção de um conhecimento subjectivo. Portanto, HO se atinge a verdade absoluta (representação do real como ele é), o organismo apenas se adapta ao seu meio, isto é, compreende o ambiente onde estiver inserido. Por conseguinte, o sujeito do conhecimento orienta as suas acções e pensamentos com base nas suas experiências.
De acordo com Piaget, existem dois procedimentos usados rio acto da aquisição cio conhecimento: assimilação e acomodação. Através destes dois processos, o Homem cria um equilíbrio mental pela perturbação provocada pela impressão de um novo objecto (não conhecido antes).
É o chamado princípio de equilibração. No processo de assimilação, o novo objecto é analisado com base no esquema existente no entendimento do indivíduo, que passa a Ler mais urna impressão. No processo de acomodação, a nova experiência que não se enquadra nos esquemas de pensamento anteriores postula um novo esquema que acomoda o novo conhecimento, que será ampliado mediante o estabelecimento de relações com o meio do sujeito cognoscente.

3. A revolução copernicana na teoria do conhecimento
A perspectiva clássica sobre o acto de conhecimento ensina cuja, no acto de conhecimento, o objecto é quem determina, ou seja, conhecimento consistia na adaptação do sujeito ao objecto a conhecer e na possibilidade de o Homem tudo conhecer. Esta visão revelou profundas lacunas no conhecimento, enquanto não explicava a existência de seres incognoscíveis pelo Homem.
Este facto levou Kant à ilação de que...



Bibliografia 
  • BIRIATE, Manuel Mussa, GEQUE, Eduardo R. G., Pré-Universitário – Filosofia 11, Pearson Moçambique Limitada, Maputo – Moçambique, 1ª edição, 2014;
  • REALE, Miguel, Introdução à filosofia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 65-76;
  • ALMEIDA, Aires (org.). Dicionário Escolar de Filosofia. [s.l.]: Plátano Editora, 2003;
  • HEIDEGGER, Martin. Kant und das Problem der Metaphysik. Bonn, 1929. 

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TEMA: 

Teoria e origem do conhecimento, Cristianismo de Immanuel Kant

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