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Epidemiologia de Doenças Crónicas não Transmissíveis

TEMA: Epidemiologia de Doenças Crónicas não Transmissíveis

Epidemiologia de Doenças Crónicas não Transmissíveis
As doenças cronicas não transmissíveis são todas as doenças que não são adquiridas por contacto com pessoas infectadas com o agente causador da doença e ou vectores, esse grande grupo incorpora uma marítaridade de doenças que devido a sua prevalência são importantes na área da saúde pública. 
O conjunto de factores demográficos, económicos e sociais continuam interferindo\o no processo de transição epidemiológica o envelhecimento populacional chama particular atenção, por sua ocorrência de modo acelerado, aumentando a probabilidade de expressão das doenças crónicas não-transmissíveis (DCNT), que geralmente se manifestam em idades avançadas. 
Isso propicia a multiplicidade de doenças crónicas, muitas vezes incapacitantes em idades produtivas, aumento de custos de assistência nos serviços de saúde e causadoras de morte prematura. As doenças crónicas não transmissíveis (DCNT) são um problema de saúde global e uma ameaça à saúde e ao desenvolvimento humano. 
A carga dessas doenças recai especialmente sobre países de baixa e média renda, Em 2007, cerca de 72% das mortes foram atribuídas às DCNT (doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crónicas, diabetes, câncer e outras, inclusive doenças renais), 10% às doenças infecciosas e parasitárias e 5% aos distúrbios de saúde materno-infantis, essa distribuição contrasta com a de 1930, quando as doenças infecciosas respondiam por 46% das mortes. 
abordado essa mudança radical ocorreu em um contexto de desenvolvimento económico e social marcado por avanços sociais importantes e pela resolução dos principais problemas de saúde pública vigentes naquela época, o crescimento da renda, industrialização e mecanização da produção, urbanização, maior acesso a alimentos em geral, incluindo os processados, e globalização de hábitos não saudáveis produziram rápida transição nutricional, expondo a população cada vez mais ao risco de doenças crónicas.
expressão clínica das doenças cronicas não transmissível faz-se após longo tempo de exposição aos factores de risco e da convivência as-sintomática do indivíduo com a doença não diagnosticada, mesmo quando os factores de risco são perceptíveis (tabagismo, obesidade alcoolismo, sedentarismo, etc).
Estes podem ser classificados como modificáveis ou não modificáveis, entre os factores modificáveis, estão a hipertensão arterial, a ingestão de álcool em grandes quantidades, o diabetes mellitus, o tabagismo, o sedentarismo, o stress, a obesidade e o colesterol elevado, e factores não modificáveis, destaca- se a idade, havendo clara relação entre o envelhecimento e o risco de desenvolver DCNTs. Outros factores não modificáveis são a hereditariedade, o sexo e a raça, consequentemente, os diagnósticos são em fases tardias, com a doença já complicada ou num desfecho que pode ser fatal, como ocorre muitas vezes com a doença coronariana aguda e com o acidente vascular encefálico.

Características das doenças cronicas não transmissíveis 
  • Longo período de latência;
  • Longo curso assintomático;
  • Curso clínico em geral lento, prolongado e permanente;
  • Manifestações clínicas com períodos de remissão e exarcebação;
  • Lesões celulares irreversíveis, evolução para graus variados de incapacidade ou morte.

Principais Doenças cronicas não transmissíveis 
Fazem parte deste grupo as seguintes patologias:
  • Doenças cardíacas e cerebrovasculares;
  • Cânceres;
  • Diabetes;
  • Hipertensão;
  • Doenças auto-imunes;
  • Doenças crônicas do aparelho respiratório;
  • Doenças mentais;
  • Lesões por acidentes (DANT);
  • Violência (DANT).
O plano de ação 2008 -2013 da OMS para DCNT focaliza quatro DCNT (doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas) e seus quatro fatores de risco compartilhados (tabagismo, inatividade física, alimentação não saudável e uso prejudicial de álcool), Essas quatro DCNT foram responsáveis por 58% das mortes no mundo em 2007 e são, juntamente com os transtornos neuropsiquiátricos, as principais causas da carga de doença.

As doenças cardiovasculares
Continuam a ser a principal causa de morte no mundo, sendo sua redução para doenças cerebrovasculares (34%) e para a categoria de outras formas de doença cardíaca (44%), a mortalidade por doença cardíaca isquêmica diminuiu 26%. A mortalidade por doença cardíaca hipertensiva, por sua vez, cresceu 11%, fazendo aumentar para 13% o total de mortes atribuíveis a doenças cardiovasculares em 2007, em comparação a 30% para doença cardíaca isquêmica e 32% para doença cerebrovascular.
OMS uniformemente padronizada, a mortalidade atribuível às doenças cardiovasculares no Brasil em 2004 – 286 por 100.000 pessoas-só é ultrapassada entre os países sul-americanos relatados pela Guiana e pelo Suriname. Taxas equivalentes foram 207 por 100.000 na Argentina, 209 por 100.000 na Venezuela e 160 por 100.000 no Chile. A taxa do Brasil foi maior que a relatada pela maioria dos países norte- americanos e europeus (por exemplo, 179 por 100.000 para os EUA, 175 por 100.000 para o Reino Unido e 200 por 100.000 para Portugal). A carga de mortalidade, especialmente mortes prematuras atribuíveis a doenças cardiovasculares, afeta, de maneira desproporcional, a população pobre, geram o maior custo referente a internações hospitalares no sistema de saúde nacional.

Diabetes
No final da década de 1980, a prevalência de diabetes em indivíduos entre 30 e 69 anos que era de 7,6% a prevalência de diabetes, dados mais recentes referentes relatam que indivíduos de 20 anos de idade ou mais mostram um aumento do diabetes sendo a causa básica de morte aumentou em 11% em 1996 a 2000. 

Câncer 
Nos homens, as taxas de mortalidade por câncer de (pulmão, próstata e colorretal) estão aumentando, as de câncer gástrico estão diminuindo e as de câncer de esôfago estão estáveis. Nas mulheres, as taxas de mortalidade por câncer de mama, de pulmão e colorretal aumentaram, enquanto as de câncer do colo do útero e do estômago diminuíram. 

Doenças respiratórias crônicas 
A queda na taxa de mortalidade ajustada por idade para doenças respiratórias crônicas foi verificada tanto para doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC diminuição de 28,2%) como para asma (redução de 34,1%). As hospitalizações de adultos de 20 anos ou mais diminuíram 32% para DPOC e 38% para asma, entre 2000 e 2007.

Factores de risco relacionados com as doenças cronicas não transmissíveis
  • Pressão sanguínea elevada (estress) – 7,1 milhões de mortes – 13% do total de mortes
  • Nível elevado de colesterol – 18% das doenças cerebrovasculares, 56% das doenças isquêmicas do coração;
  • Índice de massa corporal superior (obesidade) a 21kg/m2 – 58% dos casos de diabete mellitus, 21% das doenças isquêmicas do coração, 8% a 42% de certos tipos de câncer
  • Inatividade física (sedentarismo) – 1,9milhão de mortes, 10% a 16% dos casos de câncer de mama, colon e reto, 22% das doenças isquêmicas do coração
  • Tabagismo – 8,8% das mortes, 4,1% dos anos de vida perdidos ajustados por incapacidade, 12% das doenças vasculares, 66% das neoplasias de traquéia, brônquios e pulmão, 38% das doenças respiratórias crônicas.
  • Ingestão de álcool – 3,2% das mortes, 4% dos anos de vida perdidos ajustados por incapacidade, entre 20% e 30% dos casos de neoplasia do esôfago, fígado, cirrose hepática, de homicídios, epilepsia, acidentes com veículos
  • Lesões por acidentes de trânsito – 2,3% das mortes (90% dessas mortes ocorreram em países de médio e baixo índice de desenvolvimento econômico).

Prevenção e Controle das Doenças Cronicas não transmissíveis 
Objectivos:
  • Reduzir a incidência e a prevalência
  • Retardar as complicações e incapacidades
  • Aliviar a gravidade
  • Prolongar a vida com qualidade 
Um importante objetivo estratégico para a prevenção das DANT é buscar a mudança na percepção social sobre esses agravos á saúde e suas complicações, removendo o sentimento de inevitabilidade, modificando o perfil epidemiológico por intervenções no setor saúde com políticas de promoção da saúde de caráter multisetorial (campo regulatório, intervenções com políticas públicas, educação, mobilização comunitária). 

Metodologias e Instrumentos para Vigilância de DANT
Para realizar a abordagem metodológica e estruturar as ações de vigilância epidemiológicas das DANT são necessários disponibilidade de dados confiáveis e capacidade técnica para transformar os dados em informações. Uma abordagem passo a passo para implantar a vigilância das DANT deve prevêr o:
  • Monitoramento da mortalidade (em que se olha o passado);
  • As doenças (em que se acompanha o presente da ocorrência) e a
  • Vigilância dos fatores de risco (em que a capacidade de intervenção aumenta na medida em que se olha para o futuro em que ocorrerá o dano à saúde) (OMS, 2001)

Monitoramento dos fatores de risco
O foco principal da prevenção e controle das DANT está centrado na redução da exposição das pessoas aos fatores de risco. Eles são agrupados em quatro categorias:
  • Constitucionais sexo, idade, raça, hereditariedade
  • Comportamentais tabagismo, dieta, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas, anticoncepcionais
  • Distúrbios Metabólicos há, obesidade, hiperglicemias;
  • Características socioeconômico-culturais ocupação, renda, escolaridade, classe social, ambiente de trabalho.
  • As DANT constituem-se em um dos mais importantes problemas de saúde pública da atualidade, responsável por 59% do total de mortes ocorridas no mundo e por 43% da carga global de doenças (OMS, 2001).
Intervenção para prevenção de DANT e promoção a saúde
Prevenção Primária dirigida as pessoas suscetíveis, antes que elas desenvolvam a doença – recomendação para mudanças, nível Secundário de prevenção dirigido ao controle de doenças, ás pessoas assintomáticas pertencentes aos grupos de comportamento de risco, evitando que se tornem doentes, nível terciário ações dirigidas as pessoas que já se apresentam doentes com o objetivo de prevenir complicações e incapacidades.

Estratégias para a Implementação de Programas de Prevenção para as DANT
Reorientar o Sistema de Saúde para alocar recursos humanos treinar e atualizar os profissionais em prevenção, desenvolver educação em saúde dentro e fora dos serviços de saúde Capacitar lideranças, voluntários, na comunidade, aumentar o nível de informação na rede de ensino formal e informal, desenvolver programas de prevenção nos locais de trabalho,buscar a adesão de parceiros em múltiplos sectores, monitorar os riscos e avaliar os resultados.

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