ROLAR PARA BAIXO

Rolar para baixo



Teoria do conhecimento, revolução copernicana, a natureza, o valor, níveis, classificação de Comte, o erro e o remédio da teoria do conhecimento

TEMA: Teoria do conhecimento, revolução copernicana, a natureza, o valor, níveis, classificação de Comte, o erro e o remédio da teoria do conhecimento

Introdução 
A teoria do conhecimento tem por objectivo buscar a origem, a natureza, o valor e os limites do conhecimento, da faculdade de conhecer. Às vezes o termo é usado ainda como sinónimo de epistemologia, o que não é exacto, pois a mesma é mais ampla, abrangendo todo tipo de conhecimento, enquanto que a epistemologia limita-se ao estudo sistemático do conhecimento científico, sendo por isso mesmo chamada de filosofia da ciência. 
A necessidade de procurar explicar o mundo dando-lhe um sentido e descobrindo-lhe as leis ocultas é tão antiga como o próprio Homem, que tem recorrido para isso quer ao auxílio da magia, do mito e da religião, quer, mais recentemente, à contribuição da ciência e da tecnologia. Portanto, neste presente tópico, visa-se abordar sobre a teoria do conhecimento, mencionando vários aspectos referentes ao assunto.

Índice 
Introdução. 1
1. Cristianismo de Immanuel Kant 2
a) Pragmatismo. 2
2. Origem de conhecimento. 2
a) Empirismo. 3
b) Racionalismo. 4
c) Apriorismo ou intelectualismo. 4
d) Construtivismo. 6
3. A revolução copernicana na teoria do conhecimento. 6
4. A natureza do conhecimento. 7
5. O valor do conhecimento. 8
6. Níveis de conhecimento. 8
a) Senso comum.. 8
b) Conhecimento científico. 9
c) Importância, limites e perigos do conhecimento científico. 9
d) Conhecimento filosófico. 10
7. Classificação das ciências segundo Augusto Comte. 10
8. A questão da verdade. 10
a) Críticos de verdade. 11
b) O erro: causas e remédio. 12
Conclusão. 13
Bibliografia. 14 

1. Cristianismo de Immanuel Kant 
O criticismo resulta da distinção entre a realidade tal como ela é (número) e a realidade tal como nos aparece (fenómeno). De acordo com a reflexão de Kant, o intelecto humano não está estruturado de forma a captar as propriedades do número, oriundo das coisas em si. Este mundo não se adapta aos esquemas do pensamento. Por isso, somente nesta última esfera (mundo dos fenómenos) podemos falar da possibilidade do conhecimento da verdade, que é urna...


3. A revolução copernicana na teoria do conhecimentoA perspectiva clássica sobre o acto de conhecimento ensina cuja, no acto de) conhecimento, o objecto é quem determina, ou seja, conhecimento consistia na adaptação do sujeito ao objecto a conhecer e na possibilidade de o Homem tudo conhecer. Esta visão revelou profundas lacunas no conhecimento, enquanto não explicava a existência de seres incognoscíveis pelo Homem.
Este facto levou Kant à ilação de que não é o sujeito que se adapta aos objectos, no acto de conhecimento, mas o contrário. É esta a chamada revolução copernicana em Kant na gnosiologia: no acto de conhecimento, os objectos adaptam-se à natureza do intelecto humano. Assim, é fácil explicar a existência de seres incognoscíveis pelo Homem — eles não se adaptam à natureza do intelecto humano e, Por isso, o Homem não os pode conhecer. 
Ao que a experiência consegue apreendei Kant chamou fenómeno, e ao inundo inatingível pela experiência chamou númeno (as coisas em si), como vimos quando analisámos o problema da possibilidade do conhecimento. A revolução copernicana ajudou a descobrir que a razão humana.
4. A natureza do conhecimento
O que se pretende reflectir neste tema é: oque é que conhecemos? Os próprios objectos. Ou as representações, cm nós, dos mesmos? Existem duas correntes antagónicas que respondem a esta colossal questão, nomeadamente o realismo e o idealismo.

Realismo
O realismo defende que nós conhecemos as coisas e não as ideias sobre elas. O que o Homem conhece são as coisas, quer na turma de universais (as coisas em si, transcendentes em relação aos particulares — como, para Platão, os universais ante rein, isto é, a universalidade perante as coisas), quer na forma imanente, encontrados nas coisas individuais (como, para Aristóteles, a universidade in re, isto é, a universalidade nas coisas).
O universal é urna entidade geral, um conceito, uma ideia que é comum a todos os seres particulares. Portanto, para os realistas, O universal é o elite que predica todas as coisas, ou seja, constitui o sustei-itâculo do todo existente. Sem o universal não existiriam as coisas particulares.

Idealismo
Para o idealista inglês George Berkeley, a única existência dos objectos é a ideia que se tem deles: «existir é ser percebido. As coisas só existem como objectos da consciência. A existência do mundo como realidade coerente e regular estaria garantida por Deus, mente suprema onde tudo se produz e ordena. A filosofia idealista de Hegel (expoente máximo o idealismo alemão) irá culminar com a afirmação segundo a qual «todo o real é ideal e todo o ideal é real».

5. O valor do conhecimento
Este debate é travado por duas correntes. Urna delas é o absolutismo, que afirma não só a objectividade do conhecimento, como também lhe confere um valor absoluto. Portanto, não restam dúvidas sobre o valor do conhecimento e não apresenta nenhum limite. Do outro lado, temos o relativismo. Este atribui valor simplesmente relativo ao conhecimento, quer em função ao sujeito cognoscente, quer em função do objecto conhecido.O relativismo tem várias subdivisões, nomeadamente:
  • O relativismo sensorial dos sofistas — segundo Protágoras (século V a. C.), o Homem é a medida de todas as coisas (humo mensura), oque quer dizer que todo o conhecimento é relativo, isto é, depende do sujeito cognoscente (por exemplo, a mesma água pode parecer fria a um Indivíduo e quente a outro);
  • O relativismo positivista — para Augusto Comte, pai do positivismo, nen hum conhecimento que ultrapassa a experiência é possível e, por conseguinte, tão pouco poderá ser válido ou certo, trata-se de um relativismo objectivo;
  • O relativismo pragmático — para William James (1843-1910), a validade de urna ideia só pode ser verificada pelo seu resultado prático, isto é, pela utilidade. Para o pragmatismo, o Homem foi feito para a acção. Assim sendo, a verdade só pode sei- definida em função dessa mesma acção. Tudo o que ajuda a agir e produz realmente efeito será verdadeiro para cada individuo. Deste modo, todas as nossas ideias terão apenas um valor relativo. 

6. Níveis de conhecimento 
a) Senso comum 
Também chamado conhecimento popular, é o que resulta da experiência quotidiana do ser humano e caracteriza-se por ser: superficial, sensitivo, subjectivo, assistemático e acrítico. 
É o tipo de conhecimento popular que se adquire fora dos mecanismos sistematizados, como, por exemplo, o conhecimento que os camponeses têm sobre a época de sementeira, sem terem aprendido na escola.

b) Conhecimento científico
Em geral, a ciência é entendida como uma organização de conhecimentos e de resultados que são aceites universalmente, visto que podem ser verificados, e por se tratar de um conhecimento submetido a métodos.
A ciência é o conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, histórica mente acumulados, dotados de universalidade e objectividade, que permitem a sua transmissão, e estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender e possivelmente, orientar a Natureza e as actividades humanas. Tem as seguintes características: real (factual), contingente, sistemático, verificável e falível.
À actividade científica depende dos investigadores, que são indivíduos que vivem numa determinada socie dade com os seus valores culturais, políticos e religiosos; dos métodos, cias técnicas, dos meios de comunicação de que a sociedade dispõe numa determinada época. Ë destes cientistas investigadores que dependem os resultados da actividade científica.
Por Isso, a ciência não é um conhecimento espontâneo da realidade, como é o conhecimento senso comum; não é uma coleção de leis, um catálogo de factos não relacionados. De acordo com Einstein, a ciência é urna criação do espírito, com ideias e conceitos livremente inventados; é um processo de apreensão da realidade por meio das nossas construções teóricas.

c) Importância, limites e perigos do conhecimento científico
Não há dúvida alguma de que o avanço da tecnologia, resultado do conhecimento e da investigação científica, proporciona melhores condições de vida ao homens. Por exemplo, o avanço da medicina ajuda a diminuir a dor dos homens; OS curativos que outrora pareciam impossíveis tornaram-se hoje não extraordinários. Portanto, a tecnologia conflito para a melhoria das condições de vida. Todavia, a ciência, mostrou-se, ao longo do tempo, que nem sempre é favorável ao Homem. A f no progresso vacilou com a Segunda Guerra Mundial.

d) Conhecimento filosófico
O avanço do industrialismo, sem precaução do meio ambiente, degradou-o, e regista-se hoje o esgotamento dos recursos não renováveis e a deterioração da camada de ozono. Os autores Lyon e Fukuvama e muitos pensadores do nosso tempo concordam com esta constatação e apelam à exploração racional dos recursos que a terra nos oferece.
A tecnologia pode criar também muitos outros problemas além dos ambientais, como OS problemas de saúde humana na sua relação com as máquinas e tecnologia, a relação de dependência excessiva das máquinas e problemas de desemprego (com a Substituição da mão-de-obra humana pelas máquinas), entre muitos outros.

7. Classificação das ciências segundo Augusto Comte
Augusto Comte (1798-1857), filósofo francês que veio também a ser o fundador (la Sociologia, sofreu virias influências ideológicas. Porém, há a destacar Cndorcet (1743-1794), ao qual ele chama predecessor imediato, sem, no entanto, nos esquecermos da influência do historicismo alemão (hegelianismo).
Comte, inspirado pelo ambiente do século XVIII, fundou a chamada lei dos três estados, comparando o desenvolvimento do psiquismo humano com o crescimento do Homem. Para ele, o psiquismo humano atravessa três estados, nomeadamente: teológico, metafísico e positivo, fazendo-os corresponder às fases da infância, juventude e maturidade, respectiva mente.

8. A questão da verdade
A verdade é a correspondência entre o conceito e a realidade, seja eia empírica ou meta-empírica. 
Portanto, dizer que algo é verdadeiro implica a correspondência daquilo que é dito com a idealidade. 
São quatro os principais estados do espirito perante a verdade ignorância, dúvida, opinião e certeza. 
A ignorância é ausência de todo o conhecimento relativamente a um enunciado. Para o espírito em estado de ignorância, a verdade de um determinado enunciado é como se não existisse; não há juízo. A ignorância pode ser: vencível ou invencível, dependendo da possibilidade ou impossibilidade de fazê-la desaparecer; culpável ou inculpável — conforme tivermos ou não o dever de a dominar.
A dúvida é um estado de equilíbrio entre a afirmação e a negação. No estado de duvida, o espírito no adere, ou porque os motivos para afirmar e negar se equilibram (dúvida positiva) ou não se equilibram, mas não são suficientes para excluir o medo de erro (ainda dúvida positiva); ou não tem razão alguma nem para afirmar, para negar duvida negativa, que equivale a ignorância).
A dúvida pode ser
  • Metódica (ou cartesiana) - consiste na suspensão voluntária, fictícia ou real, mas sempre provisória, na aceitação de urna verdade tida por certa, com o fim de verificar o seu valor. Esta é necessária à constituição de qualquer ciência. É também conhecida por dúvida cartesiana por ter sido Descartes o primeiro a estabelecê-la como método;
  • Cética ou sistemática — estado definitivo do espírito relativamente a toda a verdade; é impossível legitimar as nossas verdades espontâneas que devemos ter sempre como incertas. Enquanto a dúvida metódica é provisória (nunca definitiva) e constitui um meio de chegar à verdade, a dúvida céptica é definitiva e é um fim. 

a) Críticos de verdade
É um procedimento através do qual podemos distinguir a verdade da falsidade. Citamos o seguinte:
  • Autoridade: A declaração aceita como verdadeira, porque vem de alguém que seja concedido um crédito para o seu conhecimento em um assunto.
  • Tradição: o que é tido como certo que ao longo do tempo tem sido aceita como verdadeira e goza de apoio popular.
  • Correspondência entre pensamento e realidade: o que nós pensamos que é verdadeiro, se o cheque corresponde à realidade empírica. O critério é o de estabelecer a adequação ou correspondência entre o que é dito e o que é.
  • Coerência lógica: consiste em verificar que não há contradição entre as declarações que pertencem ao mesmo sistema, e que eles são necessariamente derivados dos axiomas ou princípios.
  • Utilidade: A afirmação será verdadeira quando é benéfica e útil, na verdade, para orientar e avançar a nossa investigação.
  • Prova: É um critério fundamental. Em ordem de razão, nós consideramos evidentes primeiros princípios, o princípio da identidade e da não-contradição (evidência racional), a fim de sensibilidade, os dados dos sentidos (prova sensorial). Descartes, a evidência do conhecimento deve ser acompanhada por duas características: clareza e distinção.
  • Utilidade: A afirmação será verdadeira quando é benéfica e útil para nós quando podemos estar posicionados para a realidade e seguir em frente em nossa pesquisa. 
b) O erro: causas e remédio
Em que consiste o erro? Se a verdade consiste em dizer que é, o erro é a não conformidade do espírito com a realidade ou com a coisa. É a adesão Firme áquilo que objectivamente é falso o, mas que do ponto de vista subjectivo, no que parece verdadeiro. O erro distingue-se da ignorância, pois enquanto esta consiste em miada saber e nada afirmar, aquele consiste em não saber e afirmar, julgando saber. A ignorância é uma limitação da verdade, pois o ignorante não sabe; o erro é a negação da verdade, daí que, quem erra não sabe, mas julga saber.

As causas do erro podem ser de duas naturezas: psicológicas e morais. 
São causas psicológicas:
  • a falta de compenetração ou atenção do espírito que interpreta mal os dados dos sentidos, estendendo a adesão além daquilo que foi apreendido. É o caso daquele homem que v no bronze o ouro;
  • a paixão que nos impede de raciocinar correctamente. A paixão deixa-nos, muitas vezes, obcecados, impossibilitando-nos, desse modo, de reflectir.

São causas morais:
  • a vaidade, que resulta da demasiada confiança na nossa pessoa;
  • o interesse económico, social, (económico, etc.), pelo qual preferirmos aquilo que nos é favorável e que se harmoniza com os nossos objectivos;
  • a preguiça intelectual, que não nos deixa questionar o valor dos nossos motivos e, por isso, nos leva a aceitar sem reflexão determinadas asserções ligeiramente formuladas. 
Todo o erro é combatido nas suas causas, procedendo-se metodicamente e refletindo-se sobre as coisas, acautelando-se contra as sugestões da paixão e da imagem ação; suspendendo o juízo e duvidando, se for necessário; não aceitando nada corno verdadeiro ou falso senão o que conhecimento como, através dos meios legítimos.

Conclusão
Esse trabalho buscou de forma concisa reunir informações gerais acerca da Teoria do Conhecimento, baseando-se na visão de vários filósofos antigos, com destaque a Immanuel Kant, reunindo conceitos e origem de algumas correntes, seus objectivos e representantes.
Embora o conhecimento sempre tenha sido necessário para elaborar os produtos, sua importância aumentou vertiginosamente com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, particularmente nas últimas décadas do século XX.
É fundamental saber como utilizar as informações e o conhecimento já existentes na organização. O "conhecimento" não se encontra apenas nos documentos, nas bases de dados e nos sistemas de informação, mas também nos processos de negócio, nas práticas dos grupos e na experiência acumulada pelas pessoas para aumentar sua produtividade e conquistar novas oportunidades.

Bibliografia 
  • BIRIATE, Manuel Mussa, GEQUE, Eduardo R. G., Pré-Universitário – Filosofia 11, Pearson Moçambique Limitada, Maputo – Moçambique, 1ª edição, 2014;
  • REALE, Miguel, Introdução à filosofia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 65-76;
  • ALMEIDA, Aires (org.). Dicionário Escolar de Filosofia. [s.l.]: Plátano Editora, 2003;
  • HEIDEGGER, Martin. Kant und das Problem der Metaphysik. Bonn, 1929. 

Este documento não está completo, compre um completo incluindo índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia.

TEMA: 

Teoria do conhecimento, revolução copernicana, a natureza, o valor, níveis, classificação de Comte, o erro e o remédio da teoria do conhecimento

Para baixar este documento precisa pagar via: M-PESA, Conta Móvel, Depósito ou Transferência via BCI e BIM.

Enviar um comentário (0)
Postagem Anterior Próxima Postagem