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Fichas de Leitura (Fichamento) - Trabalho Completo

Introdução
A técnica que pode ser caracterizada por envolver um conjunto de procedimentos para se recolher dados das bibliografias consultadas pelo leitor ou investigador é denominada de Fichas de leitura. Esta técnica apresenta-se relevante no momento da revisão de literatura que fundamenta toda a investigação. É uma etapa em que o investigador se depara com diversas literaturas e, através de uma leitura crítica das mesmas, precisa analisar, sintetizar, interpretar e organizar as informações presentes nas bibliografias. Portanto, neste presente trabalho, irei abordar o tema “Fichas de Leitura”, inerente a cadeira de Metodologia de Investigação Científica.

É de se salientar ainda que cada afirmação, definição, caracterização, e os demais aspectos que traremos neste trabalho, serão fundamentados com base nos autores e os respectivos anos.
Índice
Introdução. 1
Objectivos. 2
FICHAS DE LEITURA.. 3
TIPOS DE FICHAS DE LEITURA.. 3
Como é que se faz leitura?. 5
Como se deve estudar? Quais são as ferramentas que nos ajudam a sair desse dilema? Quais são e o que visam? 6
Conclusão. 9
Bibliografia. 10


Objectivos
1.1. Geral:
  • Abordar sobre “Fichas de Leitura”


1.2. Específicos:
  • Definir as fichas de leitura;
  • Destacar os quatro (4) tipos de fichas de leitura;
  • Indicar como se faz uma leitura;
  • Ilustrar como se deve estudar, as ferramentas que nos ajudam a sair desse dilema e o que visam.


FICHAS DE LEITURA
Uma ficha de leitura é um documento em que se regista, de forma sintética e ordenada, os dados mais relevantes de um texto que se leu (artigo, capítulo de livro, livro, etc.). Este documento é habitualmente produzido no âmbito de um trabalho de investigação ou no âmbito do estudo de um determinado tema e permite:
  • (i) Organizar a informação relativa ao tema em estudo e;
  • (ii) Gerir as fontes bibliográficas utilizadas sem necessidade de posterior consulta.
TIPOS DE FICHAS DE LEITURA
A ficha de leitura é um texto escrito que assenta na perícia individual para organizar as ideias e na capacidade de síntese. Existem, porém, várias formas de textos escritos, nas quais distinguem-se quatro (4) tipos de fichas de leitura, nomeadamente:

  • 1º. Fichamento bibliográfico
É a descrição, com comentários dos tópicos abordados em uma obra ou parte dela. É basicamente uma colecção de fichas contendo informações de livros, artigos e outros materiais, com suas respectivas anotações, que possam servir ou já constituam referências a uma monografia, dissertação ou tese.
Nesse sentido, António Joaquim Severino (1985) estabelece que: “O fichamento de documentação bibliográfica constitui um acerto de informações sobre livros, artigos e demais trabalhos que existem sobre determinados assuntos, dentro de uma área do saber”.
Por viés outro, Humberto Eco (1998) disserta sobre todos os detalhes a serem considerados na formação deste arquivo, indo desde a primeira pesquisa exploratória em uma biblioteca até o detalhamento de informações de registro para consultas posteriores.
O tema entabulado também é tratado por Ângelo Domingos Salvador (1973), segundo qual, a ficha bibliográfica, de obra inteira ou parte dela, pode referir-se a alguns ou a todos os seguintes aspectos:
  • a) o campo do saber que é abordado;
  • b) os problemas significativos tratados;
  • c) as conclusões alcançadas;
  • d) as contribuições especiais em relação ao assunto do trabalho; e
  • e) as fontes dos dados.
Portanto, o fichamento bibliográfico consiste em resenha ou comentário que dê idéia do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito também a respeito de artigos ou capítulos isolados, representando um importante auxílio na produção de textos técnico-científicos. Segue abaixo modelo que permite melhor visualização.

2º. Fichamento de Resumo ou Conteúdo
Segundo Eva Maria Lakatos (2005) e Marina de Andrade Marconi (2005), no fichamento de resumo ou conteúdo apresenta-se uma síntese bem clara e concisa das ideias principais contidas no texto ou obra. Ou seja, o autor do fichamento elabora com suas próprias palavras a interpretação do que foi lido.
Corrobora coerentemente essa conceituação, a doutrina de João Bosco Medeiros (2007), para quem o resumo é um tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas ideias principais, devendo-se evitar fazer comentários pessoais. Engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo, isto é, do resumo.
Como características do fichamento de resumo ou conteúdo, podemos citar as constantes na obra de Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi (2005), quais sejam:

  • a) Não é um sumário ou índice das partes componentes da obra, mas exposição abreviada das ideias do autor;
  • b) Não é transcrição, como na ficha de citações, mas é elaborada pelo leitor, com suas próprias palavras, sendo mais uma interpretação do autor;
  • c) Não é longa, apresentam-se mais informações do que a ficha bibliográfica, que, por sua vez, é menos extensa do que a do esboço;
  • d) Não precisa obedecer estritamente à estrutura da obra, lendo a obra, o estudioso vai fazendo anotações dos pontos principais. Ao final, redige um resumo, contendo a essência do texto.
Em suma, o fichamento de resumo ou conteúdo é uma síntese das ideias principais existentes no texto ou livro, escritas com as próprias palavras do leitor. Segue abaixo modelo que permite melhor visualização.

3º. Fichamento de Citação
O fichamento de citação é a transcrição textual, ou seja, é a reprodução fiel das frases que se pretende usar na produção do texto técnico-científico. Deve-se ter os seguintes cuidados:
  • a) Toda citação tem de vir entre aspas. É através deste sinal que se distingue uma ficha de citações das de outro tipo. Além disso, a colocação das aspas evita que, mais tarde, ao utilizar a ficha, se transcreva como do autor das fichas, os pensamentos nela contidos;
  • b) Após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída. Isso permitirá a posterior utilização no trabalho com a correcta indicação bibliográfica;
  • c) A transcrição tem de ser textual. Isso inclui os erros de grafia, se houver. Após eles, coloca-se o termo sic, minúscula e entre colchetes.
  • d) A supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se local da omissão, três pontos, precedidos e seguidos por espaços, no início ou final do texto e entre parênteses, no meio;
  • e) A frase deve ser completada, se necessário, quando se extrair uma parte ou parágrafo de um texto, este pode perder seu significado, necessitando de um esclarecimento, o qual deve ser intercalado, entre colchetes.
  • f) Quando o pensamento transcrito é de outro autor, tal fato tem de ser assinalado. Muitas vezes o autor fichado cita frases ou parágrafos escritos por outra pessoa. Nesse caso, é imprescindível indicar, entre parênteses, a referência bibliográfica da obra da qual foi extraída a citação.
Além disso, segundo João Bosco Medeiros (2007), a transcrição directa de até três linhas deve ser contida entre aspas duplas. Quanto às citações directas com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que o do texto utilizado e sem aspas.
4º. Fichamento por dissertação
Por sua vez, a dissertação “é o tipo de redacção na qual o autor do texto expõe suas ideias gerais e apresenta argumentos que sustentem seu ponto de vista”. As preocupações a ter em conta quando se redige uma dissertação é apostar na simplicidade, escrevendo um texto objectivo, coerente entre as várias partes que o compõem e munido de conteúdo. Saber escrever de forma simples e correcta constitui um dos critérios mais comuns de avaliação das dissertações. Deve ter-se a preocupação de evitar repetições, revelar grande capacidade argumentativa e mostrar que se sabe sobre o que se está a escrever.

Como é que se faz leitura?
A primeira operação para redigir um tema é compreender correctamente o enunciado contido no título. Um exame cuidadoso do título proposto dá ao estudante a exacta delimitação do assunto, permite-lhe perceber imediatamente como desenvolver o pensamento para não fugir do tema. E conduz ao segundo passo: fazer um esboço do que vai ser dito.
Há quem prefira esboçar o tema mentalmente. Nunca é demais, porém, tenha o cuidado de anotar o plano, de modo que seja fácil segui-lo depois. Fazer um esboço depende, é claro, do conhecimento do aluno. E até mesmo do assunto. Mas um macete infalível é o da divisão em três partes: introdução, desenvolvimento, conclusão. Começa-se por chamar a atenção do leitor para o assunto, digamos, "A descoberta do Brasil", falando sobre a situação de Portugal no século XV, o florescimento cultural, a Escola de Sagres e as técnicas de navegação ali aperfeiçoadas. É a introdução, que conduzirá ao desenvolvimento: a frota de Cabral, seus objectivos, a viagem e seus problemas, a chegada a Porto Seguro, a comunicação da descoberta. Conclui-se de modo a evidenciar a importância que foi atribuída ao fato, na época, podendo-se adiantar algo sobre o significado histórico que teria depois.
Na exposição de assunto científico ou de carácter interpretativo, é bom lembrar que o sistema é: antecipar o que se vai provar, provar o que se havia proposto e enunciar o que já se provou. Nunca deixar, também, de enumerar em estrita ordem alfabética, todas as fontes e toda a bibliografia utilizada para compor o trabalho. Depois de tudo escrito, a tarefa ainda não terminou. A redacção feita em casa ou em classe deve ser revista. É preciso ver se foram utilizadas as palavras mais expressivas, se não há erros de grafia, se a pontuação foi bem feita. Não se exige de ninguém um texto literariamente perfeito, mas escrever corretamente é obrigação.

Como se deve estudar? Quais são as ferramentas que nos ajudam a sair desse dilema? Quais são e o que visam?
A leitura é uma actividade extremamente importante para o homem civilizado, atendendo a múltiplas finalidades. A leitura insere o ser humano em um vasto mundo de conhecimentos, propiciando a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do saber.
Sob tal enfoque, urge compreender que a técnica da leitura garante um estudo eficiente, quando aplicada qualitativamente. Nesse contexto, cabe registrar que em sua grande maioria, o produtor de texto técnico-científico fracassa porque sua leitura não é eficiente.
Com esse intróito, busca-se realçar a necessidade de desenvolvimento de hábitos de estudo, com prioridade para técnicas de leitura, a fim de permitir a continuação da pesquisa para além dos bancos escolares. Em essência, a leitura é uma das principais formas de aquisição de informação e conhecimento por parte do ser humano.
Para Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi (2005), a leitura constitui-se em um dos fatores decisivos do estudo e imprescindível em qualquer tipo de investigação científica. Segundo estes, a leitura favorece a obtenção de informações já existentes, poupando o trabalho de pesquisa de campo ou experimental. Por outro lado, João Bosco Medeiros e Antonio Henriques (1999), escrevem que alguns tópicos devem ser observados a fim de facilitar o aproveitamento da leitura:
  • a) Primeiramente há que se determinar um objectivo a ser alcançado;
  • b) Esclarecer as dúvidas que possam ocorrer durante a leitura do texto com a consulta a um bom dicionário;
  • c) Assimilar as ideias principais do texto, captar as mensagens;
  • d) Fazer um esquema com as ideias principais e
  • e) Elaborar frases-resumos com base no que foi sublinhado.
Nesse sentido, antes de se iniciar no estudo de um texto ou obra o leitor deve compreender quais são seus objectivos. Deve-se perguntar que informação terá que encontrar e por que encontrá-la e quando encontrar, qual uso fará dessa informação.
Em alguns casos, a colocação dos problemas pode ser difícil, mas o leitor deve-se perguntar pelo menos: qual a relação deste tópico com a unidade que está estudando; qual a relação deste tópico com outras unidades que já estudou etc.
Uma boa leitura é aquela em que não se lê palavra por palavra, mas sim, o conjunto de palavras que constituem unidades de pensamento. Essas unidades de pensamento são essenciais para uma perfeita compreensão de significados e da mensagem que o texto quer nos passar.
Nesse diapasão, há que se registrar que a grande maioria dos produtores de textos técnico-científicos perde a maior parte do tempo com leitura de material que em nada ajudará na produção literária. As pesquisas demonstram que existem diferenças no nível de aprendizagem quanto a material significativo e pouco significativo.
Segundo João Bosco Medeiros (2007), em primeiro lugar, o leitor deve considerar que a leitura é selectiva e que há vários modos de realizá-la, como: a) o que é relevante para o leitor é a relação do texto com o autor (o que o autor quis dizer?); b) relação do texto com outros textos (leitura comparativa); c) o que é relevante é a relação do texto com seu referente; e d) relação do texto com o leitor (o que você entendeu?).

Por outro giro, João Bosco Medeiros e Antonio Henriques (1999), dizem que a leitura, não obstante possa ser agradável e prazerosa, é empreendida com finalidade prática, pois tem algum tipo de compromisso com o resultado que o leitor espera de seu esforço. Ou seja, lê-se para aprender, não cabendo se questionar o que se lê. Ademais, estabelecem que um bom leitor deve ser capaz de praticar níveis diferentes de leitura, ou seja:
  1. Leitura elementar: leitura básica ou inicial. Ao leitor cabe reconhecer cada palavra de uma página, o qual dispõe de treinamento básico e aquisição rudimentar da arte de ler;
  2. Leitura inspecional: caracteriza-se pelo tempo estabelecido para a leitura. Arte de folhear sistematicamente;
  3. Leitura analítica: é minuciosa, completa, a melhor que o leitor é capaz de fazer. É activa em grau elevado e tem em vista principalmente o entendimento;
  4. Leitura sintópica: leitura comparativa de quem lê muitos livros, correlacionados entre si. Nível activo e laborioso da leitura.
Ressalte-se que os quatro níveis de leitura são cumulativos, exigindo-se de um leitor competente o transito por todos os níveis, com desenvoltura e autonomia. Enfim, quanto mais tempo de leitura tiver o leitor, mais produtiva se tornará sua leitura.
Ademais, existem algumas técnicas que podem ajudar a desenvolver a prática de uma leitura produtiva e eficiente. Cite-se o caso do grifo, processo este que pode ajudar na concentração e no desenvolvimento de um processo selectivo do texto e de resumo. Essa medida, ou seja, o grifo, deve ser usado tendo em mente dois objectivos: primeiro deve ser utilização pelo leitor como uma ajuda a entender e organizar a matéria; e segundo, como um auxílio para futuras revisões.

Por fim, de cite-se a doutrina de Délcio Vieira Salomon (1997), segundo qual, pode-se dizer que um bom leitor lê rapidamente e entende bem o que lê. Tem habilidades e hábitos como: ler com objectivo determinado; ler unidades de pensamento; tem vários padrões de velocidade; avalia o que lê; possui bom vocabulário; tem habilidades para conhecer o valor do livro; sabe quando deve ler um livro até o fim, quando interromper a leitura definitivamente ou periodicamente; discute frequentemente o que lê com colegas; adquire livros com frequência e cuida de ter sua biblioteca particular; lê assuntos vários; lê muito e gosta de ler, sendo que o bom leitor é aquele que não é só bom na hora de leitura, mas é bom leitor porque desenvolve uma atitude de vida: é constantemente bom leitor. Não só lê, mas sabe ler.

Conclusão
Fim do trabalho, pude concluir que as fichas de leitura, são de grande importância na medida em que ajudam o leitor a alcançar o seu objectivo de uma forma fácil e ordeira. Para que uma ficha de leitura seja completa, deve ter em conta vários aspectos, dos quais, referências bibliográficas, informações sobre o autor, breve resumo dos conteúdos, transcrição das citações mais importantes, comentários pessoais, ao longo do resumo, outras observações se necessário.
É indispensável também, referir a importância de saber fazer uma leitura coerente, segundo o que vimos ao longo da abordagem. A leitura é importante na medida em que ajuda na expansão do conhecimento, capacidade de memorização, desenvolvimento da concentração, e muitos outros benefícios.

Bibliografia
  • SALOMON, Délcio Vieira, Como Fazer uma Monografia, 4ª ed., Martins Fontes, 1997
  • SEVERINO, António Joaquim, Metodologia do Trabalho Cientifico, 21ª Edição, Revista e Ampliada Faculdade de Medicina. O E. Coy Bra, 1985
  • SALVADOR, Ângelo Domíngos. Métodos e Técnicas de pesquisa bibliográficas. Elaboração e relatório de estudos científicos, 3ª ed., Porto Alegre: Sulina / Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (FIDENE - Ijuí RS), 1973.
  • LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade, Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos; pesquisa bibliográfica, projecto e relatório; publicações e trabalhos científicos. 4ª ed., São Paulo: Atlas, 1995
  • MEDEIROS, João Bosco, Redacção científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas, 5ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007
  • www.escolademoz.blogspot.com
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3 Comentários

  1. Pretendo obter o documento mas não tenho M-Pesa.

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