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Globalização Económica: definição, processos, acores, desafios, impactos, áfrica e Moçambique

É uma força condutora central por trás das rápidas mudanças sociais, políticas e económicas que estão a remodelar as sociedades modernas e a ordem mundial (HELD, 1999). 

Índice
1. Introdução 1
1.2. Objectivos 2
1.3. Metodologia de Investigação 2
2. Globalização Económica 3
2.1. Definição 3
2.2. Os três processos da globalização económica 3
2.3. Actores da globalização económica 4
3. A Globalização Económica em África 5
3.1. Os Desafios da Globalização na África 6
4. Impactos da Globalização Económica em África 7
4.1. Impactos Positivos 7
4.2. Impactos Negativos 8
5. Moçambique face à Globalização 8
5.1. Consequências da globalização para o povo Moçambicano 8
5.2. Desenvolvimento de Moçambique e Globalização 9
6. Conclusão 11
7. Bibliografia 12

1. Introdução

Todos os países possuem graves problemas sociais básicos como alimentação, saúde, moradia e educação, a maioria sem perspectivas de solução a curto e médio prazos.

Em contrapartida encontramos o processo de globalização que hoje domina o cenário da economia internacional, que caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em países de economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se maior. No entanto, nem todas as economias nacionais são alvo de interesse por parte dos principais investidores. Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países africanos, que está à margem desse processo. Atualmente, o capital disponível para investimento tem como preferência a América Latina, os países do Leste Europeu e asiáticos. Isso é um problema para a África, pois, sem esse capital, dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que se encontra.

Portanto, neste âmbito, visa-se nesse tópico intitulado “Globalização Económica e seus Impactos em África”, compreender de forma precisa esta globalização, até os seus impactos no continente africano.

1.1. Problema de Pesquisa

Uma das grandes questões da Globalização especialmente em áfrica é a desvalorização da mão-de-obra. Principalmente em países mais pobres, as empresas têm buscado profissionais mais qualificados. Infelizmente muitas pessoas ainda não têm uma educação de qualidade e acabam perdendo o trabalho.

O impacto dessa instabilidade é uma fila de desempregados sem tamanho. Além disso, o valor que se paga a esse trabalhador é baixo e ele é desvalorizado.

Mesmo trabalhadores com formação e qualificação sentem dificuldades em encontrar um emprego que ofereça o salário adequado. A desigualdade entre países pobres e ricos é preocupante. Países que dominam economicamente o mundo veem os países mais pobres como uma fonte de matéria-prima e recursos naturais.

O povo não está consciencializado sobre o seu papel e contribuição no processo de desenvolvimento em vários países africanos porque não tem sido envolvido nos processos de tomada de decisão.

1.2. Objectivos

Geral:
  • Caracterizar a globalização com destaque em áfrica.

Específicos:
  • Conceitualizar a globalização;
  • Descrever o processo de globalização mundialmente;
  • Analisar os impactos desta globalização no seio do continente africano.


1.3. Metodologia de Investigação

As técnicas de recolha de dados são os procedimentos que servem de medição prática para a realização das pesquisas. Para a materialização da presente pesquisa usou-se as seguintes técnicas de recolha de dados:

(i) Pesquisa bibliográfica, que procura explicar e discutir um tema ou um problema com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e actualmente em material disponibilizado na internet (Martins e Lintz, 2000);

(ii) Utilizou-se dados de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registados, o pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos (Severino, 2007);


2. Globalização Económica

2.1. Definição

É uma força condutora central por trás das rápidas mudanças sociais, políticas e económicas que estão a remodelar as sociedades modernas e a ordem mundial (HELD, 1999).

O conceito de Globalização implica primeiro e acima de tudo um alongamento das actividades sociais, políticas e económicas através fronteiras, de tal modo que acontecimentos, decisões e actividades numa região do mundo podem ter significado para indivíduos e actividades em regiões distintas do globo.

Segundo WATERS (1999), a Globalização pode definir-se como um processo social através do qual diminuem os constrangimentos geográficos sobre os processos sociais e culturais, e em que os indivíduos se consciencializam cada vez mais dessa redução.

2.2. Os três processos da globalização económica

A globalização econômica pode ser entendida como a ocorrência simultânea de três processos:
O primeiro é o crescimento extraordinário dos fluxos internacionais de bens, serviços e capital. No período 1982-2000, a renda mundial (preços correntes) cresceu a uma taxa média anual da ordem de 6,3%, enquanto as exportações de bens e serviços cresceram 6,8% e o estoque de investimento externo direto cresceu 12,8% (UNCTAD-WIR, 2001, p. 10).

O segundo processo é o acirramento da concorrência internacional. A evidência empírica é pontual e, portanto, não há indicadores agregados a esse respeito. No entanto, a chamada “agenda da competitividade” tem tido um papel cada vez maior na definição das estratégias de desenvolvimento econômico ou das políticas de relações exteriores. Por exemplo, os Estados Unidos, em meados dos anos 80, alteraram o nome da sua Lei de Comércio Internacional para Lei de Comércio e Competitividade Internacional.

O terceiro processo é o da crescente interdependência entre agentes econômicos e sistemas econômicos nacionais. No período 1982-2000, os ativos totais das empresas transnacionais cresceram a uma taxa média anual (valores correntes) de 14,4%, e as vendas das subsidiárias e filiais dessas empresas cresceram 10,8% ao ano (Ibid). Na medida em que as exportações e as importações de bens e serviços tendem a crescer a taxas superiores à renda nacional, há o aumento do grau de abertura externa das economias nacionais.

Assim, a globalização econômica pode ser entendida como a ocorrência simultânea de três processos: crescimento extraordinário dos fluxos internacionais de produtos e capital, acirramento da concorrência internacional e maior interdependência entre empresas e economias nacionais.

2.3. Actores da globalização económica

Rivalidade entre Estados-nacionais e concorrência entre empresas é uma marca do mundo moderno. Nas últimas décadas do século XX, no chamado período da pós modernidade, a rivalidade interestatal na arena internacional arrefeceu-se sob a hegemonia militar e política norte-americana. Entretanto, essa rivalidade persiste, pois os Estadosnacionais − nas suas relações exteriores − são os mais poderosos instrumentos de defesa dos interesses nacionais (Fiori et al, 1999). Por outro lado, houve o aumento da concorrência entre empresas no mercado mundial. Esse fato é evidente quando levamos em conta que uma das características centrais da globalização econômica (a pós-modernidade na sua dimensão econômica) é o próprio acirramento da concorrência ou a maior contestabilidade do mercado mundial.

O alvorecer do século XXI tem dois registros marcantes: o poder do Estado-nacional e o poder da empresa transnacional. O Estado-nacional detém o monopólio da força e é o locus do poder político e militar. A empresa transnacional é o principal locus de acumulação e de poder econômico, a partir do seu controle sobre ativos específicos (capital, tecnologia, e capacidades gerencial, organizacional e mercadológica). Na realidade, cada um deles é o principal locus de poder político (Estado-nação) e econômico (empresa transnacional).

Restringir o escopo da economia internacional ao mercado (ou, à atuação das empresas transnacionais) significa reduzir a importância relativa de instituições, que sofrem influências as mais variadas, inclusive, do processo político interno das economias nacionais. No presente, pode-se mencionar o FMI e o Banco Mundial, que são poderosos instrumentos de política econômica externa dos governos dos países hegemônicos.
Não há dúvida que a questão do poder está no centro das relações entre países. É, principalmente, o poder de uma instituição muito específica – o Estado-nacional –, que determina ou influencia a evolução das relações econômicas internacionais. O Estado é uma instituição única, visto que tem o monopólio da força, da moeda e da definição de normas que regulam as coisas, as pessoas, o capital e o território. Visto que, de fato, o cenário internacional é o conjunto de territórios nacionais que se relacionam entre si, os Estados nacionais são os atores principais deste cenário.

No cenário internacional os Estados usam instrumentos econômicos (comércio, empresas, capital, tecnologia) para alcançar determinados objetivos políticos (inclusive, militares). Ao mesmo tempo, as classes dominantes usam os instrumentos de poder do seu Estado-nacional para defender seus interesses econômicos no sistema internacional. O poder do Estado-nacional na arena internacional é determinado pela riqueza nacional, ao mesmo tempo em que a determina. É uma endocausalidade plena. Aqui, trata-se das bases econômicas do poder político (militar) nacional, e das bases militares do poder econômico. Não é por outra razão, que trabalhos pioneiros na Economia Política Internacional foram Poder e Moeda (Charles P. Kindleberger) e Poder e Riqueza (Klaus Knorr).

3. A Globalização Económica em África

A evolução do pensamento econômico tem levado a uma cada vez maior aceitação do fato de que economias abertas têm sido mais bem-sucedidas que economias fechadas. Por isso se assiste hoje, nos nossos Países, a uma crescente liberalização dos regimes cambiais e comercial na convicção de que isto é de fato o melhor para o crescimento econômico. Ao mesmo tempo assistimos a um engajamento dos Países Africanos em implementar políticas macroeconômicas sólidas e em criar um ambiente estável para o investimento e a expansão da atividade econômica. Há evidências que estamos de fato no caminho do progresso: espera-se um crescimento econômico forte no médio prazo, embora persistam incertezas no comportamento dos preços dos produtos básicos; a inflação está sob, controle em muitos Países, e projeta-se que ela se venha a situar num nível inferior a média dos países em desenvolvimento; as finanças públicas melhoraram significativamente em muitos dos nossos Países, e os agregados monetários refletem uma política conservadora, como convém.

Mas há também os riscos da globalização. A aptidão do capital em procurar os mercados mais eficientes e a necessidade de produtores e consumidores acederem às fontes mais concorrenciais, expõe e intensifica as fraquezas estruturais existentes nas nossas economias.

De igual modo, com a velocidade do fluxo de informação, a margem de manobra para a política doméstica é mais reduzida e os erros de política são mais rapidamente sancionáveis. Na verdade a grande mobilidade do capital traz consigo o risco de fluxos desestabilizastes e aumenta a volatilidade das taxas de câmbio, nas situações onde as políticas macroeconômicas não são adequadas. O real significado do crash financeiro do México e a crise financeira do Sudeste Asiático não está ainda clara; mas o que estas duas experiências já mostraram é que irrestritos fluxos financeiros provenientes dos Países industrializados para os Países em desenvolvimento podem criar profunda desestabilização.

O problema parece ser que as falhas de mercado a que estão sujeitos os mercados financeiros são exacerbados pela globalização. Mas é preciso não cometer o erro de que as respostas as crises financeiras reside na inversão do processo de globalização pela via da restituição dos controles cambiais e da diminuição do grau de abertura dos mercados. No caso da África é preciso assegurar que os nossos Países beneficiam cada vez mais das oportunidades da integrarão na economia mundial.

3.1. Os Desafios da Globalização na África

A globalização continuará a reforçar a interdependência entre diferentes Países e regiões. Ela pode também contribuir para o aprofundamento do partenanado entre a África e a Europa. E para apoiar este partenariado duma forma mutuamente vantajosa a Europa deve continuar a abrir os seus mercados para produtos e serviços nos quais a África tem uma real vantagem comparativa.

Mas os desafios que enfrentam os Países Africanos é o de desenhar políticas que maximizem os potenciais benéficos da globalização e minimizem os riscos de desestabilização e marginalização. Nenhuma destas políticas que se mencionam a seguir é nova, e alguns Países Africanos têm vindo a ser aplicá-las à já algum tempo:

Manter estabilidade macroeconômica e acelerar a reforma estrutural – Na medida em que o Continente entra para a «segunda fase do ajustamento» a ênfase deve ser posta na manutenção da estabilidade econômica e reforço da implementação de políticas estruturais que tomem estas economias mais flexíveis, preparadas para a diversificação e menos vulneráveis aos choques externos. Os Governos devem priorizar o Investimento no capital humano, especialmente na saúde e na educação; mas também assegurar que os serviços públicos-nomeadamente a rede de transportes públicos, a energia, a água e as telecomunicações são fornecidas a um custo razoável.

Garantir a segurança econômica – Estabelecer o quadro legislativo e institucional adequado para o desenvolvimento da atividade econômica, retira o sentido de incerteza que paira sempre no processo de tomada de decisão em muito dos Paises. Garantir a transparência, a previsibilidade e a imparcialidade do sistema legal e de regularão é uma das principais tarefas dos Governos.

Reformar o sector financeiro – Com o fim de melhor mobilizar a poupança e aprofundar a intermediação financeira os nossos Países precisam de reforçar os seus setores financeiros. Os elementos críticos incluem a independência do Banco Central que deve ter como objetivo a estabilidade de preços, autonomia e transparência na condução da política monetária; praticas bancárias saudáveis e bom funcionamento do sistema de pagamentos.

Prosseguir com um bom governo – Os Países não deverão poupar esforços para reduzir as oportunidades das atividades de corrupção e aumentar a prestação de contas dos funcionários públicos, eliminar o desperdício de fundos públicos e fornecer a necessária segurança interna.

Partenariado com a sociedade civil – Os governos terão que encorajar ativamente a participação da sociedade civil no debate sobre a política econômica e procurar um vasto apoio da população para os esforços de ajustamento. Para esse efeito os Governos necessitam de explicar os objetivos da sua política econômica e solicitar o contribuo daqueles a quem as políticas se dirige.

4. Impactos da Globalização Económica em África

4.1. Impactos Positivos

A primeira grande vantagem da globalização tem a ver com o facto de aproximar as pessoas e de fazer circular a informação a uma velocidade inimaginável há alguns anos atrás. Hoje em dia, quer queiramos quer não, somos cidadãos do mundo, como dizia Sócrates sobre si mesmo já no século V a.C.. A comunicação entre as pessoas não conhece fronteiras e aquilo que se passa a milhares de quilómetros de nossa casa chega até nós no mesmo instante. Em termos políticos também há algumas vantagens, na medida em que os políticos se organizaram em instituições cada vez mais amplas - ONU, NATO, UE, FMI... - de modo a eliminar as desigualdades e a promover valores universais. A par das vantagens para o capital, pois claro, que pode circular e multiplicar-se sem grandes limitações.

A abertura foi fundamental no combate à inflação e para a modernização da economia africana com a entrada de produtos importados, o consumidor foi beneficiado: podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais qualidade.

Outra vantagem da globalização para áfrica é que ela gera empregos, investimentos externos, traz tecnologias, melhora a relação do país com os outros países, ajuda o país a participar das trocas comerciais internacionais, traz cultura de outros lugares.

4.2. Impactos Negativos

As desvantagens também são várias. Desde logo, ao contrário do que era suposto, porque as diferenças entre países ricos e pobres é cada vez maior. O mesmo dentro de cada país, os pobres são cada vez mais pobres e em maior número, enquanto os ricos, uma minoria, são cada vez mais ricos. Depois, porque a economia engoliu a política, obrigada a seguir o ritmo da bolsa, quando deveria ser ao contrário: os políticos a ditar as regras à economia. Em terceiro lugar, exactamente porque a economia é o centro a partir do qual tudo o resto é determinado, as grandes multinacionais têm vindo a impor-se em todo o mundo, às vezes sem olhar a meios e recrutando mão-de-obra barata e infantil, arrasando com todos os projectos económicos nacionais, regionais e locais o que justifica, para terminar, o perigo da emergência dos novos nacionalismos: há pessoas que entendem que a melhor maneira de lutar contra estas novas injustiças é alimentar um falso nacionalismo, que tende a culpar os estrangeiros e emigrantes, também eles vítimas da globalização, pela descaracterização a que todos vamos sendo sujeitos.

A necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente. Incorporavam novas tecnologias e máquinas. E também desvaloriza a cultura nacional, faz com que as transnacionais se instalem em outros países pobres, explorando a matéria-prima abundantemente e pagando mão-de-obra barata.

5. Moçambique face à Globalização

5.1. Consequências da globalização para o povo Moçambicano

Globalização trouxe consequências adversas para o povo Moçambicano como, por exemplo:
O governo de Moçambique na segunda metade da década de 1980, empurrado pela necessidade de obter empréstimos do FMI e do BM para resolver questões financeiras que debilitavam a vida do País, vê-se numa situação de ter que abandonar o modelo de desenvolvimento socialista assumido nos primeiros anos da independência (Taimo, 2010:24).

Com a globalização em Moçambique nota-se um crescimento económico, mas não há desenvolvimento. Os exemplos práticos são que actualmente conseguimos verificar que existem muitos Moçambicanos com acesso a telemóveis, bicicletas, computadores e muito mais. Será que com a facilidade tecnológica com que nos deparamos hoje em dia significa desenvolvimento para o nosso país? Verdadeiramente que não, porque ainda encontramos muitas crianças sem acesso á educação, serviços sociais, cuidados de saúde, transporte público, reservas de água, terra, recursos naturais e minerais.

Um livre mercado devia garantir a riqueza e desenvolvimento. Mas não é o que conseguimos verificar. Com a globalização o poder de decisão sobre investimentos e consequentemente sobre crescimento e desenvolvimento das nações está sendo transferido paulatinamente para as multinacionais. As multinacionais não tomam as decisões concretas porque estão mais interessados com o desenvolvimento do ocidente e não de África. Significando que a soberania nacional está comprometida (Alcoforado, 2005:41). Concordando com o autor, é verdade que houve aumento de multinacionais no país e também nunca tínhamos assistido muitas pessoas formadas e sem emprego. A desregulamentação permitiu que o sistema financeiro se tornasse um dos principais centros de redistribuição de riquezas para os ricos ficarem mais ricos e os pobres mais pobres.

Os moçambicanos trabalham arduamente longas horas de tempo e recebem salários muito baixos. A partir do momento em que Moçambique optou em usar políticas capitalistas houve um aumento de investimentos para a indústria mineira. Esses projetos empregam muitas pessoas, mas não melhoram as condições de vida dos Moçambicanos mais pobres, o que eles conseguem fazer é poluir aumentando doenças infecciosas como tuberculose para população.

5.2. Desenvolvimento de Moçambique e Globalização

Depois da independência, Moçambique sofreu alguns problemas relacionados com a economia e foi forçado a fazer parte do modelo capitalista. O modelo introduzido trouxe várias disparidades sociais. Os capitalistas depois de terem privatizado as empresas moçambicanas começaram a explorar os nativos. Tudo aconteceu quando nos anos 80, o FMI forçou Moçambique a implementar «programas de reajustamento estrutural» como pré-requisito para os empréstimos e ajuda para o desenvolvimento do país. As políticas de reajustamento estrutural forçaram Moçambique ao investimento estrangeiro e ao comércio internacional. Os salários dos trabalhadores governamentais como professores, enfermeiros, polícias e agrônomos tiveram de ser cortados dramaticamente. Para conseguirem manter um nível de vida aceitável, muitos trabalhadores governamentais tiveram que aceitar trabalhos extras, começando desta feita a aceitar subornos e corrupção.

Em face desses problemas identificados pensamos uma nova forma de desenvolvimento. O modelo de desenvolvimento local. Sabemos de antemão que o desenvolvimento local ocorrerá no ambiente de globalização, e isso pode trazer efeitos positivos e negativos para o país. No entanto, apostamos no desenvolvimento local porque esse será um processo endógeno e de mudança, isso significa que vai criar um dinamismo económico e vai criar melhor qualidade de vida para os Moçambicanos. Para tal, será necessária uma intervenção nos recursos locais e um protagonismo na utilização desses recursos. Através de uma organização e mobilização da população.

Estamos apostando na exploração das capacidades e potencialidades próprias de modo a criar raízes nas matrizes sócio- económicas e cultural das comunidades.

O desenvolvimento local irá melhorar a qualidade de vida das populações locais e garantir a distribuição igualitária da riqueza. Criar autonomia das finanças públicas e nesse processo todo devemos todos participar como atores ativos e de mudança.


6. Conclusão

Durante as nossas pesquisas descobrimos que nos tempos passados houve sempre desigualdades nas trocas comerciais internacionais. Os países que se beneficiaram da globalização como é o caso dos EUA vem a globalização como um sucesso do capitalismo no desenvolvimento do mundo que é mais global. Para aqueles que foram afectados negativamente (pobres) pela globalização, consideram-na como um processo perigoso para sociedade e meio ambiente.

Do ponto de vista histórico, a vinculação africana ao mercado internacional foi desastrosa e desorganizadora da economia tribal, já que a relação dos países economicamente hegemônicos com o continente sempre foi exploradora e predatória. Durante o mercantilismo, o principal papel desempenhado pela África em relação ao mercado mundial foi o de fornecedor de mão-de-obra para o sistema escravocrata.

Num angulo positivista, podemos afirmar que com o presente estudo chegamos a concluir que a globalização em parte trouxe benefícios como por exemplo a tecnologia de informação para as comunidades, computadores, telefones a preços acessíveis para a população, facilidades de viajar de um ponto para o outro e muito mais

Para o caso do nosso país que já está a participar na globalização deve melhorar o padrão de vida dos camponeses e trabalhadores. Para tal devem existir apoios que garantam que a maioria da população ganha e não apenas um punhado de gente, que são os governantes. Temos que ser activos na produção e promoção da economia local apostando na produção interna. O que conseguimos verificar durante o nosso estudo é que Moçambique tem falta de estratégias claras para o desenvolvimento.


7. Bibliografia

  • ARTUR, L. Desenvolvimento Rural, 4º ano UEM Faculdade de agronomia e engenharia florestal, 2008
  • FURTADO, Celso, Dialéctica do Desenvolvimento, Fundo de Cultura, Rio de Janeiro, 1964
  • HOBSBAWM, E., Era dos Extremos. O Breve Século XX, 1914-1991, Ed. Companhia das Letras, São Paulo, 1994
  • HELD, David, Anthony McGREW (et al), Global Transformations: Politics, Economics and Culture, Cambridge, Polity Press, 1999
  • LACATOS, E, MARCONI, A., Metolodogias do trabalho científico, 6ª edição, editora Atlas, São Paulo, 2001
  • TAIMO, J., Ensino superior em Moçambique: História, Política e Gestão, Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Metodista de Piracicaba, São Paulo, 2010
  • UNCTAD-TDR (anual), Trade and Development Report, Genebra, United Nations Conference on Trade and Development, 2001
  • WATERS, Malcom, Globalização, Oeiras, Celta, 1999

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TEMA: 

Globalização Económica: definição, processos, acores, desafios, impactos, áfrica e Moçambique

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