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A Instalação do Sistema de Dominação Colonial e a Resistência Africana

A instalação do sistema de dominação colonial e a resistência africana
A procura de matérias-primas e de novos mercados, que esteve na base da ocupação europeia de territórios africanos e na formação de colónias, viria não sé a dar origem a novas rivalidades entre os países europeus, mas também, e em simultâneo, a dar origem a vários movimentos de resistência nos territórios americanos ocupados. 
A dominação colonial 
A Conferencia de Berlim pôs fim às reivindicações territoriais baseadas em direitos históricos ou de «descoberta». Isto queria dizer que as potências europeias eram agora obrigadas a estabelecer-se verdadeiramente nos territórios coloniais se quisessem fazer valer as suas reivindicações territoriais. 
Foi assim que os europeus se vieram a estabelecer de forma mais efectiva nos territórios coloniais, em especial em África, onde até ai a sua presença se limitava a entrepostos comerciais na costa e pouco mais. Mesmo nos territórios reclamados pelos Portugueses a presença colonial não era então muito significativa. As únicas colónias já estabelecidas, e nesta altura já com uma grande importância, eram as colónias inglesas do Cabo e do Natal e as republicas africânderes do Transval e de Orange (fundadas pelos Bóeres, grupo formado maioritariamente por descendentes dos colonos holandeses do século XVII), na actual África do Sul.
Da guerra entre os Ingleses e os Bóeres, que decorreu de 1899 a 1902, sairiam vitoriosos os Ingleses. Estes anexaram depois os territórios das repúblicas bóeres, nos quais tinham sido descobertos ouro e diamantes.
As várias acções de conquista do continente africano integravam-se nos diferentes projectos coloniais das potências europeias: por exemplo, o Mittelafrika (da Alemanha), a Grande Travessia (da Franca), o projecto Cairo-Cabo (da Inglaterra) ou o Mapa Cor-de-Rosa (de Portugal).
O estabelecimento dos europeus nos territórios coloniais implicava, portanto, um domínio efectivo do território, politico e militar, pois sé assim seria possível manter a posse desses territórios. Afirmava-se, deste modo, o imperialismo, que visava garantir as potências europeias o domínio efectivo, politico e económico, de largas partes do mundo. 
Conceitos 
Imperialismo — Poder que um pais exerce sobre as suas colónias ou sobre outros países. O imperialismo de finais do século XIX e princípios do século XX era, sobretudo, de carácter económico, visando a fácil exploração de matérias-primas, o aproveitamento de mão-de-obra barata, o alargamento de mercados para escoamento de produtos e a obtenção de um espaço privilegiado para os emigrantes. A Conferência de Berlim constituiu um marco da política imperialista. 
O Mapa Cor-de-Rosa 
O inicio das expedições de exploração do interior do continente africano fez surgir conflitos entre os países que realizavam essas expedições e os países já com presença em África. Quem explorava novos territórios reclamava-os para si e, por vezes, os mesmos territórios eram reclamados por mais de uma nação.
As tensões entre as nações europeias aumentavam, chegando mesmo a haver ameaças mútuas. A Conferência de Berlim veio então obrigar as nações europeias (como Portugal, presente em África desde o século XV), a ocuparem de forma efectiva os territórios que reclamavam, para desse modo legitimarem a sua posse.
Surgiu, assim, em 1886, anexo ao Tratado entre Portugal e a Franca, o projecto do chamado «Mapa Cor-de-Rosa». Criado pela Sociedade de Geografia de Lisboa, este projecto tinha como objectivo ligar Angola a Moçambique por terra, criando uma única grande colónia (marcada no mapa a cor-de-rosa, dai o nome).
Na nova colónia seriam estabelecidos pontos de colonização, não só para afirmar a presença portuguesa, mas também para travar as intenções da Inglaterra de pôr em prática o plano de Cecil Rhodes: ligar o Cairo à Cidade do Cabo, num único grande império. A Inglaterra não gostou desta ideia e em 1890 apresentou um ultimato a Portugal: ou este retirava rapidamente da área entre Angola e Moçambique ou a Inglaterra declarava guerra a Portugal. Sem condições para lutar contra os Ingleses, Portugal desistiu do projecto.

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