ROLAR PARA BAIXO

Rolar para baixo



As Resistências no Sul de Moçambique

Introdução
Os portugueses a partir de 1895, dez anos depois da Conferência de Berlim e em resposta ao princípio de ocupação efectiva, iniciaram as campanhas de pacificação em todo o território de Moçambique. O processo de ocupação de África não foi fácil. Os bravos povos africanos resistiram e os moçambicanos não foram excepção. Contudo, convém distinguir as várias resistências registadas em Moçambique. Mais adiante, este trabalho irá descrever como decorreu a resistência no Sul de Moçambique.


Índice 
Introdução. 1
Resistências no Sul de Moçambique. 2
Centro de Moçambique e as Resistencias. 2
Conclusão. 4
Bibliografia. 5

Resistências no Sul de Moçambique
No sul do território de Moçambique a autoridade portuguesa só se tornou efectiva após a derrota do Estado de Gaza entre 1894-1897, culminando com a prisão do rei Gungunhana e dos seus colaboradores.
Numa primeira fase, António Enes tentou enfrentar os Vátua do imperador Gungunhana pela diplomacia política e económica. Gungunhana e o seu antecessor Muzila tinham firmado contratos com a British South Africa Company e também coma metrópole de Portugal. Mas anos depois foi a força das armas que levou ao início do fim de Gaza.
A 2 de Fevereiro de 1895, deu-se a batalha de Marracuene onde os chefes locais se insurgiram, contra os portugueses Depois da derrota dos chefes locais, estes refugiaram nas terras de Gungunhana. Quando o imperador, o Leão de Gaza como era chamado pelos militares portugueses, se recusou a entregar os seus chefes, os portugueses avançaram sobre as suas terras.


O Sul de Moçambique e as Resistências
Em 1885 (ano da Conferência de Berlim - da partilha de África), a autoridade colonial portuguesa no sul de Moçambique confinava-se a Lourenço Marques mas, com o início da exploração das minas de ouro do Transvaal, no ano seguinte, e o consequente aumento do tráfego naquele porto, os portugueses decidiram finalmente organizar o controlo das populações desta região. Estas constituíam um mercado, não só para os produtos exportados de Portugal (em particular as bebidas alcoólicas), mas também de mão-de-obra para as minas sul-africanas, dificultando a sua mobilização para a construção do caminho-de-ferro que ligaria o Transvaal ao porto de Lourenço Marques.
No ano seguinte, foi nomeado um Comissário-Residente para Gaza, que foi "promovido" a Intendente Geral em 1889, com a transferência de Gungunhana de Mossurize para Manjacaze; em 1888, foi estabelecido um posto militar perto de Marracuene e, em 1890, foi nomeado um Comissário-Residente para Lourenço Marques. Entretanto, em 1888, as autoridades coloniais reavivaram os "Termos de Vassalagem" com os reinos da região.
Mas estas medidas não foram suficientes, nem para cobrar o "imposto de palhota" (contribuição por família, expresso nos "Termos de Vassalagem", fixado naquela altura em 340 réis), nem para assegurar o recrutamento de mão-de-obra, uma vez que o trabalho nas minas sul-africanas rendia seis vezes mais do que os concessionários do caminho-de-ferro pagavam. Em 1892, o governo de Lisboa enviou a Moçambique António Enes como Comissário Régio, para avaliar as condições económicas da Província e, no mesmo ano, os portugueses conseguiram realizar uma cobrança maciça do imposto, ameaçando os indígenas de verem as suas palhotas queimadas, se não pagassem.

Em 1891, Gungunhana assinou com Cecil Rhodes um acordo relativo a direitos sobre a exploração de minério nas suas terras, a favor da Companhia Britânica Sul-Africana, a troco dum pagamento anual de cerca de 500 libras. Tornava-se claro para os portugueses que só uma acção militar poderia forçar o estabelecimento da autoridade colonial na região. Esta acção, conhecida na altura como "Campanha de Pacificação", foi despoletada pela recusa de Mahazula Magaia, um chefe tradicional da região de Marracuene, em aceitar a decisão do Comissário Residente sobre uma disputa de terras. A questão chegou a vias de facto, quando a guarnição militar portuguesa foi forçada a fugir para Lourenço Marques, perseguida pelos exércitos de Magaia, Zihlahla e Moamba, que cercaram a cidade entre Outubro e Novembro de 1894.


António Enes organizou as suas tropas e, no dia 2 de Fevereiro de 1895, perseguiu e derrotou (embora com dificuldade e pesadas baixas) os atacantes em Marracuene. Este dia continua a ser celebrado naquela vila com uma cerimónia chamada "Gwaza Muthine". Os chefes rebeldes refugiaram-se em Gaza, sob a protecção de Gungunhana. Depois de várias tentativas de negociações com o rei de Gaza, pedindo a extradição daqueles chefes, os portugueses resolveram atacar de novo. A 8 de Setembro, travou-se a batalha de Magul, onde se encontrava Zihlahla e, a 7 de Novembro, uma outra coluna proveniente de Inhambane defrontou-se com o exército de Gungunhana em Coolela, perto da sua capital. Em Dezembro, Mouzinho de Albuquerque cercou Chaimite e prendeu o imperador, que ali se tinha refugiado, mandando-o depois para os Açores, onde veio a morrer.
O exército de Gungunhana continuou a resistir à autoridade colonial, sob a liderança de Maguiguane Cossa, que só foi derrotado a 21 de Julho de 1897, em Macontene (a 10 km do Chibuto). Com esta vitória, a autoridade colonial foi finalmente estabelecida no sul de Moçambique.

Ler também:

Conclusão
Terminado trabalho, concluiu-se que as resistências na região sul basearam-se no confronto directo, a aliança ou a diplomacia. Inicialmente liderados por Ngungunhane, este que foi preso e deportado para Portugal,onde morreu exilado em Angra do Heroismo, nos Acores, em 1906. 
Contudo a resistência continuou sendo dirigida por Maguiguane. Este mobilizava as populações no sentido de não pagarem mais impostos aos Portugueses e, sobretudo, de resistirem a esta penetração. Mas também foi derrotado e morto no dia 21 de Julho de 1897. 
Outra figura importante na região foi o rei Nguanaze, de Maputo, que fugiu aos Portugueses e se refugiou a sul da Ponta de Ouro, ai estabelecendo o seu reino.

Bibliografia 
  • NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013 
  • BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, Saber História 10, 1ª edição, Longman Moçambique, Lda., Maputo, 2010
  • FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE. História de Moçambique. Porto, Afrontamento, 1971. Disponível em [1] (Consultado em 27 de Fevereiro de 2010) 
  • HEDGES, David (coord.). História de Moçambique: Moçambique no auge do colonialismo 1930-1961. Vol.2, 2.ª edição, Maputo, Livraria Universitária, Universidade Eduardo Mondlane, 1999.
  • www.escolademoz.blogspot.com

  • [Este documento não está completo, compre um completo incluindo (índice, introdução, desenvolvimento completo, conclusão, bibliografia)]
    Para Baixar Este Documento Precisa Pagar via M-PESA:

    ligue:
    +258 844488938
    e-mail: marcioussivane@gmail.com

    Este documento não está completo, compre um completo incluindo índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia.

    TEMA: 

    As Resistências no Sul de Moçambique

    Para baixar este documento precisa pagar via: M-PESA, Conta Móvel, Depósito ou Transferência via BCI e BIM.

    Enviar um comentário (0)
    Postagem Anterior Próxima Postagem