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Estudo Completo Sobre o HIV/SIDA - Trabalho Completo

Índice
1 Introdução. i
2 Aspectos básicos sobre o HIV/SIDA.. 1
2.1 Definição do HIV/SIDA.. 1
2.2 Formas de Transmissão. 1
2.2.1 Sexual 1
2.2.2 Sanguínea. 2
2.2.3 Vertical 2
2.2.4 Ocupacional 2
2.2.5 Outras possíveis formas de transmissão. 2
2.3 Quadro clínico do HIV/SIDA.. 3
2.3.1 Infecção aguda. 3
2.3.2 Fase assintomática. 3
2.3.3 Fase sintomática inicial 5
2.3.4 Doenças oportunistas. 6
2.4 Tratamento do SIDA.. 6
3 Impacto Sócio-económico do HIV/SIDA.. 8
4 Contribuição da Educação na mitigação do HIV/SIDA.. 8
5 Conclusão. 10
6 Bibliografia. 11 
1. Introdução 
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1981, nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune, o que levou à conclusão de que se tratava de uma nova doença, ainda não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e nova doença, ainda não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível. 
Portanto, o presente trabalho procura em linhas gerais reflectir sobre o HIV/SIDA, sendo que tal primeiro são definidos os conceitos básicos e mais adiante apresentadas as formas de transmissão do HIV/SIDA, apresentado o quadro clinico de pacientes com HIV/SIDA, bem como apresenta a linha de tratamento da mesma. 
Para a elaboração do trabalho recorreu-se à consulta bibliografia, sendo que os autores OMS (2004) e MISAU (2004) destacam-se pela forma esclarecedora com que tratam a temática.
2 Aspectos básicos sobre o HIV/SIDA 
2.1 Definição do HIV/SIDA 
Vírus HIV: O vírus HIV (em inglês, Human ImmunoDeficiency Virus, que significa Vírus da Imuno Deficiência Humana) é um micróbio que só se consegue ver com um microscópio especial. 
O HIV ataca as células do sistema imunitário (o sistema de defesa do organismo humano). Pouco a pouco, essas células tornam-se incapazes de proteger o organismo humano contra infecções e tumores. Por isso, as pessoas que têm SIDA apanham doenças que o seu organismo não consegue combater.



SIDA: Síndroma de Imuno Deficiência Adquirida. 
O SIDA é uma doença causada por um vírus chamado HIV. Nos doentes com SIDA, o sistema imunitário não funciona bem. O sistema imunitário é o conjunto das defesas naturais do organismo contra as doenças. Ainda não existe cura, nem uma vacina para esta doença, mas existem actualmente medicamentos capazes de controlar a infecção e permitir uma vida mais saudável e longa. 

2.2 Formas de Transmissão 
As principais formas de transmissão do HIV são: sexual; sanguínea (em receptores de sangue ou hemoderivados e em usuários de drogas injetáveis, ou UDI); e vertical (da mãe para o filho, durante a gestação, parto ou por aleitamento). Além dessas formas, mais frequentes, também pode ocorrer a transmissão ocupacional, ocasionada por acidente de trabalho, em profissionais da área da saúde que sofrem ferimentos com instrumentos perfuro-cortantes contaminados com sangue de pacientes infectados pelo HIV (OMS, 2004). 

2.2.1 Sexual 
A principal forma de exposição em todo o mundo é a sexual, sendo que a transmissão heterossexual, nas relações sem o uso de preservativo é considerada pela OMS (2004) como a mais frequente. Na África sub-Sahariana, é a principal forma de transmissão. Nos países desenvolvidos, a exposição ao HIV por relações homossexuais ainda é a responsável pelo maior número de casos, embora as relações heterossexuais estejam aumentando proporcionalmente como uma tendência na dinâmica da epidemia. Os factores que aumentam o risco de transmissão do HIV em uma relação heterossexual são: alta viremia, imunodeficiência avançada, relação anal receptiva, relação sexual durante a menstruação e presença de outra DST, principalmente as ulcerativas. 

2.2.2 Sanguínea 
Para a OMS (2004) a transmissão sanguínea associada ao uso de drogas injetáveis é um meio muito eficaz de transmissão do HIV, devido ao uso compartilhado de seringas e agulhas. Essa via de transmissão adquire importância crescente em várias partes do mundo, como na Ásia, América Latina e no Caribe. A transmissão mediante transfusão de sangue e derivados é cada vez menos relevante nos países industrializados e naqueles que adotaram medidas de controlo da qualidade do sangue utilizado. 

2.2.3 Vertical 
A transmissão vertical, decorrente da exposição da criança durante a gestação, parto ou aleitamento materno, vem aumentando devido à maior transmissão heterossexual. Na África, são encontradas as maiores taxas desta forma de infecção pelo HIV, da ordem de 30 a 40%; entretanto, em outras partes do mundo, como na América do Norte e Europa, situam-se em torno de 15 a 29%. Os principais motivos dessa diferença devem-se ao facto de que, na África, a transmissão heterossexual é mais intensa, e que neste continente, o aleitamento materno é muito mais frequente do que nos países industrializados (OMS, 2004). 

2.2.4 Ocupacional 
De acordo com a OMS (2004), a transmissão ocupacional ocorre quando profissionais da área da saúde sofrem ferimentos com instrumentos perfuro-cortantes contaminados com sangue de pacientes portadores do HIV. Estima-se que o risco médio de contrair o HIV após uma exposição percutânea a sangue contaminado seja de aproximadamente 0,3%. Nos caso de exposição de mucosas, esse risco é de aproximadamente 0,1%. 

2.2.5 Outras possíveis formas de transmissão 
Embora o vírus tenha sido isolado de vários fluidos corporais, como saliva, urina, lágrimas, somente o contato com sangue, sêmen, secreções genitais e leite materno têm sido implicados como fontes de infecção afirma a OMS (2004). 
O risco da transmissão do HIV por saliva foi avaliado em vários estudos laboratoriais e epidemiológicos. Esses estudos demonstraram que a concentração e a infectividade dos vírus da saliva de indivíduos portadores do HIV é extremamente baixa. 

2.3 Quadro clínico do HIV/SIDA 
A infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro fases clínicas: 1) infecção aguda; 2) fase assintomática, também conhecida como latência clínica; 3) fase sintomática inicial ou precoce; e 4) SIDA. 

2.3.1 Infecção aguda 
A infecção aguda, também chamada de síndrome da infecção retroviral aguda ou infecção primária, ocorre em cerca de 50% a 90% dos pacientes. Seu diagnóstico é pouco realizado devido ao baixo índice de suspeição, sendo, em sua maioria, retrospectivo. O tempo entre a exposição e os sintomas é de cinco a 30 dias.Os sintomas aparecem durante o pico da viremia e da atividade imunológica. As manifestações clínicas podem variar, desde quadro gripal até uma síndrome mononucleose-like. Além de sintomas de infecção viral, como febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, rash cutâneo maculopapular eritematoso, ulcerações muco- cutâneas envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália, hiporexia, adinamia, cefaléia, fotofobia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e vômitos; os pacientes podem apresentar candidíase oral, neuropatia periférica, meningoencefalite asséptica e síndrome de Guillain-Barré. Os achados laboratoriais inespecíficos são transitórios, e incluem: linfopenia seguida de linfocitose, presença de linfócitos atípicos, plaquetopenia e elevação sérica das enzimas hepáticas. Os sintomas duram, em média, 14 dias, sendo o quadro clínico autolimitado. A ocorrência da síndrome de infecção retroviral aguda clinicamente importante ou a persistência dos sintomas por mais de 14 dias parecem estar relacionadas com a evolução mais rápida para SIDA. 

2.3.2 Fase assintomática 
Na infecção precoce pelo HIV, também conhecida como fase assintomática, o estado clínico básico é mínimo ou inexistente. Alguns pacientes podem apresentar uma linfoadenopatia generalizada persistente, “flutuante” e indolor. Portanto, a abordagem clínica nestes indivíduos no início de seu seguimento prende-se a uma história clínica prévia, investigando condições de base como hipertensão arterial sistêmica, diabetes, DPOC, doenças hepáticas, renais, pulmonares, intestinais, doenças sexualmente transmissíveis, tuberculose e outras doenças endêmicas, doenças psiquiátricas, uso prévio ou atual de medicamentos, enfim, situações que podem complicar ou serem agravantes em alguma fase de desenvolvimento da doença pelo HIV. 

Os exames laboratoriais de rotina recomendados são:
  • Hemograma completo: para avaliação de anemia, leucopenia, linfopenia e plaquetopenia. 
  • Níveis bioquímicos: para uma visão das condições clínicas gerais, em particular para conhecimento dos níveis bioquímicos iniciais dos pacientes, principalmente funções hepática e renal, desidrogenase lática, amilase. 
  • Sorologia para sífilis: em função do aumento da incidência de co-infecção, visto que a infecção pelo HIV pode acelerar a história natural da sífilis. Recomenda-se o VDRL e se positivo o exame confirmatório FTA-ABS. 
  • Sorologia para os vírus da hepatite: devido a alta incidência de co-infecção com hepatites B e C nos grupos de homossexuais, bissexuais, heterossexuais com múltiplos parceiros e usuários de drogas injetáveis. 
  • Sorologia para toxoplasmose (lgG): em decorrência da maioria dos pacientes apresentar exposição prévia ao Toxoplasma gondii, sendo indicada a profilaxia em momento oportuno, conforme faixa de células T CD4+ do paciente. 
  • Sorologia para citomegalovírus (CMV) e herpes: embora questionada, indica-se para detecção de infecção latente. 
  • Radiografia de tórax: recomenda-se na avaliação inicial como parâmetro basal para possíveis alterações evolutivas no futuro ou em pacientes com história de doença pulmonar frequente. 
  • PPD (derivado protéico purificado): teste recomendado de rotina anual para avaliação da necessidade de quimioprofilaxia para tuberculose. 
  • Papanicolaou: recomendado na avaliação ginecológica inicial, seis meses após e, se resultados normais, uma vez a cada ano. Sua indicação é de fundamental importância, devido a alta incidência de displasia cervical e rápida progressão para o câncer cervical em jovens HIV positivas. 
  • Perfil imunológico e carga viral: é, sem dúvida, um dos procedimentos mais importantes na avaliação do paciente com infecção precoce pelo HIV, pois é a partir dela, através da interpretação dos vários testes atualmente disponíveis, que se pode ter parâmetros do real estadiamento da infecção, prognóstico, decisão quanto ao início da terapia anti-retroviral e avaliação da resposta ao tratamento, bem como o uso de profilaxia para as infecções oportunistas mais comuns na ocasião propícia. 

2.3.3 Fase sintomática inicial
  • Sudorese noturna: é queixa bastante comum e tipicamente inespecífica entre os pacientes com infecção sintomática inicial pelo HIV. 
  • Fadiga: também é frequente manifestação da infecção sintomática inicial pelo HIV e pode ser referida como mais intensa no final de tarde e após atividade física excessiva. 
  • Emagrecimento: é um dos mais comuns entre os sintomas gerais associados com infecção pelo HIV, sendo referido em 95-100% dos pacientes com doença em progressão. Geralmente encontra-se associado a outras condições como anorexia. 
  • Diarreia: consiste em manifestação frequente da infecção pelo HIV desde sua fase inicial. Determinar a causa da diarreia pode ser difícil e o exame das fezes para agentes específicos se faz necessário. 
  • Sinusopatias: sinusites e outras sinusopatias ocorrem com relativa frequência entre os pacientes com infecção pelo HIV. A forma aguda é mais comum no estágio inicial da doença pelo HIV, incluindo os mesmos agentes considerados em pacientes imunocompetentes: Streptococus pneumoniae, Moraxella catarrhalis e H. influenzae. 
  • Candidíase Oral e Vaginal (inclusive a recorrente): a candidíase oral é a mais comum infecção fúngica em pacientes portadores do HIV e apresenta-se com sintomas e aparência macroscópica característicos. A forma pseudomembranosa consiste em placas esbranquiçadas removíveis em língua e mucosas que podem ser pequenas ou amplas e disseminadas. 
  • Leucoplasia Pilosa Oral: é um espessamento epitelial benigno causado provavelmente pelo vírus Epstein-Barr, que clinicamente apresenta-se como lesões brancas que variam em tamanho e aparência, podendo ser planas ou em forma de pregas, vilosidades ou projeções. 
  • Gengivite: a gengivite e outras doenças periodontais pode manifestar-se de forma leve ou agressiva em pacientes com infecção pelo HIV, sendo a evolução rapidamente progressiva, observada em estágios mais avançados da doença, levando a um processo necrotizante acompanhado de dor, perda de tecidos moles periodontais, exposição e sequestro ósseo. 
  • Úlceras Aftosas: em indivíduos infectados pelo HIV é comum a presença de úlceras consideravelmente extensas, resultantes da coalescência de pequenas úlceras em cavidade oral e faringe, de caráter recorrente e etiologia não definida. Resultam em grande incômodo produzindo odinofagia, anorexia e debilitação do estado geral com sintomas constitucionais acompanhando o quadro. 
  • Herpes Simples Recorrente: a maioria dos indivíduos infectados pelo HIV é co-infectada com um ou ambos os tipos de vírus herpes simples (1 e 2), sendo mais comum a evidência de recorrência do que infecção primária. Embora o HSV-1 seja responsável por lesões orolabiais e o HSV-2 por lesões genitais, os dois tipos podem causar infecção em qualquer sítio. 
  • Herpes Zoster: de modo similar ao que ocorre com o HSV em pacientes com doença pelo HIV, a maioria dos adultos foi previamente infectada pelo vírus varicela zoster, desenvolvendo episódios de herpes zoster frequentes. 
  • Trombocitopenia: na maioria das vezes é uma anormalidade hematológica isolada com um número normal ou aumentado de megacariócitos na medula óssea e níveis elevados de imunoglobulinas associadas a plaquetas, síndrome clínica chamada púrpura trombocitopênica imune.


2.3.4 Doenças oportunistas
São doenças que se desenvolvem em decorrência de uma alteração imunitária do hospedeiro. Estas são geralmente de origem infecciosa, porém várias neoplasias também podem ser consideradas oportunistas. As infecções oportunistas (IO) podem ser causadas por microrganismos não considerados usualmente patogênicos, ou seja, não capazes de desencadear doença em pessoas com sistema imune normal. 
As doenças oportunistas associadas à SIDA são várias, podendo ser causadas por vírus, bactérias, protozoários, fungos e certas neoplasias: 

  • Vírus: Citomegalovirose, Herpes simples, Leucoencafalopatia Multifocal Progressiva. 
  • Bactérias: Micobacterioses (tuberculose e complexo Mycobacterium aviumintracellulare), Pneumonias (S. pneumoniae), Salmonelose. 
  • Fungos: Pneumocistose, Candidíase, Criptococose, Histoplasmose. 
  • Protozoários: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Isosporíase. 
  • Neoplasias: sarcoma de Kaposi, linfomas não-Hodgkin, neoplasias intra-epiteliais anal e cervical.
2.4 Tratamento do SIDA
Existem, até o momento, duas classes de drogas liberadas para o tratamento anti-HIV: 
Inibidores da transcriptase reversa 
São drogas que inibem a replicação do HIV bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa que age convertendo o RNA viral em DNA: 

Nucleosídeos
  • Zidovudina (AZT) cápsula 100 mg, dose:100mg 5x/dia ou 200mg 3x/dia ou 300mg 2x/dia; 
  • Zidovudina (AZT) injetável, frasco-ampola de 200 mg; 
  • Zidovudina (AZT) solução oral, frasco de 2.000 mg/200 ml; 
  • Didanosina (ddI) comprimido 25 e 100mg, dose: 125 a 200mg 2x/dia; 
  • Zalcitabina (ddC) comprimido 0,75mg, dose: 0,75mg 3x/dia; 
  • Lamivudina (3TC) comprimido 150mg, dose: 150mg 2x/dia; 
  • Estavudina (d4T) cápsula 30 e 40mg, dose: 30 ou 40mg 2x/dia; e 
  • Abacavir comprimidos 300 mg, dose: 300 mg 2x/dia.
Não-nucleosídeos
  • Nevirapina comprimido 200 mg, dose: 200 mg 2x/dia; 
  • Delavirdina comprimido 100 mg, dose: 400 mg 3x/dia; e 
  • Efavirenz comprimido 200 mg, dose: 600 mg 1x/dia.
Nucleotídeo:
  • Adefovir dipivoxil: comprimido, 60 e 120 mg, dose: 60 ou 120 mg 1x/dia. 

Inibidores da protease 
Estas drogas agem no último estágio da formação do HIV, impedindo a ação da enzima protease que é fundamental para a clivagem das cadeias protéicas produzidas pela célula infectada em proteínas virais estruturais e enzimas que formarão cada partícula do HIV: 

  • Indinavir cápsula 400 mg, dose: 800 mg 3x/dia; 
  • Ritonavir cápsula 100mg, dose: 600mg 2x/dia; 
  • Saquinavir cápsula 200mg, dose: 600mg 3x/dia; 
  • Nelfinavir cápsula de 250 mg, dose 750 mg 3x/dia; e 
  • Amprenavir cápsula de 150 mg, dose 1.200 mg 2x/dia. 
Terapia combinada é o tratamento anti-retroviral com associação de duas ou mais drogas da mesma classe farmacológica (p ex. dois análogos nucleosídeos), ou de classes diferentes (p ex. dois análogos nucleosídeos e um inibidor de protease). Estudos multicêntricos demonstraram aumento na atividade anti-retroviral (elevação de linfócitos T-CD4+ e redução nos títulos plasmáticos de RNA-HIV) quando da associação de drogas, particularmente redução da replicação viral por potencializar efeito terapêutico ou por sinergismo de ação em sítios diferentes do ciclo de replicação viral. Outros estudos evidenciaram redução na emergência de cepas multirresistentes quando da utilização da terapêutica combinada. 
A terapia anti-retroviral é uma área complexa, sujeita a constantes mudanças. As recomendações deverão ser revistas periodicamente, com o objetivo de incorporar novos conhecimentos gerados pelos ensaios clínicos. 

3. Impacto Sócio-económico do HIV/SIDA 
Estudo realizado pela MISAU (2004), ainda que reunisse evidências fracas ou incipientes de impacto do SIDA entre os trabalhadores do SNS de Moçambique, assumindo que as taxas de prevalências do HIV regionais se aplicam aos trabalhadores do SNS, classificados segundo as três principais regiões do país, duma estimativa de 2554 possíveis trabalhadores infectados com HIV em 2002, estima-se surgido terem surgido 172 novos casos de SIDA, que representa 7% da população infectada. À medida que a epidemia amadurecer, a proporção de casos de SIDA crescerá, pois sem tratamento apropriado espera-se que pelo menos 50% dos trabalhadores infectados em 2002 falecerão até 2010. Com esta base pode-se afirmar que o HIV/SIDA alem de apresentar altos custos na formação do pessoal de saúde, aquisição equipamentos medico hospitalar, acarreta altos valores na aquisição e distribuição de fármacos para o seu tratamento, que até então por ser tratado com problema de saúde publica a sua distribuição é totalmente gratuita. 
E devido a várias vicissitudes, tem sido uma das maiores causas de internamento hospitalar e de morte ate em idade precoce, abrindo assim uma serie de problemas correlacionados à proteção social. 

4. Contribuição da Educação na mitigação do HIV/SIDA 
O Ministério da Educação está, naturalmente, atento a muitas das questões acima levantadas. Tendo desenvolvido um Plano Estratégico para HIV/SIDA, e um Plano Operacional. Esses planos tratam de problemas do Ministério como empregador, como provedor de educação, como sistema e parte de uma reação nacional mais ampla ao HIV/SIDA. Entre as ações específicas propostas estão balanços de programas no local de trabalho e a criação de estruturas de apoio legislativo a esses programas. Políticas e outras soluções estão sendo também providenciadas para reforçar a capacidade de professores de apresentar o novo currículo que integrará questões de prevenção do HIV. Na busca dessas respostas, o MINED será ajudado por muitos parceiros, inclusive FTZ. 
Talvez ainda mais decisivas para sustentar o desenvolvimento em Moçambique sejam as perdas previstas de recursos humanos em todas as importantes instituições de formação; conforme acima observado, a pirâmide educacional é excepcionalmente pontiaguda, com maiores limitações de capacidade na universidade e em outras instituições de formação técnica. A perdas previstas na capacidade de formação de recursos humanos, em geral devido ao HIV/SIDA, juntamente com outras ineficiências presentes no sistema, põem o espectro de problemas ainda maiores na manutenção da oferta de quadros de pessoal formado (ILO/AIDS ,2004).

5. Conclusão 
Conclui-se que formas alternativas de transmissão são altamente improváveis, e que a experiência cumulativa é suficientemente ampla para se assegurar enfaticamente que não há qualquer justificativa para restringir a participação de indivíduos infectados nos seus ambientes domésticos, escolares, sociais ou profissionais. 
Não há respostas simples, mas pelo menos um aspecto da solução é identificável e conduz ele próprio à solução. A maioria da população do país está livre da infecção do HIV e é possível, mesmo em condições de limitação de recurso, desenvolver políticas e programas efetivos de prevenção do HIV, assistência e apoio à população afectada. Mas isso requer liderança aliada a uma mobilização social. Significa reconhecer que a principal ameaça ao desenvolvimento vem das perdas de recursos humanos devido ao HIV/SIDA e assegurar que esforços nacionais sejam concentrados na sustentação do recurso básico de Moçambique.

6. Bibliografia 
  • OMS. “AIDS: etiologia, clínica, diagnóstico e tratamento” Unidade de Assistência. 2004. 
  • MISAU- Moçambique. Impacto do HIV-SIDA no SNS. Fevereiro 2004. 
  • ILO/AIDS. Moçambique: O Impacto do HIV/AIDS em Recursos Humanos. Março 2004
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