Introdução
A ideia da construção do caminho de ferro Lourenço Marques – Transvaal foi discutida pela primeira vez no Transvaal em 1870. Como o Transvaal pretendia libertar-se do domínio britânico, Lourenço marque garantia-lhe a saída para o mar. Para Portugal, a ideia era importante, porque o caminho-de-ferro seria corredor de acesso ao interior, fundamental para garantir o princípio da ocupação efectiva, num período em que a Inglaterra tentava o domínio de Marques.
Índice
Introdução 1
A Entrada do Sul Save na Economia-Mundo 2
As vias de comunicação 3
Conclusão 4
Bibliografia 5
A entrada do sul Save na economia-mundo fez-se sentir de várias formas e vários ritmos.
As unidades políticas a sul Save até 1880 eram politicamente independentes do sistema colonial português. Antes da conquista e dominação colonial, os estados africanos estabeleciam relações comerciais com o capital asiático e europeu através de pequenos estabelecimentos portugueses em Inhambane e Lourenço Marques, situados ao longo da costa e alguns no interior. Os estrados mais pujantes eram Gaza e Maputo. Estes estados fizeram parte da economia-mundo ao estabeleceram contactos com mercadores estrangeiros, essencialmente na caça ao elefante e produção de oleaginosas.
Na segunda metade do século XIX, a economia do sul de Moçambique começou a ser profundamente influenciada pela expansão da economia capitalista que se verificava nas colónias britânicas do Cabo e do Natal e nas repúblicas bóers do Transvaal e Orange.
Com o fim da caça ao elefante e da exportação do marfim em larga escala, novas actividades se desenvolveram, tais como:
- O aumento da exportação de milho;
- A exportação de peles de animais destinadas aos mercados de Natal;
- A exportação de amendoim para Marselha;
- Lourenço Marques tornou-se um local de trânsito de muitos homens de negócios e dos recrutadores de mão-de-obra para as minas da África de Sul;
- O crescimento de empreendimentos comerciais, incluindo a construção de lojas, armazéns e hotéis;
- A abertura das minas de diamantes em Kimberley, dando início à exportação de mão-de-obra.
O sul de Moçambique, na altura do desenvolvimento capitalista das actuais províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, transformou-se na capital reserva de mão-de-obra, quer para o mercado interno em crescimento, quer para a África do Sul.
As vias de comunicação
Toda a economia colonial de Moçambique dependia de dois factores importantes: a utilização da mão-de-obra africana (para uso interno ou para exportação) e a cobrança de impostos camponeses. Mas para a colónia crescer economicamente e ser completamente dominada pelo invasor era necessário implementar um bom sistema de comunicações. A via ferra foi a opção escolhida, por excelência. Contudo, também se registou um interesse substancia em desenvolver os portos e algumas estradas térreas.
A ideia da construção do caminho de ferro Lourenço Marques ao Transvaal foi objecto de discursai pela primeira vez 1970, no Transvaal. O governo Transvaal tinha o desejo de se libertar do domínio e influência britânicos e Lourenço Marques garantia-lhes a libertação por via marítima. Para Portugal, a construção do caminho-de-ferro era importante porque serviria de corredor de acesso ao interior, facto relevante na implementação do princípio da ocupação efectiva.
Outra linha de comunicação importante era a linha que ligava Beira à Rodésia. Os trabalhos da sua construção iniciaram-se em 1892, com a construção da linha férrea Beira-Macequece e em 1897, com a construção da linha férrea entre Beira e Umtail. Esta linha começou a funcionar oficialmente somente em 1898.
Cronologia
das principais vias de comunicação de Moçambique
|
|
1871
|
Inicio da construção da estrada
de Lourenço Marques à fronteira de Transvaal
|
1887
|
Início da construção da linha
férrea Lourenço Marques – Transval
|
1892
|
Início dos trabalhos da construção
da linha do caminho-de-ferro Beira-Macequece
|
1897
|
Linha férrea Beira – Umtail
entra em funcionamento (via reduzida)
|
1901
|
Linha do caminho-de-ferro, via
normal, entre Beira a Rodésia do sul encontra-se em expansão
|
1912
|
Linha de caminho de ferro
Suazilândia chega à Goba
|
1929
|
Conclusão da construção do porto
de Maputo
|
Conclusão
Terminado trabalho, pudemos concluir que de várias linhas de comunicação ferroviárias que formam estabelecidas na época, destaca-se uma das mais importantes a linha de comunicação que cruzava Moçambique e caminho-de-ferro que ligava a Beira à Rodésia. Em 1892 iniciaram-se os trabalhos de construção da linha férrea Beira – Macequece. Em 1897 a linha férrea entre Beira e Umtail entra em funcionamento. Em 1898 foi inaugurada a linha férrea Beira – Rodésia do Sul.
Averiguou durante a abordagem que o Sul de Save influenciou bastante revolução dos caminhos-de-ferro que utilizam-se até os dias de hoje.
Bibliografia
- NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013
- www.escolademoz.blogspot.com