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As Resistências no Centro de Moçambique

Índice
Introdução. 1
Resistências no Centro de Moçambique. 2
A ocupação militar (as campanhas de pacificação) 2
A instalação dos aparelhos do Estado colonial 3
Acção de Báruè no Centro. 4
Conclusão. 6
Bibliografia. 7
Introdução
Apôs a Conferencia de Berlim, Portugal lançou-se no processo de destruição das unidades políticas moçambicanas, destacando-se dois momentos principais: a ocupação militar e a instalação dos aparelhos do Estado colonial. Porém, a grande fragmentação política da região e o elevado grau de militarização das formações políticas da região, herdado do período da captura e do tráfico de escravos, exigiram a Portugal uma grande mobilização de recursos e apoio externo. Mais adiante, iremos falar de como foi a resistência no centro de Moçambique.


Resistências no Centro de Moçambique 
No Centro de Moçambique, depois de uma longa e dura resistência dos chefes locais, as forcas militares portuguesas puderam finalmente dominar os senhores dos Prazos.
Se considerarmos a longa e continua história da resistência pelas sociedades moçambicanas à ocupação efectiva portuguesa, a resistência dos senhores dos estados do vale do Zambeze pode ser globalmente interpretada como uma recusa frontal ao intruso colonizador, em defesa de uma soberania que esse intruso pretendia negar e pôr fim pela força das armas.
História de Moçambique, vol. l, p. 261

A ocupação militar (as campanhas de pacificação)
Segundo Botelho, citado por Souto (1996:249), o período da ocupação portuguesa pode dividir-se em três partes:
  • As campanhas ocorridas entre o território de Lourenço Marques até ao rio Pungué, realizadas nos sertões de Lourenço Marques, Inhambane e Sofala;
  • As campanhas no território do vale do Zambeze e zonas limítrofes;
  • As campanhas ocorridas entre o vale do Zambeze e o rio Rovuma.
Cronologia das principais campanhas realizadas pelos Portugueses contra os povos moçambicanos nos finais do século XIX.
Principais Campanhas
1858
Campanha contra Massingir.
1867-1869
Campanha contra Massangano.
1887
Conquista de Massangano.
1887-1888
Campanha contra os Namarrais.
1895
Campanha contra Gaza.
1896-1898
Campanha contra os Namarrais.
1902
Campanha de Barué.
1908-1912
Campanha contra os Estados Mataca.
1913
Campanha contra os Macondes.
1917
Campanha contra o Barué.
1920
Campanha contra os Macondes.
A instalação dos aparelhos do Estado colonial
Capitanias-mor/Comandos militares — Nas áreas de resistência mais prolongada ou de difícil acesso. A primeira etapa efectivou-se pela ocupação militar quase permanente (capitanias-mor na província de Nampula e partes da Zambézia, comando militar em Gaza — em algumas regiões de Nampula também existiram comandos militares). 
  • Concelhos divididos em freguesias, em áreas destinadas para os Europeus.
  • Circunscrições e Regedorias, em áreas destinadas para os indígenas. 
Em lugares como, por exemplo, a província de Maputo, em 1896, o governo colonial passou directamente ä divisão do território em circunscrições civis, que, de modo geral, deram origem aos actuais distritos. Nestas divisões foram instalados os administradores e chefes de posto portugueses, bem como régulos africanos, escolhidos pelo regime colonial, em substituição dos antigos chefes. A partir de 1907, este sistema substitui gradualmente a administração militar em Gaza, Zambézia e Nampula.
Perante a ocupação do seu território, num processo que durou mais de duas décadas (1886-1920), os Moçambicanos resistiram para defender a sua soberania, independência e valores culturais. Utilizaram como forma de luta: o confronto directo, a aliança ou a diplomacia.
Depois de ter sido preso, Ngungunhane é deportado para Portugal, juntamente com o seu filho Godide e seu tio Nuamantibjana, sendo as suas mulheres deportadas para Suo Tomé e Príncipe. Morreu exilado em Angra do Heroismo, nos Acores, em 1906. 
Apesar do desaparecimento de Ngungunhane, a resistência continuou, sendo agora dirigida por Maguiguane. Este mobiliza as populações no sentido de não pagarem mais impostos aos Portugueses e, sobretudo, de resistirem a esta penetração. Derrotado em Macontente, retira-se em direcção ao Transvaal. Maguiguane acabou por ser surpreendido por uma coluna portuguesa e procurou defender-se até ao último momento, tendo morrido a 21 de Julho de 1897. 
Outra figura importante na região foi o rei Nguanaze, de Maputo, que fugiu aos Portugueses e se refugiou a sul da Ponta de Ouro, ai estabelecendo o seu reino.


Acção de Barué no Centro
Barué surgiu como um Estado fortificado na sequência da desagregação do Estado dos Mwenemutapas, tornando-se um Estado poderoso e fortemente armado. Resistiu às invasões Nguni e, ganhou várias vezes as disputas com os estados militares vizinhos.
Notabilizou-se na actividade de resistência anticolonial. Porém, os seus pontos fracos eram as constantes e sucessivas crises de sucessão. Entre 1870 e 1892, Barué esteve sob o controlo de Gouveia, chefe do Estado de Gorongosa. 
A razão que ditou o fim da independência do Estado de Barué em 1902 foi o ataque perpetrado pelos portugueses com vista å eliminação da mesma. O Barué representava uma séria ameaça aos interesses portugueses na região, dado o apoio e o incitamento das formações sociais vizinhas na luta contra o avanço das forças coloniais. Tais estados eram o Torwa, o Sena, o Gorongosa e o Mburumatsenga. 
No Centro de Moçambique, destacaram-se ainda vários líderes na resistência à ocupação colonial, nomeadamente: Macombe, Hanga, Macossa, Mbuya, Nongue-Nongue, Cadendere, Mataca.
O exemplo da rebelião dos Barué constitui uma perigosa ameaça, dado que as vastas populações que residiam no território da companhia de Moçambique mal respeitavam o prestígio do Governo português e não têm receio do seu fraco exército. Dia a dia, a população indígena torna-se mais renitente no pagamento dos impostos e no fornecimento do trabalho forçado, considerando a situação dos Barué muito mais indesejável.
Extracto da Acta da Sessão do Com. Adm. de 17-09-1901, A.H.M., in História de Moçambique
Conclusão
No final deste trabalho, concluímos que os destaques importantes quando se fala da Resistência no Centro de Moçambique são Barué e Maganja da Costa. Onde no caso de Barué, podemos constatar que o factor ideológico desempenhou um papel importante na defesa de Barué. Os Baruistas acreditavam que o espírito mediúnico de Kabudu Kagoro transformava as balas do invasor em égua.
E quanto a resistência na Maganja da Costa, Bonifácio «M'passo» também resistiu, sem sucesso, à invasão portuguesa. Em 1898, os Portugueses ocupam militarmente a Maganja da Costa.

As Resistências no Sul de Moçambique
As Resistências no Norte de Moçambique

Bibliografia
  • NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013 
  • BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, Saber História 10, 1ª edição, Longman Moçambique, Lda., Maputo, 2010
  • www.escolademoz.blogspot.com
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As Resistências no Centro de Moçambique

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