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O Papel das Associações e Movimentos Estudantis


Introdução 
O grande factor do nacionalismo moçambicano era a insatisfação do seu povo em relação ao colonizador. Moçambique estava ocupado há anos por estrangeiros, cerceado nas suas liberdades e liderado contra a sua vontade. E, desde 1930, a repressão colonial sobre os moçambicanos crescia, mas as revoltas populares também. 
O nacionalismo moçambicano deve muito aos movimentos estudantis e aos contributos das artes, poesia, imprensa e missões protestantes. E é destes movimentos estudantis e associações que este trabalho visa debruçar.

Índice 
Introdução. 1
O Papel das Associações e Movimentos Estudantis. 2
A Associação dos Naturais de Moçambique (ANM) 2
O Movimento do Jovens Democratas Moçambicanos (MJDM) 2
O Núcleo dos Estudantes Secundários de Moçambique (NESAM) 3
O papel da Casa dos Estudantes do Império e o Centro de Estudos Africanos (CEI e CEA) 4
Conclusão. 5 
O Papel das Associações e Movimentos Estudantis 
Depois da II Guerra Mundial, o colonialismo em Moçambique tornou-se mais repressivo. Esta repressão sobre quem discordava do regime aliada ao desenvolvimento das comunicações via rádio viu nascer uma forma de nacionalismo moçambicano genuína, as associações e os movimentos estudantis. Os principais legados destas formas de oposição foram: 
  • Encorajar oponentes ao regime de Moçambique; 
  • Ver nascer nomes que projectaram a democracia de Moçambique. 
A Associação dos Naturais de Moçambique (ANM) 
A Associação dos Naturais de Moçambique surgiu no âmbito do aparecimento nos principais centros urbanos do país de associações de carácter reivindicativo e de defesa dos direitos cívicos dos assimilados e mulatos. Em 1935, nasceu a Associação dos Naturais de Moçambique constituída por brancos nascidos em Moçambique e que, para as autoridades portuguesas, eram considerados “braços de segunda Na década de 50 um pequeno grupo de brancos antifascistas assumiu a vanguarda no seio da associação e abriu as portas para a adesão de outras raças, bem como para a colaboração com outras associações, como foi o caso da NESAM. 
O Movimento do Jovens Democratas Moçambicanos (MJDM) 
Pouco depois do término da II Guerra Mundial, surgiu em Moçambique um movimento complementar ao MUD Juvenil português, o Movimento dos Jovens Democratas de Moçambique (MJDM). Os propósitos do MJDM eram: 
  • Desenvolver uma intensa campanha de propaganda política clandestina, através de panfletos contra o regime; 
  • Combater as grandes injustiças sociais de que estavam a ser vítimas os trabalhadores por parte dos patrões; 
  • E despertar nos africanos a necessidade de unidade de todos na sua luta contra as formas de repressão colonial. 
Alguns dos seus dirigentes foram: Sobral de Campos (antigo consultor jurídico da Confederação Geral de Trabalho e de outros organismos operários portugueses, radicado em Moçambique), Sofia Pomba, Raposo Beirão (advogado), João Mendes, Ricardo Rangel e Noémia de Sousa (poetisa). 
Vigiado pela polícia e limitado pelas divisões raciais impostas ao movimento, o MJDM viria a ser reprimido no período de 1948-1949, quando seus principais dirigentes foram presos e condenados. Mas a semente da contestação havia sido lançada. Assim, em princípios de 1949, formou-se em Lourenço Marques, com cerca de 20 membros, o Núcleo dos Estudantes Secundários de Moçambique (NESAM), integrado no Centro Associativo de Moçambique (CAM). 

O Núcleo dos Estudantes Secundários de Moçambique (NESAM) 
O objectivo do núcleo era fomentar a unidade e camaradagem entre os jovens africanos, através do desenvolvimento da sua capa cidade intelectual, espiritual e física, para melhor servir a sociedade. 
Nos primeiros anos da sua existência foi considerada pelas autoridades coloniais como uma organização nacionalista embrionária. 
Daí ter sido policiada e, sob influência da direcção colaboracionista do Centro Associativo, passou a restringir a sua actividade a acções socioculturais entre a pequena camada estudantil negra constituída pelos filhos das famílias que integravam o Centro. 
Na segunda metade da década de 50, a contradição entre o colaboracionismo do Centro e a tendência nacionalista da NESAM agudizou-se. A NESAM voltou a ser uma plataforma de discussão e comunicação não só sobre o problema da educação discriminatória, mas também do nacionalismo e independência. 
Alguns dos seus dirigentes foram: Eduardo Mondlane, Joaquim Chissano, Armando Guebuza, Luís Bernardo Honwana, Augusto Hunguana, Josina Muthemba, Pascoal Mocumbi, JorgeTembe, entre outros. 
Devido às suas ideias, o núcleo viria a ser banido em 1965. 
O papel da Casa dos Estudantes do Império e o Centro de Estudos Africanos (CEI e CEA) 
Em Lisboa existia a Casa dos Estudantes do Império, uma associação legal, que tinha por objectivo integrar os estudantes provenientes das colónias e incutir-lhes o espírito de lusitanidade. A grande mais-valia desta casa não foi, por certo, o objectivo a que ela se propunha, mas o facto de os estudantes de várias etnias africa nas se poderem reunir livremente. 
Mais tarde, o Centro de Estudos Africanos foi formado pelos africanos saídos da Casa dos Estudantes do Império. O centro promovia reuniões semanais e clandestinas, para a análise da questão do colonialismo em África. Por esta associação passaram pessoas como: Marcelino dos Santos, Noémia de Sousa, Mário de Andrade e também Amílcar Cabral e Agostinho Neto. 
As movimentações nacionalistas dos estudantes africanos a operar fora de Moçambique conseguiram criar condições para a realização da Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas, em 1961, em Casablanca. 

Conclusão 
Findo trabalho, tendo feito a compilação de todas informações necessárias para realização deste trabalho, pôde concluir-se que as associações dos estudantes desempenharam um papel fundamental para o despertar do nacionalismo em toda a parte de África. Algumas associações foram formadas (maioritariamente) na diáspora, fora de Moçambique e fora de África. 
O encontro de estudantes negros, de diferentes procedências, nas metrópoles europeias, foi de fundamental importância para o surgimento de uma consciência negra. 
Se nas cidades surgiam movimentos de contestação, também no campo as populações se revoltavam contra o sistema colonial. A contestação e resistência acabaram por levar à formação das primeiras formações políticas moçambicanas, a UDENAMO, UNAMI e MANU. 

Bibliografia 
  • NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013 
  • Pereira, Luís José Barbosa, Pré-Universitário 12, 1ª ed., Longman Moçambique Lda., Maputo 2010
  • www.escolademoz.blogspot.com

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O Papel das Associações e Movimentos Estudantis

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