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Segunda: 2ª Fase da Segunda Guerra Mundial – Guerra de Trincheiras - 1915 e 1916

Segunda: 2ª Fase – Guerra de Trincheiras - 1915 e 1916
Nesta segunda fase, que decorreu entre 1915 e 1916, o conflito teve dois momentos diferentes. Num primeiro momento, que se prolongou por todo o ano de 1915, o impasse e a estagnação marcaram o conflito. No primeiro ano de guerra nenhum dos dois blocos conseguiu resultados rápidos. Adoptaram, por isso, uma estratégia diferente: reforçaram as linhas da frente ocidental com fortificações ligadas entre si, procurando desgastar o inimigo através de ataques que obrigavam os soldados a defenderem as posições conquistadas até aí.
Os exércitos de ambas as partes abriram então trincheiras, onde os soldados se protegiam e a partir das quais lançavam os ataques ao inimigo.
As condições de vida nas trincheiras eram muito difíceis e foram mesmo uma tas maiores marcas desta guerra. Ao longo de três anos, os exércitos iriam permanecer enterrados em valas escavadas no chão, protegidas por arame farpado. Foi um período bastante penoso para os soldados: mal alimentados, metidos na lama, sujeitos ao frio, atacados por vermes e sujeitos aos gases tóxicos, uma arma terrível que teve a sua aparição nesta guerra. 
Vivendo nestas condições sub-humanas, os soldados sofriam ataques de artilharia, granadas e lança-chamas. Foram numerosas as baixas nos dois blocos inimigos. O esforço para conquistar posições revelava-se inútil, pois rapidamente os soldados eram forçados a voltar ao ponto de partida, deixando no campo de batalha inúmeros mortos. 
Entretanto, a Leste continuava a guerra de movimento. Durante o ano de 1915, a Alemanha tentou derrotar o exército russo para depois concentrar as suas tropas, na frente ocidental. 
O segundo momento desta fase do conflito começou em 1916, tendo os Alemães orçado o regresso a guerra de movimento, agora na frente ocidental. Em Fevereiro de 1916 concentraram o seu ataque na cidade francesa de Verdun. Este ataque, que começou com uma batalha que se prolongou entre Fevereiro e Julho deste ano, só terminou no mês de Dezembro, tornando-o, assim, na acção mais longa da guerra. 
Outras batalhas importantes neste ano de 1916 foram a batalha naval da Islândia, no mar do Norte, entre Alemães e Ingleses, de Maio a Junho (da qual nenhum lado saiu vitorioso), e a batalha do Somme, de Julho a Novembro, na qual triunfaram os exércitos aliados. 
Tanto as potências aliadas como as potências centrais procuraram novas alianças mas não conseguiram sair de uma situação de aparente impasse. 
A vida nas trincheiras 
Nesses buracos, a que se chamam trincheiras, com o seu sistema de sapadores, de passagens estreitas cheias de água e excrementos, falta-nos praticamente tudo. 
Cedo aprendi a pendurar o pão num arame colocado no meio da esteira de dormir para o pôr fora do alcance dos ratos, a dormir com as botas apertadas porque tentar calçá-las depois de as tirar era uma ilusão, a dormir enrolado num capote molhado, a dormir quatro horas no meio de algazarra, de gritos humanos e cheiros pestilentos, mas a dormir. 
Florent Fels, Voilâ (adaptado) 

A Entrada dos EUA na guerra (razões e significado) 
A Alemanha, devido as melhorias verificadas nos equipamentos e ao reforço dos exércitos aliados, assim como a problemas internos no próprio país, não conseguia vencer as potências aliadas. Decidiu, assim, intensificar a guerra submarina, atacando todos os navios de guerra, de passageiros e de abastecimentos, não poupando sequer as potências neutrais, como os EUA. 
Perante esta atitude, os EUA declararam guerra a Alemanha. A entrada dos EUA no conflito, em 1917, trouxe um novo alento as tropas aliadas, cansadas e desgastadas com a guerra que se arrastava. 
Não foram só os EUA a entrarem no decurso da guerra, outros países o fizeram. Do lado dos aliados, a Itália (que inicialmente entrara na guerra do lado dos Alemães), Portugal, o Japão, a China, o Brasil e outros. Do lado das potências centrais, o Império Otomano e a Bulgária. A guerra estendia-se também ao Extremo Oriente e a África.
No caso específico de Portugal, sabe-se que entrou no conflito junto dos Aliados: em primeiro lugar, para defender as suas colónias (Angola e Moçambique, invadidas logo em 1914); em segundo lugar, de modo a marcar a sua posição perante a Espanha 
(que estava do lado dos Alemães) e as potências europeias; e em terceiro e último lugar, para legitimar o Partido Democrático no esforço de guerra. 
Mensagem do Presidente Wilson ao Congresso Americano, a 2 de Abril de 1917 A guerra actual da Alemanha contra o comércio é uma guerra contra a Humanidade; é uma guerra contra todas as nações. Navios americanos perderam-se em circunstâncias que nos revoltam. Navios e cidadãos de nações neutras e amigas foram igualmente afundados (...). Cada nação deve procurar a sua resposta. Quanto a nós, (...) o nosso objectivo não será a vingança nem a afirmação da forca física da nossa nação, mas somente a reivindicação do direito, o direito humano, em cuja defesa somos os campeões. Não suportaremos que os direitos mais sagrados da nossa nação e do nosso povo sejam ignorados e violados (...). Recomendo ao Congresso que considere a conduta recente do governo imperial da Alemanha como uma declaração de guerra ao governo e povo dos EUA; que aceite a posição de combate que lhe foi imposta. A neutralidade não é possível nem desejada quando está em risco a paz no mundo e a liberdade dos povos. A ameaça a paz e a liberdade reside na existência de governos autoritários que não são apoiados pelo povo (...) a Democracia deve ser assegurada em todo mundo. A paz no mundo deve ser estabelecida com base na liberdade política.
(Adaptado)

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Segunda: 2ª Fase da Segunda Guerra Mundial – Guerra de Trincheiras - 1915 e 1916

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