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Distribuição de Antirretrovirais ao Nível Hospitalar

TEMA: Distribuição de Antirretrovirais ao Nível Hospitalar


1. Introdução 
Os medicamentos antirretrovirais (AVRs) surgiram na década de 1980, para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o HIV, vírus causador da AIDS, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem AIDS.
Contudo é essencial estudar e compreender como é feita a gestão e distribuição dos AVRs nas farmácias das unidades sanitárias. É neste âmbito que urgiu a elaboração deste trabalho que tem como tema principal a distribuição de antirretrovirais nas farmácias hospitalares. 

Índice
1. Introdução. 1
1.1. Objectivos. 2
1.1.1. Geral 2
1.1.2. Específicos. 2
1.2. Metodologia de investigação. 2
2. Distribuição de antirretrovirais. 3
2.1. Conceito de antirretrovirais. 3
2.2. Distribuição de antirretrovirais. 3
2.3. Fluxo de gestão de antirretrovirais dentro de uma unidade sanitária. 4
2.3.1. Conceito de fluxo de gestão de antirretrovirais. 4
2.3.2. Aquisição dos antirretrovirais. 4
2.3.3. Armazenamento. 4
2.3.4. Dispensa antirretrovirais. 4
2.4. Todos os modelos. 5
2.5. Documentos para gestão de antirretrovirais. 5
2.6. Grupos Farmacológicos. 6
2.7. Mecanismos de acção. 6
3. Conclusão. 8
4. Bibliografia. 9 

1.1. Objectivos 
1.1.1. Geral 
  • Conhecer o processo de distribuição e gestão dos antirretrovirais nas farmácias hospitalares. 

1.1.2. Específicos
  • Indicar o conceito de antirretrovirais;
  • Caracterizar a distribuição de antirretrovirais em farmácias hospitalares;
  • Descrever o fluxo de festão de antirretrovirais dentro de uma unidade sanitária;
  • Ilustrar os grupos farmacológicos;
  • Destacar os documentos para gestão de antirretrovirais.

1.2. Metodologia de investigação
As técnicas de recolha de dados são os procedimentos que servem de medição prática para a realização das pesquisas. Para a materialização da presente pesquisa usou-se as seguintes técnicas de recolha de dados:
  • (i) Pesquisa bibliográfica, que procura explicar e discutir um tema ou um problema com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e actualmente em material disponibilizado na internet.
  • (ii) Utilizou-se dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registados, o pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos. 
2. Distribuição de antirretrovirais
2.1. Conceito de antirretrovirais
Os antirretrovirais (ARV) são fármacos usados para o tratamento de infecções por retrovírus, principalmente o HIV. A terapia altamente eficaz com antirretrovirais é conhecida como TARV.
O VIH infeta principalmente as células do sistema imunitário denominadas por células CD4. Ao longo de muitos anos a viver com a infeção pelo VIH, o número de células CD4 diminui gradualmente, mas de modo continuado, e o sistema imunitário enfraquece. Este torna-se incapaz de combater infeções até que desenvolve um conjunto de doenças definidoras de SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Os medicamentos antirretrovirais atuam no organismo para interromper este processo.

2.2. Distribuição de antirretrovirais
O instrumento utilizado para o controle das dispensações de antirretrovirais (ARV) é o Formulário de Solicitação de Medicamentos e o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos.
Para uma dispensação de 30 dias, a pessoa retira os medicamentos ARV para um mês de tratamento. Por outro lado, o SICLOM permite, a qualquer momento, realizar outra dispensação dentro do período de 22 dias, contados a partir da última dispensação. No entanto, o sistema emite um alerta, informando que o paciente está vindo antes do período previsto. Nesse caso, o farmacêutico/dispensador irá analisar se procede ou não à dispensação dos ARV.
Cumpre ressaltar que as orientações para controle logístico são repassadas a todos os estados e, estes, por sua vez, as repassam às Unidades de Dispensação de Medicamentos (UDM). Por outro lado, os estados/municípios/UDM possuem autonomia para o gerenciamento local, em consonância com o processo de trabalho interno, a exemplo do fluxo de logística, disponibilidade de estoque, análise clínica/laboratorial do paciente, dentre outros. Nesse sentido, é fundamental verificar junto ao serviço de saúde ao qual a pessoa esteja vinculada quais são os procedimentos internos de dispensação.

2.3. Fluxo de gestão de antirretrovirais dentro de uma unidade sanitária
2.3.1. Conceito de fluxo de gestão de antirretrovirais
Gestão de medicamentos é um conjunto e actividades que devem ser realizadas de forma continua e interligada, para garantir a existência e o uso correcto dos medicamentos dos medicamentos nos diferentes níveis do sistema de saúde, neste caso com destaque aos ati-retrovirais em unidades sanitárias. Estas actividades podem ser divididas em:

2.3.2. Aquisição dos antirretrovirais
Conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva o processo de compra dos medicamentos definidos pela seleção, nos quantitativos e prazos estabelecidos pela programação.
Os ARVs fazem parte do Componete Estratégico da Assistência Farmacêutica, os medicamentos e insumos desse componente são financiados e adquiridos pelo Ministério da Saúde, no caso de Moçambique sendo distribuídos nas Farmácias dos Hospitais Gerais. Cabem a esses o recebimento, a boa gestão, armazenamento e a distribuição qualitativa.

2.3.3. Armazenamento
O armazenamento de ARVs assim dos demais medicamentos consiste no conjunto de procedimentos técnicos e administrativos relacionados com as atividades de:
  • a) Estocagem e Guarda de Medicamentos;
  • b) Boa conservação dos medicamentos;
  • c) Controle de Estoque.
A adopção de uma conduta racional para o procedimento de estocagem dos medicamentos compõe um passo importante dentro do Ciclo da Assistência Farmacêutica. A estocagem em condições que não garantam a integridade dos produtos resultará no comprometimento da eficácia dos mesmos e procedimentos inadequados, comprometerão todo o processo. Os cuidados em relação aos ARVs, são basicamente os mesmos dos medicamentos em geral, mas existem procedimentos que são requeridos por algumas especificidades:

2.3.4. Dispensa antirretrovirais
1. A dispensa de terapêutica anti-retrovírica para um período inferior a 90 dias só pode ser considerada em situações excecionais, devendo o hospital, nos casos em que tal situação ocorra por motivos imputáveis ao Serviço Nacional de Saúde e após concordância do doente, assegurar a colocação da medicação no endereço disponibilizado pelo utente;
2. A dispensa de terapêutica anti-retrovírica para períodos superiores a 90 dias deve ser efetuada pelas instituições hospitalares, em resposta a necessidades individuais devidamente justificadas, nomeadamente atividades laborais específicas ou distância geográfica da residência do doente à respetiva unidade hospitalar, depois de ponderados os riscos clínicos, sendo obrigatórios, cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) Pedido expresso, devidamente fundamentado, do doente;
b) Parecer clínico positivo, devidamente fundamentado, do médico assistente e aceite pelo diretor de serviço/responsável da unidade;
3. A documentação e fundamentação que suporta a decisão clínica, bem como o pedido a que se refere o número anterior, devem constar do processo clínico do doente.
4. A substituição de fármacos ou de regimes co-formulados nos doentes com tratamento em curso só se deve verificar por razões de natureza médica, sem prejuízo da sua ocorrência noutras situações excecionais, mediante a indicação e aprovação do médico assistente e do respetivo diretor de serviço/responsável de unidade e o consentimento informado do doente.

2.4. Documentos para gestão de antirretrovirais e todos os modelos
Formulário de Solicitação de Medicamentos e o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos
O SICLOM foi criado com o objetivo do gerenciamento logístico dos medicamentos antirretrovirais. O sistema permite que o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais se mantenha atualizado em relação ao fornecimento de medicamentos aos pacientes em TARV, nas várias regiões do país. As informações são utilizadas para o controle dos estoques e da distribuição dos ARV, assim como para a obtenção de informações clínico-laboratoriais dos pacientes e uso de diferentes esquemas terapêuticos. (ANEXO 1 e 2)

2.5. Grupos Farmacológicos
a) INIBIDORES NUCLEÓSIDOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA (INTR)
Abacavir (ABC): comp. 30mg, susp. 10mg/mL-Fr. 200mL
Didanosina (ddl): comp. Tamponados 50mg, 100mg, 150mg, 200mg. Caps. 125mg, 250mg, 400mg  d4T, estavudina: Cápsulas de 20, 30 ou 40 mg*

b) INIBIDOR NUCLEÓTIDO DA TRANSCRIPTASE REVERS A (INTR)
Tenofovir: Comprimido de 300 mg

c) FORMULAÇÕES DE DOSES COMBINADAS (INTR)
3TC / AZT: Comprimidos com 150 mg 3TC e 300 mg AZT 
3TC / abacavir / AZT: Comprimidos com 150 mg, 3TC, 300 mg abacavir e 300 AZT

c) FORMULAÇÕES DE DOSES COMBINADAS (INTR/INNTR) 
FTC/tenofovir/ efavirenze: Comprimidos com 600 mg efavirenze, 200 mg FTC e 300 mg tenofovir.
FTC / rilpivirina / tenofovir: Comprimidos com 200 mg, FTC, 25 mg rilpivirina e 300 mg tenofovir. 

2.6. Mecanismos de acção
Ciclo de replicação do HIV e mecanismo de ação dos anti-retrovirais. O HIV, através de suas glicoproteínas de superfície, adere à célula hospedeira e introduz seu material genético no citoplasma da célula.
A enzima viral transcriptase reversa transforma a dupla fita de RNA viral em DNA pró-viral, que migra até o núcleo da célula hospedeira unindo-se ao seu material genético.

Esquema de mecanismo de ação
Ocorre o processo de transcrição, pelo qual se formam novas moléculas de RNA viral, as quais migram até o citoplasma e, por ação da enzima viral protease, se unem aos demais componentes virais, havendo a formação de um novo HIV. Desta forma, as drogas da classe dos inibidores da transcriptase (análogos de nucleosídeos – NRTI – ou não análogos de nucleosídeos – NNRTI) inibem a primeira fase da replicação viral através da inibição da enzima viral transcriptase reversa. As drogas da classe dos inibidores da protease impedem a ocorrência da última fase da replicação viral por inibirem a enzima viral pro- tease.

3. Conclusão 
Terminada a abordagem concluiu-se em moçambique é vem sendo implementados vários métodos e esforços que visam garantir uma que alcance todo público que necessita. É importante destacar que o Ministério da Saúde garante com que as a aquisição dos antirretrovirais por parte da dos pacientes seja a mais fácil possível no que se refere aos custos dos mesmos.
Pode constatar-se que os relatórios do portal da saúde revelam o país avaliou as metas anteriores que tinham sido estabelecidas em 2010, reduzindo-as para menos de 5% de Transmissão Vertical até 2015 e uma cobertura de 90% com regimes antirretrovirais (ARV) mais eficazes. Em Dezembro de 2014, a cobertura de ARV da população para a prevenção da transmissão vertical de mãe para filho (PTV) foi de 96%.
Apesar do aumento positivo no acesso ao tratamento anti-retroviral (TARV) para crianças menores de 15 anos nos últimos dois anos, o TARV pediátrico continua a ficar para trás. Apenas 8,5% de todos os pacientes tratados no país são crianças, muito abaixo da recomendação da OMS de que 10 a 15 por cento dos pacientes deve ser constituído por tratamento pediátrico.

  • 4. Bibliografia
  • SAÚDE, G. D. (Março de 2007). PROGRAMA DO MEDICAMENTO HOSPITALAR. Obtido em Maio de 2014;
  • Formulário Nacional de Medicamentos, 5ª Ediçao, Maputo, 2007;
  • Brou M., Feio J., Mesquita E., Ribeiro R., Brito M., Cravo C., et al. 2005. Manual de Farmácia Hospitalar. Gráfica Maiadouro. Consultado a 29 de Setembro de 2011;
  • Instituto Nacional do Medicamento, Formulário Hospitalar Nacional do Medicamento, Ministério da Saúde 2006, 9º Edição;
  • Brou M., Feio J., Mesquita E., Ribeiro R., Brito M., Cravo C., et al. 2005. Manual de Farmácia Hospitalar. Gráfica Maiadouro. Consultado a 29 de Setembro de 2011;
  • Hospitalar, C. E. (Março de 2005). Manual da Farmácia Hospitalar. Obtido em Maio de 2014

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