Introdução
Industrialização é a transformação da matéria-prima em produtos que serão consumidos pelas pessoas ou por outras indústrias. Portanto é importante conhecerem-se as etapas do desenvolvimento da indústria.
Avança-se ainda que o processo de industrialização é um dos pilares da modernização da sociedade. A indústria, tal qual conhecemos hoje, surgiu há dois séculos e passou por muitas transformações. A industrialização se preocupava em se expandir horizontalmente, com aumento cada vez maior de indústrias, agora esse processo ocorre de forma vertical, com uma busca incessante de aperfeiçoamento e incremento tecnológico.
Índice
Introdução. 1
Indústria e comércio. 2
Etapas do desenvolvimento da indústria. 2
A indústria do Paleolítico ao Neolítico. 2
Indústria na Antiguidade. 3
Indústria na Idade Média. 4
Indústria na Idade Moderna. 4
Conclusão. 6
Bibliografia. 7
Indústria e comércio
Etapas do desenvolvimento da indústria
De um modo geral, reconhecem-se normalmente três estágios para a transformação de matérias-primas em produtos elaborados: o artesanato, a manufactura e a indústria (ou maquinofactura).
O artesanato é O estágio mais primitivo, conhecido desde há milhares de anos, e no qual não há divisão de trabalho, ou seja, o artesão realiza sozinho todas as tarefas necessárias para obter o produto final. Por sua vez, a manufactura é o estágio intermediário entre o artesanato e a indústria, prevaleceu na Europa Ocidental nos séculos XVI, XVII e XVIII, existindo ainda hoje principalmente em algumas áreas atrasadas de países em vias de desenvolvimento. Finalmente, a indústria surgiu com a Revolução Industrial nos fins do século XVIII e XIX e predomina até aos nossos dias.
Desde logo a indústria caracterizou-se por grande divisão de trabalho, com a consequente especialização do trabalhador em actividades específicas. Mas o facto mais marcante da sua aparição foi o emprego de máquinas, movidas por diversas fontes de energia.
A indústria do Paleolítico ao Neolítico
A actividade industrial decorre desde tempos remotos. Esta, paralelamente a tantas outras actividades económicas, surge na tentativa de proporcionar bem-estar à Humanidade.
Desde a Pré-História que o Homem transforma matérias-primas, extraídas do subsolo ou recolhidas da superfície da Terra, em produtos de natureza diferente para a satisfação das suas necessidades. Os vestígios mais antigos de indústria surgiram nos calhaus de sílex talhados pelo Homem primitivo. Não há dúvida de que os homens primitivos eram verdadeiros artistas no talhe do sílex, sendo bem possível que se tenham transmitido as técnicas de fabricação, como através delas tenha sido possível adquirir posição no grupo graças ao domínio de tal técnica.
O fabrico de instrumentos foi assim o primeiro passo dado pelo Homem para dominar a Natureza. Foi assim que o Homem fabricou instrumentos a partir de pedra, pau e osso em objectos capazes de cortar, furar ou raspar para os utilizar na caça ou pesca e até mesmo como defesa contra os animais ferozes. As técnicas foram evoluindo, desde a técnica de lascagem da pedra (talhe) no Paleolítico, até à técnica de polimento no Neolítico, de onde resultaram instrumentos mais complexos e de melhor acabamento, aos quais se juntaram instrumentos de osso e madeira também de acabamento complexo.
A sedentarização e a vida agrícola do Neolítico levam ao aparecimento de novos inventos como a cerâmica, a cestaria e a moagem. Outra inovação do Neolítico foi a tecelagem, a qual juntamente com a cerâmica, cestaria e moagem, constituíram o conjunto das formas de produção de Neolítico. O Homem Inventa a roda, instrumento este que contribuiu para alterar profundamente as condições da sua vida. Estas actividades eram desenvolvidas a nível doméstico ou familiar e tinham por objectivo responder às necessidades do agregado familiar.
Embora não se possa falar propriamente em indústria nesta época, a verdade é que já há uma transformação de matéria-prima, através de técnicas (embora rudimentares) e com base em energia muscular, do vento e uso de mão-de-obra, características inerentes ao conceito de indústria. Assim, podemos dizer estar perante uma indústria doméstica, também chamada caseira, que consiste na produção de artigos de uso familiar produzidos pela própria família na sua casa. Actualmente, este tipo de indústria está ainda presente em algumas comunidades.
Indústria na Antiguidade
No IV milénio a. C., descobre-se a metalurgia (cobre, bronze e depois o ferro), o que veio revolucionar todas as técnicas até então empregues. Para tanto, o aumento da produção no campo liberta do trabalho agrícola alguns dos seus membros, que se tornam artesãos e passam a dedicar-se por tempo inteiro às artes de olaria, tecelagem e marcenaria e mais tarde também à ourivesaria e metalurgia, o que conduz à produção de uma grande gama de objectos, bem como a invenção de novos processos de fabrico. É a especialização artesanal que vai dar lugar à produção com vista à troca ou venda de produtos, estimulando assim o incremento da actividade comercial.
Não existiam ainda máquinas, pelo que tudo era feito, numa fase inicial, à custa da força muscular humana e, mais tarde, com o contributo do vento e da água. Datam deste período a invenção do torno, dos veículos de rodas, do arado e da vela do navio.
Na Grécia Clássica, entre os séculos VI e IV a. C., a produção industrial concentrava-se em dois tipos: nas oficinas estatais, onde se produziam tecidos, pergaminho e papiro, utilizando como mão-de-obra homens livres e escravos, e nas oficinas de produção livre, nas quais, pela compra de licença ao Estado, os proprietários (artesãos) fabricavam azeite, cerveja, papiro e tecidos.
Entre os séculos I e V d. C., no Império Romano a actividade produtiva exercia-se em pequenas oficinas onde se produziam tecidos, cerâmica, vidro, objectos metálicos e artigos de ourivesaria e joalharia. Existia também uma desenvolvida indústria de extracção de cobre, estanho e chumbo.
Era a época da pequena indústria ou artesanato, que como vimos, consistia e consiste ainda hoje na elaboração de objectos a partir de matérias-primas existentes na região ou nas proximidades numa pequena oficina ou na própria habitação. Tinha por objectivo a troca ou venda dos produtos.
Indústria na Idade Média
Durante a Idade Média, surge a indústria de oficio, ou seja, a pequena indústria de domicílio que se caracterizava fundamentalmente pelo artesanato. Esta concentrava-se junto aos bairros, cujas ruas tomavam o nome do grupo social que aí se fixava (Rua dos Sapateiros, dos Fanqueiros, dos Padeiros, etc.) e que formavam associações de carácter profissional. Cada associação ou corporação de ofícios tinha um regulamento escrito que estabelecia os horários, as condições de trabalho, os processos de fabrico, os preços e o número de trabalhadores.
Os membros das corporações estavam organizados segundo uma rigorosa hierarquia que ia desde a categoria de aprendiz, entrada para a profissão, até à de mestre, topo da carreira, a qual era atingida após vários anos de trabalho na categoria intermédia, de oficial, e a prestação de provas. Apenas os mestres podiam ser proprietários das oficinas e como membros das corporações dificultavam a obtenção do grau de mestre, como forma de evitar a concorrência e dispor de mão-de-obra barata. Portanto, era a criação de verdadeiro artesanato, que já no período anterior tinha lançado as suas raízes.
Indústria na Idade Moderna
A influência das doutrinas económicas mercantilistas dos finais dos Séculos XVII, de Colbert, Adam Smith e Stuart, Proporcionaram novas perspectivas à indústria, criando a indústria de manufactura, baseada nas corporações de ofícios manuais herdados da Idade Média.
O grande volume de negócios veio porém modificar as técnicas industriais, podendo assim afirmar-se que na Idade Média se lançaram os fundamentos do capitalismo, que terminou com o triunfo do progresso industrial.
Foi portanto o advento da pequena empresa industrial, em substituição do artesanato ou fabrico tradicional, com a concentração dos artífices em instalações apropriadas (factory system) e a coordenação das técnicas de produção manuais que conduziu à produção em massa.
Assim, surge a regularidade da produção e o consequente aumento de rendimentos que vieram permitir a ircialização dos produtos de luxo como a seda, veludos, tapetes, etc., colocando o comércio na dependência da indústria. Foi com a indústria têxtil que se desencadeou a mecanização das fábricas, dado que a maquinaria têxtil era a mais barata e a que tinha maior procura crescente dos artigos produzidos, o que está também ligado ao aumento populacional e à melhoria das trocas comerciais. Datam desta época os grandes inventos que provocaram uma verdadeira transformação tecnológica, em que sobressaem a lançadeira volante de John Kay (1733), à qual se seguem a roda de fiar de James Hargreaves (1764), a fiandeira mecânica de Samuel Crompton (1779) e o tear mecânico de Edmund Cartwrigh (1785), não como resultado de investigações no campo da ciência mas como fruto do trabalhos de empiristas. Paralelamente a estas invenções, a invenção da máquina a vapor por James Watt, em 1777, constitui uma das mais importantes deste período. Era o advento da Revolução Industrial, que abre portas na Grã-Bretanha.
Conclusão
Terminada a abordagem concluiu-se que antes do surgimento das máquinas para realizar a transformação das matérias-primas (maquinofatura), a industrialização era realizada pelo artesanato e a manufatura. A transição da indústria doméstica para a manufatura é caracterizada pela transformação do artesão em assalariado.
Constatou-se também que diferentemente da indústria do Paleolítico ao Neolítico e da indústria da antiguidade, a moderna caracteriza-se pelo uso de máquinas que desempenham funções específicas na produção de mercadorias. As máquinas, que ficam cada vez mais avançadas e eficientes, são o elemento produtivo principal da indústria moderna. O trabalhador passa a ser o operador e ajustador destas máquinas.
Bibliografia
- BONATTO, Cláudio. MORAES, Paulo Valério Dal Pai. Questões Controvertidas no Código de Defesa do Consumidor. RS. Livraria do Advogado, 2003;
- DERANI, Cristiane. Direito Ambiental Econômico. SP. Ed. Saraiva, 2007.
- MELLO, Leonel Itaussu. A., COSTA, Luis César Amad. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1991.
- MONSO, Francisco Jorge, VICTOR, Ringo, Pré-Universitário 12, Longman Lda, Maputo
- SILVA, José Julião da., GEOGRAFIA - 12.ª CLASSE, Maputo, Plural Editores Moçambique, 2014
- www.escolademoz.blogspot.com
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