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O Xeicado de Quitangonha - Os Estados afro-islâmicos da Costa

Os Estados afro-islâmicos da Costa A partir do século XII, começaram a aparecer os povoamentos comerciais islâmicos na costa oriental africana, com destaque para quatro importantes:
  • Angoche
  • Sancul, na baía Mokambo, mesmo a sul da Ilha de Moçambique, entre Lumbo e Mongincual;
  • Sangaje, no rio Metomode;
  • Quitangonha, que Ocupava toda área da península de Matibane e o Norte da Ilha de Moçambique.
Com a presença Portuguesa na baía de Sofala iniciou-se uma nova era que se caracterizou pelo permanente Confronto entre estes estados e os portugueses. A relação entre estes dois povos não foi linear nem idêntica em todos os Xeicados e sultanatos. Aparentemente, os Xeicados e sultanatos da costa estavam subordinados à administração portuguesa, mas, na prática, a situação não era essa. A subordinação existia e parecia ser do foro comercial quando as autoridades portuguesas não se envolviam em questões de soberania dos mesmos.

Xeicado
É um sistema de governo dirigido por um xeque, chefe de tribo árabe.

Sultanato
Sistema de governo dirigido por um sultão, título dado a certos príncipes maometanos, senhores poderosos e despóticos.

O Xeicado de Quitangonha
Formação

O Xeicado de Quitangonha surgiu por volta do século XVI e também os seus fundadores são oriundos da Ilha de Moçambique. Estes desde há muito tempo que eram aliados dos Portugueses e mantiveram essa sã Convivência até ao século XVIII.


Estrutura social e aparato ideológico
O Xeicado de Quitangonha, assim como os Estados islamizados da costa, sofreu um processo de islamização, o que fez com que a religião tivesse uma influência moral e cultural na vida das populações e Constituísse um elemento ideológico muito forte para a coesão social no seio das comunidades, Também aqui, o poder político dependia, muitas vezes, da religiosidade, encontrando respaldo nos símbolos e rituais religiosos, que contribuíam para a sua legitimação.
A forte união dos povos locais reflectiu-se, por um lado, no estabelecimento, pelos chefes que dominavam os portos do litoral e o comércio no interior, de estratégias de luta comuns. Por outro lado, a grande coesão das estruturas sociais e ideológicas das linhagens contribuiu para transformar as lutas de resistência em autênticas guerras populares.

Base económica
O aparecimento dos negociantes franceses, a partir de 1755, à procura de escravos para as ilhas Mascarenhas e demais ilhas do Índico, permitiu que o Xeicado de Quitangonha ganhasse maior autonomia. Depois de ganhar essa autonomia, começaram a opor-se às imposições portuguesas.
Após essa aliança comercial com os franceses, o objectivo centrai dos xeques de Quitangonha era o desenvolvimento e o controlo do monopólio do tráfego de escravos. Os xeques conseguiram manter a actividade comercial até finais do século XIX, estendendo-se mesmo a sua actividade ao interior da makuana.

Decadência
Os decretos antiescravagistas de 1836 e 1842 vieram ameaçar a principal fonte de rendimento deste Xeicado. Mesmo assim, a actividade de comércio de escravos continuou, com a venda de escravos a franceses, árabes, suaílis, americanos, para o Brasil e Cuba, não conseguindo os portugueses impedir o seu prosseguimento.
Entre 1903-1904, deu-se o último acto de revolta dos xeques contra os Portugueses. O xeque Mahmud Ahmadi Bwana e as suas forças atacaram o Mossuril que estava sob domínio português e desde então as hostilidades nunca cessaram.

Anos depois, no âmbito da política colonial de ocupação efectiva, os portugueses submeteram o Xeicado e transformaram-no num posto militar.


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