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A Presença Portuguesa e Os Estados Marave (1693-1750)

Índice
Introdução. 1
A Presença Portuguesa e Os Estados Marave (1693-1750) 2
O Estado de Marave (1693-1750) 2
A Presença Portuguesa. 2
O Papel do Capital Mercantil nos Estados Marave. 3
A Decadência dos Estados Marave. 3
As Causas Da Decadência Dos Estados Marave. 4
Conclusão. 5
Bibliografia. 6

Introdução
A penetração mercantil europeia foi levada a cabo essencialmente por portugueses. Os Portugueses, movidos por interesse económicos, sociais e religiosos, ocuparam e colonizaram Moçambique em particular no estado dos Marave conforme irá abordar-se neste trabalho. Antecipar que, a acção do capital mercantil nos Estados Marave teve um papel que concorreu, numa fase inicial, para o reforço do poder económico das aristocracias dos Estados e, numa segunda fase, para a instabilidade político-militar e económica em quase toda a região. Essa instabilidade, entre outros factores, acabou por originar o declínio dos Estados Marave.

A Presença Portuguesa e Os Estados Marave (1693-1750)
O Estado de Marave (1693-1750)
Os Estados dos Marave formaram-se como resultado da chegada de sucessivas vagas de emigrantes, provavelmente oriundos da região de Luba do Congo e liderados pelo clã Phiri, e dos Lundu que viviam em Tete, expandindo-se depois ao longo do rio Zambeze ate a costa.

[FIGURA: 01] Localização do distrito de Marávia, província de Tete, Moçambique.

A Presença Portuguesa
A presença portuguesa no Marave contribuiu para uma valorização de determinados produtos, como o marfim. Contudo, a exploração do capital mercantil nos Estados Marave foi também o que acabou por levar a sua decadência.
A acção do capital mercantil nos Estados Marave teve um papel que concorreu, numa fase inicial, para o reforço do poder económico das aristocracias dos Estados e, numa segunda fase, para a instabilidade político-militar e económica em quase toda a região. Essa instabilidade, entre outros factores, acabou por originar o declínio dos Estados Marave.

O Papel do Capital Mercantil nos Estados Marave
Com o fim do ciclo do ouro e a expulsão dos portugueses das terras do Mwenemutapa, o comércio de marfim ganhou major expressão com a participação dos portugueses nesta nova actividade mercantil. Contudo, deu origem a conflitos entre os vários Estados Marave.
A norte do Zambeze, nos territórios situados entre o rio Luangua e Quelimane, a produção de marfim crescia muito. A sua comercialização baseava-se, sobretudo, na troca de tecidos e missangas por marfim.
O comércio do marfim ao longo do rio Zambeze parece ter sido a base do poder dos chefes Marave, cujo centro se encontrava localizado junto ao rio Chire. Contudo, havia frequentes disputas entre estes chefes pelo controlo do comércio. As aristocracias Phiri, Caronga e Lundu tinham certos conflitos comerciais.
Todos os seus chefes pretendiam obter os tecidos que davam prestígio a quem os envergava. Pela posse de panos e de missangas, estes chefes garantiam lealdades políticas. 
A presença portuguesa e o controlo efectuado pelos árabes com partida de Angoche terão impedido o afluxo dos produtos dos Phiri vindos do interior. O comércio dos Phiri já datava do século VIII da nossa era, mas era realizado com os povos vindos do Oriente. No sentido de agilizarem o seu comércio, em 1580, há uma progressão dos guerrilheiros Ma rave em direcção as terras dos Macuas-Lomué. Aí abriram novas rotas comerciais que ligavam o litoral ao interior. São estas rotas que, mais tarde, serão utilizadas pelos Ajauas no comércio de marfim e, depois, de escravos, de armas de fogo e de álcool. 

A Decadência dos Estados Marave
A decadência dos Estados inicia-se em meados do século XVII, foi intensificada pela penetração de uma geração de mercadores no fim do século XVIII, como Gonçalo Caetano Pereira, o fundador de uma dinastia “prazeira” e do Estado de Macanga. Este chegou a casar-se com a filha do Undi reinante e começou a sua vida como prospector de ouro na mina de Java, utilizando mulheres escravas. O Estado da Macanga acabou por se assenhorar de muitas “províncias” do Estado do Undi. História de Moçambique, vol. I, p. 52 (adaptado) 
As causas da decadência dos Estados Marave estão ligadas a questões internas, ao marfim, a influência portuguesa e aos Ajaua. 


As Causas Da Decadência Dos Estados Marave
CAUSAS DA DECADÊNCIA DOS ESTADOS MARAVE 

Questões internas 
  • Os vários líderes Marave como os Phiri, os Caronge e os Lundu, ambicionavam ser senhores de grande prestígio. Para tal usavam os produtos de troca mercantil, os tecidos e as missangas. Contudo, para os poderem receber tinham de ter marfim para trocar. Desta forma, os Marave disputavam as rotas comerciais ao longo do Zambeze, a fim de obterem mais produtos de prestígio. 
Marfim: O capital mercantil 
  • A ganância pelo controlo do produto de maior riqueza levou os vários líderes Marave a lutarem entre si;
  • A abundância de marfim trouxe mercadores estrangeiros ao território que acabaram por minar o próprio comércio. 
Portugueses 
  • Gonçalo Caetano Pereira foi um português que casou com uma filha do Undi e que, como dote, recebeu terras nesse Estado. O português acabou por formar um Estado rival ao Undi, a forte Estado militarizado do Macanga. 
Ajaua 
  • Este Estado chamou a si, cada vez mais, o comércio do marfim e os Ma rave perderam importância. 


Conclusão
No fim desta abordagem, pudemos concluir que a presença portuguesa nos Estados do Marave influenciou bastante para a decadência deste estado isso no século XVII, foi intensificada pela penetração de uma geração de mercadores no fim do século XVIII, como Gonçalo Caetano Pereira que casou com uma filha do Undi e que, como dote, recebeu terras nesse Estado. O português acabou por formar um Estado rival ao Undi, a forte Estado militarizado do Macanga.
Além disso, várias causas fizeram-se sentir na mesma época que levaram este estado ao fracasso, nomeadamente, temos como causas, as questões internas, marfim: O capital mercantil, os próprios portugueses e os Ajaua.


Bibliografia
  • Telésfero de Jesus Nhapulo
  • História 12ª classe
  • Plural Editores
  • Maputo, 2013



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