Introdução
Introdução. 1
Na Matemática existe uma ciência que visa fornecer subsídios
ao analista para coletar, organizar, resumir, analisar e apresentar dados. Trata
de parâmetros extraídos da população, tais como média ou desvio padrão, Esta
ciência denomina-se Estatística.
Entretanto, a estatística fornece-nos as técnicas para
extrair informação de dados, os quais são muitas vezes incompletos, na medida
em que nos dão informação útil sobre o problema em estudo, sendo assim, é
objetivo da Estatística extrair informação dos dados para obter uma melhor
compreensão das situações que representam.
Estatística. 2
População. 2
Amostra. 2
Sondagem.. 2
Moda. 3
Média. 3
Moda e mediana. 3
Variável Estatistica. 6
Gráficos Estatísticos. 7
Gráfico de Barras horizontal e vertical 8
Gráfico de sectores. 9
Conclusão. 11
Bibliografia. 12
Estatística
População
É o conjunto de métodos especialmente apropriados à coleta, à
apresentação (organização, resumo e descrição), à análise e à interpretação de
dados de observação, tendo como objetivo a compreensão de uma realidade
específica para a tomada da decisão.
População é o conjunto de todos os elementos ou resultados sob investigação. Este conceito contrapõe-se ao de amostra, que é uma parte (subconjunto) da população.
Por exemplo, considere uma pesquisa para estudar a massa de 1000 alunos de uma academia de ginástica. Digamos que são escolhidos 50 indivíduos e que as suas respetivas massas são anotadas. A variável aleatória a ser observada é "massa". A população é formada pelos 1000 alunos e a amostra é formada pelos 50 alunos cujas massas foram medidas. O que se espera é que esta amostra, se adequadamente escolhida, tenha características semelhantes (chamadas deparâmetros) à da população em estudo.
Amostra
Amostra é uma
pequena parte de uma população, que pode ser muito grande, dificultando a
pesquisa. Segundo Marconi e Lakatos “a amostra é uma parcela conveniente
selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo”
Sondagem é um estudo estatístico de uma população, feito através de uma amostra, destinado a estudar uma ou mais das suas
características tal como elas se apresentam nessa população.
Por exemplo:
Se quisermos comparar diversas escolas relativamente ao
sucesso escolar na disciplina de Matemática, realizamos uma sondagem. Se
quisermos averiguar se o método de ensino A é melhor que o método de ensino B
na aprendizagem da Matemática, sendo cada um dos métodos atribuído a grupos
diferentes de alunos, e averiguando depois o sucesso em cada grupo, já não
temos uma sondagem, mas sim uma experimentação.
Moda , é o valor que ocorre com maior frequência num
conjunto de dados, isto é, o valor mais comum.
A moda não é necessariamente única, ao contrário da média ou da mediana. É especialmente útil quando os valores ou
observações não são numéricos, uma vez que a média e a mediana podem não ser
bem definidas.
- Bimodal: possui dois valores modais.
- Amodal: não possui moda.
- Multimodal: possui mais do que dois valores modais.
EXEMPLOS:
A moda de {maçã, banana, laranja,
laranja, laranja, pêssego} é laranja.
A série {1, 3, 5, 5, 6, 6} apresenta
duas modas (BIMODAL): 5 e 6.
A série {1, 3, 2, 5, 8, 7, 9} não
apresenta moda (AMODAL).
A série {1, 3, 5, 5, 6, 6, 7, 7}
apresenta mais do que duas modas (MULTIMODAL): 5, 6 e 7
Em estatística a média é o valor que aponta para onde mais se
concentram os dados de uma distribuição. Pode ser considerada o ponto de
equilíbrio das frequências, num histograma.
Média é um valor
significativo de uma lista de valores. Se todos os números da lista são os
mesmos, então este número será a média dos valores. Caso contrário, um modo
simples de representar os números da lista é escolher de forma aleatória algum
número da lista. Contudo, a palavra 'média' é usualmente reservada para métodos
mais sofisticados. Em último caso, a média é calculada através da combinação de
valores de um conjunto de um modo específico e gerando um valor, a média do
conjunto.
Média aritmética é a forma mais simples de calcular uma
média, mas existem outros métodos, como a mediana (usada quando a distribuição
de valores é mal organizada, com grandes e pequenos valores, como valores de
rendimento).
Moda e mediana

Ao realizar uma pesquisa é aconselhável realizar um
estudo estatístico dos dados apresentados. Através desse estudo podemos tirar
as conclusões necessárias sobre o universo pesquisado. A estatística descritiva
é a parte da estatística responsável por realizar essa análise, apontando
tendências de comportamento das variáveis, criando gráficos e descrevendo as
características dos conjuntos pesquisados.
Numa pesquisa, os dados tendem a se concentrar em torno dos valores centrais.
Esses valores centrais são chamados de medidas de tendência central. São elas:
Média, Moda e Mediana. Iremos abordar e conceituar Moda e Mediana.
Definição de Moda (Mo): é o valor que mais aparece
num conjunto de dados.
Exemplo 1. Os dados abaixo se referem à idade de 20 alunos de uma turma de 6º
ano.
Idade: {12, 11, 12, 13, 12, 11, 13, 12, 12, 11, 14, 13, 13, 12, 11, 12, 13, 14,
11, 14}
A moda desse conjunto de dados será a idade que mais aparece, ou seja:
Mo = 12 (pois é a idade que aparece mais vezes no
conjunto)
Exemplo 2. A tabela abaixo apresenta as notas em matemática de uma turma de 30
alunos.Na coluna da esquerda temos as notas
na disciplina de matemática e na coluna da direita, quantos alunos obtiveram a
respectiva nota. Dessa forma, podemos observar que a nota que mais aparece
nesse conjunto de dados é 7. Portanto, Mo = 7.
Exemplo 3. Os dados abaixo são
referentes ao número dos calçados vendidos em uma loja num determinado dia.
{35, 33, 36, 35, 37, 36, 39, 40, 42,
43, 35, 36, 42}
Nesse caso, existem dois números de
sapatos que aparecem mais vezes: 35 e 36. Logo, a moda pode ser:
Mo = 35 ou Mo = 36
Quando isso ocorre, dizemos que o
conjunto de dados é bimodal.
Definição de Mediana (Md): é o valor (pertencente ou não ao conjunto de
dados) que divide o conjunto de dados em dois subconjuntos de mesmo tamanho. De
uma forma mais simples, é o valor que divide o conjunto de dados ao meio.
Para determinar a mediana de um
conjunto de dados é necessário, primeiro, construir o rol. O rol é a ordenação
do conjunto de dados em ordem crescente ou decrescente.
Considere o conjunto de dados
abaixo, referentes ao salário médio dos funcionários de uma empresa em reais.
Salário: 1500 1300 1200 1250 1600
1100 1450 1210 1980
Observe que nesse conjunto de dados
temos 9 elementos, 9 salários. Primeiro devemos montar o rol:
Rol = {1100, 1200, 1210, 1250, 1300, 1450, 1500, 1600, 1980}
Quando o número de elementos do
conjunto de dados for ímpar, a mediana é o valor que divide o conjunto ao meio,
portanto Md = 1300. Observe que à esquerda e à direita de
1300 existem 4 elementos.
2. Mediana de um conjunto de dados com número de elementos par.
Considere o conjunto de dados
abaixo, referente ao salário médio dos funcionários de uma empresa.
Salário: 1500 1300 1200 1250 1600
1100 1450 1210 1980 1420
Rol = { 1100, 1200, 1210, 1250, 1300, 1420, 1450, 1500, 1600,
1980}
Nesse conjunto existem 10 elementos. Nesse caso a
mediana será a média aritmética dos dois valores centrais. Note que tanto à
direita como à esquerda dos dois valores centrais há 4
elementos. Assim,

Variável Estatistica
Variável é a característica de interesse que é medida em cada elemento da amostra ou população. Como o nome diz, seus valores variam de elemento para elemento. As variáveis podem ter valores numéricos ou não numéricos.
Variáveis podem ser classificadas da seguinte forma:
- Variáveis Quantitativas: são as características
que podem ser medidas em uma escala quantitativa, ou seja, apresentam
valores numéricos que fazem sentido. Podem ser contínuas ou discretas.
1.1.
Variáveis discretas: características mensuráveis que podem assumir apenas um número finito
ou infinito contável de valores e, assim, somente fazem sentido valores
inteiros. Geralmente são o resultado de contagens. Exemplos: número de filhos,
número de bactérias por litro de leite, número de cigarros fumados por dia.
1.2.
Variáveis contínuas, características mensuráveis que assumem valores em uma escala contínua
(na reta real), para as quais valores fracionais fazem sentido. Usualmente
devem ser medidas através de algum instrumento. Exemplos: peso (balança),
altura (régua), tempo (relógio), pressão arterial, idade.
2.
Variáveis Qualitativas (ou categóricas): são as características que não possuem valores quantitativos, mas, ao
contrário, são definidas por várias categorias, ou seja, representam uma
classificação dos indivíduos. Podem ser nominais ou ordinais.
2.1.
Variáveis nominais: não existe ordenação dentre as categorias. Exemplos: sexo, cor dos olhos,
fumante/não fumante, doente/sadio.
2.2.
Variáveis ordinais: existe uma ordenação entre as categorias. Exemplos: escolaridade (1o, 2o,
3o graus), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), mês de
observação (janeiro, fevereiro,..., dezembro).
As distinções são menos rígidas do que a descrição
acima insinua. Uma variável originalmente quantitativa pode ser coletada de
forma qualitativa.
Por exemplo, a variável idade, medida em anos completos, é quantitativa
(contínua); mas, se for informada apenas a faixa etária (0 a 5 anos, 6 a 10
anos, etc...), é qualitativa (ordinal). Outro exemplo é o peso dos lutadores de
boxe, uma variável quantitativa (contínua) se trabalhamos com o valor obtido na
balança, mas qualitativa (ordinal) se o classificarmos nas categorias do boxe
(peso-pena, peso-leve, peso-pesado, etc.).
Outro ponto importante é que nem sempre uma
variável representada por números é quantitativa.
O número do telefone de uma pessoa, o número da casa, o número de sua
identidade. Às vezes o sexo do indivíduo é registrado na planilha de dados como
1 se macho e 2 se fêmea, por exemplo. Isto não significa que a variável sexo
passou a ser quantitativa!
Exemplo do ursos marrons (continuação):
No conjunto de dados ursos marrons, são qualitativas
as variáveis sexo (nominal) e mês da observação (ordinal); são quantitativas
contínuas as demais: idade, comprimento da cabeça, largura da cabeça, perímetro
do pescoço, perímetro do tórax, altura e peso.
Os gráficos constituem uma forma clara e objetiva de apresentar dados estatísticos. A intenção é a de proporcionar aos leitores em geral a compreensão e a veracidade dos fatos. De acordo com a característica da informação precisamos escolher o gráfico correto. Os mais usuais são: gráfico de segmentos, gráfico de barras e gráfico de setores.
Gráfico de Segmento ou gráfico de linhas
Objetivos: simplicidade, clareza e veracidade.
Uma locadora de filmes em DVD registrou o número de locações
no 1º semestre do ano de 2008. Os dados foram expressos em um gráfico de
segmentos.

Gráfico de Barras horizontal e
vertical
Objetivo: representar os dados através de retângulos, com o
intuito de analisar as projeções no período determinado.
O exemplo abaixo mostra o consumo de energia elétrica no
decorrer do ano de 2005 de uma família.


Gráfico de sectores
Objetivos: expressar as informações em uma circunferência fracionada. É um gráfico muito usado na demonstração de dados percentuais.
O gráfico a seguir mostrará a preferência dos clientes de uma locadora quanto ao gênero dos filmes locados durante a semana.
Objetivos: expressar as informações em uma circunferência fracionada. É um gráfico muito usado na demonstração de dados percentuais.
O gráfico a seguir mostrará a preferência dos clientes de uma locadora quanto ao gênero dos filmes locados durante a semana.

A Estatística é uma ferramenta
matemática muito utilizada em vários setores da sociedade, organizando dados de
pesquisas e apresentando informações claras e objetivas. Iremos através de um
exemplo construir uma tabela de frequência absoluta e frequência relativa de
uma variável.
Exemplo
Às pessoas presentes em um evento
automobilístico foi feita a seguinte pergunta: Qual a sua marca de carro
preferida?
Pedro: Ford
|
Bruna: Peugeot
|
Anete: Ford
|
Paulo: Peugeot
|
Célio: Volks
|
Manoel: GM
|
Carlos: GM
|
Fred: Volks
|
Sérgio: Fiat
|
Gilson: GM
|
Rui: Fiat
|
Cláudia: Volks
|
Antônio : Fiat
|
Márcio: Volks
|
Marcelo: GM
|
Ana: Nissan
|
Geraldo: Volks
|
Rita: Ford
|
Pedro: Ford
|
Alicia: Renault
|
Meire: GM
|
Flávio: Peugeot
|
Lia: GM
|
Fabiano: Renault
|
Construindo
uma tabela para melhor dispor os dados:
Marcas
|
Frequência Absoluta (FA)
|
Frequência Relativa (FR)
|
Ford
|
4
|
16,7%
|
Fiat
|
3
|
12,5%
|
GM
|
6
|
25%
|
Nissan
|
1
|
4,2%
|
Peugeot
|
3
|
12,5%
|
Renault
|
2
|
8,3%
|
Volks
|
5
|
20,8%
|
Total
|
24
|
100%
|
Frequência absoluta: quantas vezes
cada marca de automóvel foi citada.
Frequência relativa: é dada em porcentagem. A marca Ford tem frequência relativa 4 em 24 ou 4/24 ou ~0,166 ou 16,66% ou 16,7%.
Frequência relativa: é dada em porcentagem. A marca Ford tem frequência relativa 4 em 24 ou 4/24 ou ~0,166 ou 16,66% ou 16,7%.
Conclusão
Terminada a abordagem, concluiu-se que a importância da estatística pode ser vista através da sua utilização ao
nível do Estado, de organizações sociais e profissionais, do cidadão comum e ao
nível científico.
A Estatística nos dias de hoje é uma ferramenta indispensável
para qualquer profissional que necessita analisar informações em suas tomadas
de decisões diárias, seja no seu trabalho ou na sua vida pessoal. Atualmente, o
ambiente que rodeia as decisões de carácter financeiro ou de gestão tendem a
ser cada vez mais exigentes. Porém a utilização da estatística como suporte
para a tomada de decisões é verificada também no mundo antigo, e indícios de
sua utilização são encontrados até na Era antes de Cristo.
Bibliografia
- BUSSAB, Wilton de O., e MORETTIN, Pedro A. Estatística Básica. 5ª edição. São Paulo: Saraiva, 2002. Página 256.
- PESTANA, Dinis. Introdução à probabilidade e estatística. 2ª Edição, Fundação Calouste Gulbenkian, 2006
- TRIOLA, Mário F. Introdução à Estatística. LTC. 10a edição 2008.
- MILONE, Guiseppe. Estatística Geral e Aplicada. Thomson Pioneira. 498p.1a edição 2003