Índice
Introdução. 1A Independência de Malawi 2
Da Niassalândia ao Malawi 3
Conclusão. 5
Bibliografia
Introdução
A conquista da independência de
Malawi ocorreu enquanto os três territórios que constituem a Federação da
Rodésia e Niassalândia seguiam caminhos diferentes até a proclamação das suas
independências. O estabelecimento de uma democracia multirracial era quase
impossível, mesmo até no seio dos partidos políticos. Entretanto, este trabalho
visa resumir de uma forma inteligente e compreensível “Os Caminhos que o Malawi
Rumo a Sua Independência”.
A Independência de Malawi
O processo de independência do Malawi
iniciou-se com a ação, dentro da federação, de organizações de caráter político
como o Congresso Nacional africano da Niassalândia, fundado em 1944 e
considerado pelas entidades oficiais como o embrião de um partido constituído
por agitadores ressentidos.
Desde cedo, o Congresso Nacional
africano opôs-se energicamente à Federação e teve uma forte influência nos
conselhos indígenas. O ANC recusou-se pra participar nas eleições de 1954 para
o conselho legislativo na Niassalândia. Porém, tendo alguns africanos
participado nas eleições, foram considerados e responsáveis e traidores e foram
expulsos do congresso. Foi neste clima de agitação que surgiu, em 1958, a
figura do Dr. Hastings Kamuzu Banda.
Com a proibição das atividades
políticas do ANC nesse mesmo ano, o advogado Dr. O. Chirwa criou o congresso do
Malawi (malawi congress party - MCP), que só esperava a libertação do Dr. Banda.
Saído da prisão, este mudou radicalmente as formas de luta e levou o seu
partido a participar nas eleições para o conselho legislativo de 1960, nas
quais conquistou a maioria dos lugares. Este facto deu-lhe forças para iniciar conversações
com o governo de Londres. Ao chegar a Londres para conversação Banda Afirmou:
" Venho para receber. Para
receber aquilo que é meu por direito do voto e pelas provas que demos do
poder."
|
Em novembro de 1962, o
governo britânico aceitou conceder a Niassalândia autonomia a partir do ano
seguinte, o que marcou o fim da federação, em 31 de dezembro de 1963. O Malawi
tornou-se um membro inteiramente independente da Commonwealth 6 de junho de
1964, Hastings Kamuzu Banda como seu primeiro-ministro.
Dois anos mais tarde, o Malawi
tornou-se um estado de partido único governado ele MCP e tendo como presidente
eleito Banda. Em 1971, Banda foi reeleito como presidente vitalício, cargo que
ocupou até 1993, quando, em resultado de um referendo, o Malawi se tornou uma
democracia multipartidária.
Da Niassalândia ao Malawi
Devido ao racismo dominante na
federação, o estabelecimento de uma democracia multirracial era quase
impossível, mesmo até no seio dos partidos políticos. Assim, o Congresso
Nacional africano (ANC) com origem final União sul-africana e começou a exercer
influências sobre os nacionalistas da federação, culminando, em 1948, com a
criação do congresso da Rodésia do norte e o congresso da Niassalândia.
Estes dois partidos eram abertamente contra a
Federação, tendo boicotado a participação dos negros na Assembleia Federal
Salisbúria (capital da Federação). O congresso da Niassalândia optou pela estratégia
de confronto, pois acreditava ser a única forma de convencer o governo
britânico de que a independência era aveia a seguir. Este partir do dever de
recorrer a Hastings Kamuzu banda para projetar a sua luta no carro nacional e
internacional.
Banda formou-se em Medicina nos EUA e
trabalhou em Londres durante muito tempo. Como os nacionalistas Niassâlândia,
era contra a Federação; por esse motivo tinha mudado para Acra (Gana), que
havia recentemente alcançado a independência. De lá foi chamado pelos jovens
nacionalistas para presidir ao Congresso da Niassalândia.
Seguiram-se manifestações populares
contra o regime federalista, a que a polícia respondeu com violência,
culminando com vários mortos e a prisão de Banda. Por estas alturas houve uma
mudança de governo na Grã-Bretanha, tendo o partido trabalhista sido
substituído pelos conversadores. O então primeiro-ministro britânico Harold
Macmillan realizou uma viagem por África em 1960, passando por Lagos (Nigéria)
e Salisbúria, e, ao chegar ao Cabo (união Sul Africana), constatou:
«(…)
o despertar da consciência nacional em povos que haviam vivido durante
séculos sob a dependência das potências estrangeiras… hoje produz-se o mesmo
fenómeno em África, e o sentimento mais vivo que adquiri depois de partir de Londres,
há um mês, é o sentimento de vigor desta consciência, este despertar da
consciência nacional africana. O vento de mudança é uma realidade política e
a nossa política nacional deve-a ter em conta.»
Citado por Joseph Ki-Zerbo in História da África Negra, vol. II, col. Biblioteca Universitária,
Mem Martins, Publicações Europa-América, 1991 (adaptado)
|
Nesse ano , a ambiente já estava
calmo na Niassalândia com i banimento do ANC e a prisão de Banda. Porem, foi
criado um novo partido político – o Partido do Congresso do Malawi – por O.
Chirwa (o primeiro advogado negro do país). Ao sair da prisão, Banda passou a
liderar o partido do Congresso do Malawi e mudou a sua estratégia de luta,
optando pelas negociações, tal como foi feito por Jomo Kenyata no Quénia.
Ao abrigo da nova Constituição da
Federação (1960), o partido do Congresso do Malawi conquistou 23 dos 33
assentos do conselho legislativo e 4 dos 5 Lugares não administrativos do
conselho executivo da Niassalândia. Assim, o partido e banda passavam a
controlar o Governo. Em 1963, o Conselho Executivo é transformado num gabinete
sob a direcção do Dr. Banda.
Para se tornar formalmente
independente, restava apenas decidir se a Nissalândia permanência ou não na
Federação. Tal como Ahmed Sekou Touré e o povo da guiné, responderam ao
referendo de 1957, e a resposta de Banda foi negativa. Num seminário convocado pelo
próprio Banda para discutir esta questão, economistas ocidentais e indianos
apresentaram-lhe as vantagens económicas de se manter a Federação. Banda
respondeu o seguinte: «Estamos de acordo com todos os vossos argumentos. Mas
vamos, apesar disso, para a secessão, mesmo se tivermos de voltar a comer
raízes, como os nossos antepassados.» Banda reagiu desta forma, pois o
argumento dos economistas era que, devido à escassez de recursos e à densidade
populacional na Niassalândia, a secessão traria graves problemas
socioeconómicos.
Conclusão
Banda foi o Homem formado em medicina
e viveu longo tempo em Londres, e tendo uma certa influência no meio dos jovens
Nacionalistas malawianos, Banda sempre tomou posições contra a Federação. Foi
convidado a presidir o ANC e organizou protestos contra o regime, acabando por
ser preso em 1959. Mas tendo saído da prisão ele lutou e tornou-se herói de
Malawi.
À 6 de Julho de 1964, a Niassalândia
torou-se independente e mudou de nome para Malawi, que corresponde ao nome da
etnia Maravi, responsável pela fundação do reino Marave, que se localizava na
região do Lago de Niassa, cuja extensão se arrastava pela até grande parte da
região centro do actual território de Moçambique. Banda tornou-se
primeiro-ministro.
Este foi constatado depois de
leituras, compilação e a própria abordagem do tema “Independência de Malawi”.
Bibliografia
- NHAMPURO, Telesfero, CUMBE, Graça, História 11ª classe, Plural Editores, Maputo, 2016
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