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Jogos Olímpicos: conceito, história, origem, mudanças e adaptações, recordes, Platão e Aristóteles, Olimpiadas 2020

Introdução

Considerado o maior evento esportivo do planeta, os Jogos Olímpicos têm como objetivo estimular a competição sadia entre os povos dos cinco continentes. Como já dizia o Barão de Coubertin (Pierre de Coubertin), considerado o fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, “o importante não é vencer, mas competir. E com dignidade”. Portanto, na presente abordagem irá se falar dos Jogos Olímpicos, mais concretamente na era moderna.

Pretende-se ainda abordar neste trabalho, sobre os estudos dos filósofos Platão e Aristóteles, que tiveram grandes destaques pelos seus projectos educacionais.

Índice

  • Introdução. 1
  • Jogos Olímpicos. 2
  • Conceito. 2
  • Pré-modernidade. 2
  • Jogos Olímpicos na era Moderna. 2
  • Recordistas. 3
  • Feitios das Olimpíadas. 3
  • Mudanças e adaptações. 4
  • Atenas: o desporto mais praticado. 4
  • Estudo sobre Platão e Aristóteles. 6
  • Platão: Projecto Educacional 6
  • O aprendizado como reminiscência. 6
  • Estudo permanente. 7
  • ARISTÓTELES: PROJECTO EDUCACIONAL.. 7
  • Imitação, o princípio do aprendizado. 7
  • Contribuições de Aristóteles para a Educação. 8
  • Conclusão. 11
  • Bibliografia. 12

Jogos Olímpicos

Conceito

Olimpíadas ou Jogos Olímpicos são competições de diferentes modalidades esportivas que são realizadas a cada quatro anos, onde participam atletas de todos os continentes do mundo.

O termo no singular – Olimpíada – também costuma ser utilizado para se referir ao hiato de quatro anos existente entre duas edições dos Jogos Olímpicos.

O principal objetivo das Olimpíadas e fomentar a união entre todas as nações do planeta, assim como sugere os Anéis Olímpicos, um dos principais símbolos das Olimpíadas.

Pré-modernidade

De acordo com a mitologia grega, o herói Hércules criou as Olimpíadas por volta de 2.500 a.C., na Grécia antiga, para homenagear o pai dele, Zeus. Contudo, os primeiros registros históricos das Olimpíadas são de 776 a.C., quando os atletas vencedores começaram a ter seus nomes registrados.

Nessa época, os reis de Ilia, de Esparta e de Pissa aliaram-se para que, durante os jogos, houvesse trégua sagrada em toda a Grécia. A aliança foi realizada no templo de Hera, localizado no santuário de Olímpia. Essa é a origem do termo “Olimpíadas”.

Jogos Olímpicos na era Moderna

Os primeiros jogos olímpicos da era moderna foram realizados em Atenas, em 1896, participaram destes jogos 285 atletas de 14 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.

Ao final do século XIX, o Barão de Coubertin teve a ideia de reinventar os Jogos Olímpicos da Antiguidade, em uma nova versão que permitia a participação de atletas de todo o mundo; os Jogos anteriores permitiam que apenas atletas do sexo masculino de origem grega participassem das competições. Inspirado nos ideais dos gregos, ele acreditava que a educação física era um fator determinante na educação moral. O educador francês viu na realização da competição uma forma de propagar esta filosofia pelo mundo.

Em 1924, foram criados também os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados a cada quatro anos, no mesmo ano dos Jogos Olímpicos tradicionais. De 1994 para cá, passaram a acontecer de forma alternada. Outra importante inovação foi o surgimento dos Jogos Paralímpicos, em que competem atletas com necessidades especiais. Desde então, outras 12 edições do evento foram realizadas - a mais recente em Pequim 2008. Atualmente, há também os Jogos Paralímpicos de Inverno, a primeira edição do evento aconteceu em 1976, na Suécia.

Um ano após Atenas, foi realizado um congresso para decidir sobre o futuro dos jogos. A maioria dos presentes preferia mantê-los permanentemente em Atenas, mas Coubertin fez prevalecer sua idéia de variar o país-sede. A cidade de Paris, então, foi escolhida para sediar os Jogos de 1900. O número de países participantes aumentou para 21, e desta vez participaram 11 mulheres. O número de provas aumentou, e com o desenvolvimento dos Jogos, a cada ano eram acrescidas novas provas, às vezes algumas eram abandonadas.

Um Hino Olímpico, composto por Spiros Samaras (música) e Kostis Palamas (letras), foi executado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de 1896. Nos Jogos seguintes, uma série de canções embalaram as cerimônias até os Jogos de 1960, edição na qual a composição de Samaras/Palamas tornou-se o Hino Olímpico Oficial em decisão tomada na Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de 1958.

Recordistas

O maior recordista da história dos jogos olímpicos é o nadador norte-americano Michael Phelps, com 21 medalhas (18 de ouro, 2 de prata e 2 de bronze). Já a mulher com mais medalhas é a ginasta ucraniana Larissa Latynia. Ao todo são 18, sendo 9 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze.

Feitios das Olimpíadas
  • 1908, em Londres: nesse ano, os atletas passaram a entrar de forma organizada na cerimônia de abertura. Essa também foi a olimpíada mais longa da história, de 27 de abril a 31 de outubro;
  • 1913: a bandeira olímpica é criada pelo Barão de Coubertin;
  • 1920, em Antuérpia, na Bélgica:
→ a bandeira é hasteada pela primeira vez;
→ com 72 anos, Oscar Swahn é o atleta que ganhou uma medalha com mais idade na história das olimpíadas;
→ Guilherme Paranaense, atleta do tiro, conquista a primeira medalha de ouro do Brasil.
  • 1928, Amsterdã, na Holanda: o fogo olímpico é usado pela primeira vez;
  • 1932, Los Angeles, Estados Unidos:
→ o hino dos países dos atletas vencedores começou a ser tocado no momento da entrega das medalhas;
→ nessa edição também tivemos a primeira mulher brasileira a participar de uma Olimpíada, a nadadora Maria Lenk.
  • 1948, em Londres: as provas de natação passaram a ser realizadas em piscinas;
  • 1964, em Tóquio: as olimpíadas passaram a ser transmitidas via satélite pela televisão;
  • 1976, em Montreal: o Canadá é o único país-sede que não ganhou medalhas de ouro.

Mudanças e adaptações

Após o sucesso dos Jogos de 1896, os Jogos Olímpicos entraram num período de estagnação que ameaçava a sua sobrevivência. Os Jogos Olímpicos, realizados na exposição mundial de Paris em 1900, e de St. Louis em 1904 ficaram em segundo plano. Os Jogos de Paris não tiveram um estádio olímpico. Os Jogos de St. Louis receberam 650 atletas, porém 580 eram dos Estados Unidos. A pouca participação estrangeira, o pouco interesse do público (apenas duas mil pessoas acompanharam as provas em St. Louis), revelavam desinteresse pela competição. Os Jogos se recuperaram quando os Jogos Olímpicos Intercalados de 1906 (assim chamados porque foram os segundos Jogos realizados sem a terceira Olimpíada) foram realizados em Atenas. Estes Jogos não são reconhecidos oficialmente pelo COI e não foram mais realizados desde então. Estes Jogos foram sediados no estádio Panathinaiko em Atenas e atraíram uma vasta gama de participantes internacionais, o que gerou grande interesse público. Isto marcou o início de uma ascensão em popularidade e tamanho das Olimpíadas.

Atenas: o desporto mais praticado

As Olimpíadas possuíam uma grande importância para os gregos, pois possuía caráter religioso, político e esportivo. Primeiramente era uma forma de homenagem aos deuses, principalmente Zeus (deus dos deuses). Era também um momento importante na busca pela harmonia entre as cidades-estados. Servia também como um evento de valorização da saúde e do corpo saudável.

- Na Grécia Antiga, os Jogos Olímpicos eram, geralmente, realizados em cinco dias. No primeiro dia ocorria uma espécie de cerimônia de abertura com músicas e juramento dos atletas. No segundo dia ocorriam as competições de pentatlo e provas a cavalo. O terceiro dia era destinado a uma festa (banquete com carne) aos atletas, árbitros e pessoas da aristocracia grega. No quarto dia ocorriam as provas de corrida, boxe, luta e pancrácio (luta corporal sem armas). A cerimônia de encerramento ocorria no quinto dia com a premiação dos atletas vencedores.

1. O Olimpismo é uma filosofia de vida que exalta e combina de forma equilibrada as qualidades do corpo, da vontade e do espírito. Aliando o desporto à cultura e educação, o Olimpismo é criador de um estilo de vida fundado no prazer do esforço, no valor educativo do bom exemplo e no respeito pelos princípios éticos fundamentais universais.

2. O objectivo do Olimpismo é o de colocar o desporto ao serviço do desenvolvimento harmonioso do Homem em vista de promover uma sociedade pacífica preocupada com a preservação da dignidade humana.

3. O Movimento Olímpico é́ a acção, concertada, organizada, universal e permanente, de todos os indivíduos e entidades que são inspirados pelos valores do Olimpismo, sob a autoridade suprema do COI. Estende-se aos cinco continentes e atinge o seu auge com a reunião de atletas de todo o mundo no grande festival desportivo que são os Jogos Olímpicos. O seu símbolo é constituído por cinco anéis entrelaçados.

4. A prática do desporto é um direito do homem. Todo e qualquer indivíduo deve ter a possibilidade de praticar desporto, sem qualquer forma de discriminação e de acordo com o espírito Olímpico, o qual requer o entendimento mútuo, o espírito de amizade, de solidariedade e de fair play. A organização, administração e gestão do desporto devem ser controladas por organizações desportivas independentes.

5. Toda a forma de descriminação relativamente a um país ou a uma pessoa com base na raça, religião, política, sexo ou outra é incompatível com a pertença ao Movimento Olímpico.

6. Pertencer ao Movimento Olímpico exige o respeito da Carta Olímpica e o reconhecimento pelo COI.

Jogos Olímpicos de Verão de 2020

Jogos Olímpicos de Verão de 2020, conhecidos oficialmente como os Jogos da XXXII Olimpíada, mais comumente Tóquio 2020, são um evento multiesportivo realizado durante o verão de 2021 por causa da pandemia do Covid-19, na região metropolitana de Tóquio, Japão. A escolha da sede foi feita durante a 125ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, que aconteceu em Buenos Aires, Argentina, em 7 de setembro de 2013.

A região metropolitana de Tóquio sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 1964, Assim, será a primeira cidade a sediar os Jogos Olímpicos duas vezes na Ásia. Além disso, esta será a quarta edição dos Jogos a serem realizados no Japão. Juntamente com os Jogos de Verão de 1964, o Japão já sediou duas vezes os Jogos Olímpicos de Inverno. A primeira vez foi Sapporo 1972 e a segunda vez foi Nagano 1998.

Os Jogos de 2020 serão a segunda edição de três edições consecutivas no Extremo Oriente, seguindo os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 em Pyeongchang, Coreia do Sul, e posteriormente a esta edição os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, serão realizados em Pequim, capital da República Popular da China. Os Jogos Olímpicos de 2020, serão a oitava vez que os Jogos serão realizados na região da Ásia-Pacífico.
Os Jogos estavam marcados para o período de 24 de julho a 9 de agosto de 2020, com os primeiros eventos marcados para terem início no dia 22 de julho. Porém, em 24 de março de 2020, os jogos foram adiados para o verão de 2021, como um dos principais efeitos da Pandemia de COVID-19. Este adiamento também afetou as datas dos Jogos Paralímpicos, que também foram adiados para o verão de 2021 (esta será a primeira vez na história que um evento olímpico foi adiado e que também ocorrerá em um ano ímpar, ou seja, fora do ciclo olímpico). Porém mesmo com o adiamento, os Jogos terão seu nome e a sua marca mantidos. Em 30 de março de 2020, foram definidas as novas datas: 23 de julho a 8 de agosto de 2021.

Estudo sobre Platão e Aristóteles

PLATÃO: PROJECTO EDUCACIONAL

Baseado na idéia de que os cidadãos que têm o espírito cultivado fortalecem o Estado e que os melhores entre eles serão os governantes, o filósofo defendia que toda educação era de responsabilidade estatal - um princípio que só se difundiria no Ocidente muitos séculos depois. Igualmente avançada, quase visionária, era a defesa da mesma instrução para meninos e meninas e do acesso universal ao ensino.

Contudo, Platão era um opositor da democracia - há estudiosos que o consideram um dos primeiros idealizadores do totalitarismo. O filósofo via no sistema democrático que vigorava na Atenas de seu tempo uma estrutura que concedia poder a pessoas despreparadas para governar. Quando Sócrates, que considerava "o mais sábio e o mais justo dos homens", foi condenado à morte sob acusação de corromper a juventude, Platão convenceu-se, de uma vez por todas, de que a democracia precisava ser substituída.

Para ele, o poder deveria ser exercido por uma espécie de aristocracia, mas não constituída pelos mais ricos ou por uma nobreza hereditária. Os governantes tinham de ser definidos pela sabedoria. Os reis deveriam ser filósofos e vice-versa. "Como pode uma sociedade ser salva, ou ser forte, se não tiver à frente seus homens mais sábios?", escreveu Platão.

O aprendizado como reminiscência

Platão defendia a idéia de que a alma precede o corpo e que, antes de encarnar, tem acesso ao conhecimento. Dessa forma, todo aprendizado não passaria de um esforço de reminiscência - um dos princípios centrais do pensamento do filósofo. Com base nessa teoria, que não encontra eco na ciência contemporânea, Platão defendia uma idéia que, paradoxalmente, sustenta grande parte da pedagogia atual: não é possível ou desejável transmitir conhecimentos aos alunos, mas, antes, levá-los a procurar respostas, eles mesmos, a suas inquietações. Por isso, o filósofo rejeitava métodos de ensino autoritários.

Ele acreditava que se deveria deixar os estudantes, sobretudo as crianças, à vontade para que pudessem se desenvolver livremente. Nesse ponto, a pedagogia de Platão se aproxima de sua filosofia, em que a busca da verdade é mais importante do que dogmas incontestáveis.

O processo dialético platônico - pelo qual, ao longo do debate de idéias, depuram-se o pensamento e os dilemas morais - também se relaciona com a procura de respostas durante o aprendizado. "Platão é do mais alto interesse para todos que compreendem a educação como uma exigência de que cada um, professor ou aluno, pense sobre o próprio pensar", diz o professor Sardi.

Estudo permanente

A educação, segundo a concepção platônica, visava a testar as aptidões dos alunos para que apenas os mais inclinados ao conhecimento recebessem a formação completa para ser governantes. Essa era a finalidade do sistema educacional planejado pelo filósofo, que pregava a renúncia do indivíduo em favor da comunidade. O processo deveria ser longo, porque Platão acreditava que o talento e o gênio só se revelam aos poucos.

A formação dos cidadãos começaria antes mesmo do nascimento, pelo planejamento eugênico da procriação. As crianças deveriam ser tiradas dos pais e enviadas para o campo, uma vez que Platão considerava corruptora a influência dos mais velhos. Até os 10 anos, a educação seria predominantemente física e constituída de brincadeiras e esporte. A idéia era criar uma reserva de saúde para toda a vida. Em seguida, começaria a etapa da educação musical (abrangendo música e poesia), para se aprender harmonia e ritmo, saberes que criariam uma propensão à justiça, e para dar forma sincopada e atrativa a conteúdos de Matemática, História e Ciência. Depois dos 16 anos, à música se somariam os exercícios físicos, com o objetivo de equilibrar força muscular e aprimoramento do espírito.

Aos 20 anos, os jovens seriam submetidos a um teste para saber que carreira deveriam abraçar. Os aprovados receberiam, então, mais dez anos de instrução e treinamento para o corpo, a mente e o caráter. No teste que se seguiria, os reprovados se encaminhariam para a carreira militar e os aprovados para a filosofia - neste caso, os objetivos dos estudos seriam pensar com clareza e governar com sabedoria. Aos 35 anos, terminaria a preparação dos reis-filósofos. Mas ainda estavam previstos mais 15 de vida em sociedade, testando os conhecimentos entre os homens comuns e trabalhando para se sustentar. Somente os que fossem bem-sucedidos se tornariam governantes ou "guardiães do Estado".


ARISTÓTELES: PROJECTO EDUCACIONAL

Imitação, o princípio do aprendizado

Aristóteles não era, como Platão, um crítico da sociedade e da democracia de Atenas. Ao contrário, considerava a família, como se constituía na época, o núcleo inicial da organização das cidades e a primeira instância da educação das crianças. Atribuía, no entanto, aos governantes e aos legisladores o dever de regular e vigiar o funcionamento das famílias para garantir que as crianças crescessem com saúde e obrigações cívicas. Por isso, o Estado deveria também ser o único responsável pelo ensino.

Na escola, o princípio do aprendizado seria a imitação. Segundo ele, os bons hábitos se formavam nas crianças pelo exemplo dos adultos. Quanto ao conteúdo dos estudos, Aristóteles via com desconfiança o saber "útil", uma vez que cabia aos escravos exercer a maioria dos ofícios, considerados indignos dos homens livres.

Contribuições de Aristóteles para a Educação

1) Observação Empírica - Filósofo que sistematizou a lógica, Aristóteles definiu as formas de inferência que são válidas e as que não são, além de nomeá-las.

De acordo com o filósofo, determinar uma verdade comum a todos os componentes de um grupo de coisas é a condição para conceber um sistema teórico. Para a construção de tal conhecimento, Aristóteles não se satisfez com a dialética de Platão, segundo a qual o caminho para chegar à verdade era a depuração dos argumentos e pontos de vista por intermédio do diálogo.

Aristóteles quis criar um método mais seguro e desenvolveu o sistema que ficou conhecido como silogismo. Ele consiste de três proposições – duas premissas e uma conclusão que, para ser válida, necessariamente decorre das duas anteriores, sem que haja outra opção. Exemplo clássico de silogismo é o seguinte:
  • Todos os homens são mortais.
  • Sócrates é homem.
  • Portanto, Sócrates é mortal.
Isso não basta, porém, para que a lógica se torne ciência. Um silogismo precisa partir de verdades, como as contidas nas duas proposições iniciais. Elas não se sujeitam a um raciocínio que as demonstre. Demonstram-se a si mesmas na realidade e são chamadas de axiomas. A observação empírica – isto é, a experiência do real – ganha, assim, papel central na concepção de ciência de Aristóteles, em contraste com o pensamento de Platão.
2) As quatro causas - Para Aristóteles uma coisa é o que é devido à sua forma. Como, porém, o filósofo entende essa expressão? Ele compreende a forma como a explicação da coisa, a causa de algo ser aquilo que é. Na verdade, Aristóteles distingue a existência de quatro causas diferentes e complementares:
  • Causa material: de que a coisa é feita?
  • Causa eficiente: o que ou quem fez a coisa?
  • Causa formal: como é a coisa?
  • Causa final: para o que a coisa é feita?

3) Ética e política - No campo da ética, segundo Aristóteles, todos nós queremos ser felizes no sentido mais pleno dessa palavra. Para obter a felicidade, devemos desenvolver e exercer nossas capacidades no interior do convívio social.

Aristóteles acredita que a autoindulgência e a autoconfiança exageradas criam conflitos com os outros e prejudicam nosso caráter. Contudo, inibir esses sentimentos também seria prejudicial. Vem daí sua célebre doutrina do justo meio, pela qual a virtude é um ponto intermediário entre dois extremos, os quais, por sua vez, constituem vícios ou defeitos de caráter.

4) O papel da razão (Nada está no intelecto antes de ter passado pelos sentidos.) - Nossos pensamentos não surgem do contato de nossa alma com o mundo das ideias, mas da experiência sensível. "Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos", dizia o filósofo.

Conhecer é perceber o que acontece sempre ou frequentemente. As coisas que acontecem de modo esporádico ou ao acaso, como o fato de uma pessoa ser baixa ou alta, ter cabelos castanhos ou escuros, nada disso é essencial. Aristóteles chama essas características de acidentes.

Mas como nós fazemos para conhecer a definição de algo e separar a essência dos acidentes? Aí está o papel da razão.

A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo critérios. Observando os insetos, percebo que eles são muito diferentes uns dos outros, mas será que existe algo que todos tenham em comum que me permita classificar uma barata, um besouro ou um gafanhoto como insetos? Sim, há: todos têm seis pernas. Se abstrairmos mais um pouco, perceberemos que os insetos são animais, como os peixes, as aves...

Os erros do mestre - As teorias erradas mais lembradas de Aristóteles são seu modelo cosmológico geocêntrico, que propunha que o Sol e as estrelas giravam em torno da Terra, que seria o centro do universo. A teoria está errada, claro, já que é a Terra que gira em torno do Sol, não o contrário. Nosso planeta é um corpo celeste modesto demais para pretendermos que seja o centro do universo.

Mas apesar de errada, era uma ideia bastante sofisticada para a época, quando a maioria dos povos ainda acreditava nas versões mitológicas sobre o tema, principalmente considerando que Aristóteles não dispunha de telescópios ou qualquer outro instrumental técnico para desenvolver seu modelo.

O filósofo também errou quando defendeu sua versão da teoria da abiogênese, que dizia que os seres vivos podiam ser gerados pela matéria bruta, como uma pedra deixada na água se transformar em um peixe. Outro furo, mas esta crença só foi abolida definitivamente por Louis Pasteur, no século 19.

Só que a contribuição inestimável de Aristóteles ao método científico suplanta em muito seus erros como pesquisador e teórico. Seu legado de conhecimento obtido pela observação, método e lógica seguem desde a antiga Grécia como fundamentos indispensáveis da boa ciência.

Conclusão

Terminado trabalho, concluiu-se que os Jogos Olímpicos são sem dúvida os representantes máximos do desporto na actualidade, sendo o evento mais significativo e que reúne atletas de todas as partes do mundo para realizar suas apresentações em diferentes modalidades, tanto individuais como em grupo.

Quando foram celebrados os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, se pretendia apenas realizar um evento que reunisse algumas centenas de pessoas que praticavam o desporto como atividade de tempo. Mal sabia o Barão de Coubertin que a competição iria se transformar em um dos principais eventos culturais do planeta, ultrapassando, sem dúvida, os limites do desporto.

Os Jogos Olímpicos podem proporcionar um significativo avanço econômico para a cidade e o país-sede do evento. Embora o fato de se candidatar ao megaevento exija uma série de responsabilidades, principalmente em relação à infraestrutura das cidades-candidatas, os benefícios econômicos gerados pelos jogos são bem maiores do que os próprios investimentos para sua realização.

Importa acrescedntar também que na história das ideias, o grego Platão (427-347 a.C.) foi o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um sistema educacional para o seu tempo mas, principalmente, por tê-lo integrado a uma dimensão ética e política. O objetivo final da educação, para o filósofo, era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo. Outro que merce destaque pelo seu projecto educacional foi o Aristóteles.

Bibliografia

  • CAPORALINI, José Beluci. O projeto pedagógico socrático. Acta Académica. Nº 44, mayo 2009
  • JAEGER, Werner. Paideia: a formação do homem grego. Trad. Artur M. Parreira. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
  • PLATÃO. República. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1965. 2 vols.
  • PLATÃO. XENOFONTE. ARISTÓFANES. Defesa de Sócrates. Ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Apologia. São Paulo: Nova Cultural, 1991.
  • SILVA, Sinicley et. al. O Bem como Finalidade da Educação em Platão. II Seminário Nacional de Filosofia e Educação. UFSM. Santa Maria/RS, setembro de 2006.
  • PEREIRA, Beatriz Quaglia. A Educação Segundo Platão: Uma Discussão sobre Processos de Aprender e Ensinar a Virtude. VI EDUCERE - Congresso Nacional de Educação da PUCPR. Curitiba, 2006.
  • Escola de Moz

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Jogos Olímpicos: conceito, história, origem, mudanças e adaptações, recordes, Platão e Aristóteles, Olimpiadas 2020

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