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Saúde e Nutrição: definição, determinantes, tipos, importância, vitaminas, moçambique

Nutrição é um processo biológico em que os organismos (animais, fungos, vegetais e microor-ganismos), utilizando-se de alimentos, assimilam nutrientes para a realização de suas funções vitais.

Índice
Introdução. 1
Saúde e Nutrição. 2
Saúde. 2
Determinantes da saúde. 3
Nutrição. 4
Nutrição Oral 4
Tipos de Nutrição. 5
A diferença entre Nutrição Heterotrófica e Nutrição Autotrófica. 6
Importância de ter boa Saúde e Nutrição. 7
Classes de Alimentos. 8
Vitaminas. 8
Saúde e Nutrição em Moçambique. 9
Nutrição Infantil em Moçambique. 10
Conclusão. 11
Bibliografia. 12



Introdução
Neste presente trabalho irá falar-se de saúde e nutrição. A definição de saúde possui implicações legais, sociais e económicas dos estados de saúde e doença; sem dúvida, a definição mais difundida é a encontrada no preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da Saúde: saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Por sua vez, Nutrição é o processo de fornecimento aos organismos animais e vegetais dos nutrientes necessários para a vida. É também a ciência que investiga as relações entre o alimento ingerido pelo homem e as doenças, buscando o bem-estar e a preservação da saúde humana.

Saúde e Nutrição
Saúde
Quando a Organização Mundial da Saúde foi criada, pouco após o fim da Segunda Guerra Mundial, havia uma preocupação em traçar uma definição positiva de saúde, que incluiria fatores como alimentação, atividade física, acesso ao sistema de saúde e etc. O "bem-estar social" da definição veio de uma preocupação com a devastação causada pela guerra, assim como de um otimismo em relação à paz mundial — a Guerra Fria ainda não tinha começado. A OMS foi ainda a primeira organização internacional de saúde a considerar-se responsável pela saúde mental, e não apenas pela saúde do corpo.
A definição adotada pela OMS tem sido alvo de inúmeras críticas desde então. Definir a saúde como um estado de completo bem-estar faz com que a saúde seja algo ideal, inatingível, e assim a definição não pode ser usada como meta pelos serviços de saúde. Alguns afirmam ainda que a definição teria possibilitado uma medicalização da existência humana, assim como abusos por parte do Estado a título de promoção de saúde.

Por outro lado, a definição utópica de saúde é útil como um horizonte para os serviços de saúde por estimular a priorização das ações. A definição pouco restritiva dá liberdade necessária para ações em todos os níveis da organização social.

Christopher Boorse definiu em 1977 a saúde como a simples ausência de doença; pretendia apresentar uma definição "naturalista". Em 1981, Leon Kass questionou que o bem-estar mental fosse parte do campo da saúde; sua definição de saúde foi: "o bem-funcionar de um organismo como um todo", ou ainda "uma actividade do organismo vivo de acordo com suas excelências específicas." Lennart Nordenfelt definiu em 2001 a saúde como um estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as circunstâncias.

A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva emocional ou a ausência de uma doença mental. Na perspectiva da psicologia positiva ou do holismo, a saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as actividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição bem clara sobre o que e a saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjectivos, e teorias relacionadas concorrentes afectam o modo como a "saúde mental" é definida.

Determinantes da saúde
O relatório Lalonde sugere que existem quatro determinantes gerais de saúde, incluindo biologia humana, ambiente, estilo de vida e assistência médica. Assim, a saúde é mantida e melhorada, não só através da promoção e aplicação da ciência da saúde, mas também através dos esforços e opções de vida inteligentes do indivíduo e da sociedade.

O Alameda County Study analisa a relação entre estilo de vida e saúde. Descobriu que as pessoas podem melhorar sua saúde através de exercício, sono suficiente, mantendo um peso saudável, limitando o uso de álcool e evitando fumar.

Um dos principais factores ambientais que afetam a saúde é a qualidade da água, especialmente para a saúde dos lactentes e das crianças em países em desenvolvimento.

Estudos mostram que em países desenvolvidos, a falta de espaços de lazer no bairro que inclua o ambiente natural conduz a níveis mais baixos de satisfação nesses bairros e níveis mais elevados de obesidade e, portanto, menor bem-estar geral. Por isso, os benefícios psicológicos positivos do espaço natural em aglomerações urbanas devem ser levados em conta nas políticas públicas e de uso da terra.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os principais determinantes da saúde incluem o ambiente social e econômico, o ambiente físico e as características e comportamentos individuais da pessoa. Em geral, o contexto em que um indivíduo vive é de grande importância na sua qualidade de vida e em seu estado de saúde. O ambiente social e econômico são fatores essenciais na determinação do estado de saúde dos indivíduos dado o fato de que altos níveis educacionais estão relacionados com um alto padrão de vida, bem como uma maior renda. Geralmente, as pessoas que terminam o ensino superior têm maior probabilidade de conseguir um emprego melhor e, portanto, são menos propensas ao estresse em comparação com indivíduos com baixa escolaridade.

O ambiente físico é talvez o fator mais importante que deve ser considerado na classificação do estado de saúde de um indivíduo. Isso inclui fatores como água e ar limpo, casas, comunidades e estradas seguras, todos contribuindo para a boa saúde.

A percepção de saúde varia muito entre as diferentes culturas, assim quanto as crenças sobre o que traz ou retira a saúde.

A OMS define ainda a Engenharia sanitária como sendo um conjunto de tecnologias que promovem o bem-estar físico, mental e social. Sabe-se que sem o saneamento básico (sistemas de água, de esgotos sanitários e de limpeza urbana) a saúde pública fica completamente prejudicada.

A OMS reconhece ainda que a cada unidade monetária (dólar, euro, real, etc.) dispendida em saneamento economiza-se cerca de quatro a cinco unidades em sistemas de saúde (postos, hospitais, tratamentos, etc.) e que cerca de 80% das doenças mundiais são causadas por falta de água potável suficiente para atender as populações necessitadas.
Nutrição
Nutrição é um processo biológico em que os organismos (animais, fungos, vegetais e microorganismos), utilizando-se de alimentos, assimilam nutrientes para a realização de suas funções vitais.

Devido sua importância à sobrevivência de qualquer ser vivo, a nutrição faz parte do aprendizado durante grande parte do período de estudo básico e em nível secundário, assim como em muitos cursos de nível de graduação e pós-graduação, em áreas como medicina, enfermagem, biomedicina, farmácia, biologia, agronomia, zootecnia e nutrição entre outras.

No domínio da saúde e medicina (e também veterinária), a nutrição é o estudo das relações entre os alimentos ingeridos e doença ou o bem-estar do homem ou dos animais. Nutrição humana: Estudo dos costumes alimentares.

Nutrição Oral
A nutrição pode ser feita por via oral, ou seja, pela maneira natural do processo de alimentação, ou por um modo especial. No modo especial temos a nutrição enteral e a nutrição parenteral. A primeira ocorre quando o alimento é colocado diretamente em uma área do tubo digestivo (geralmente o estômago ou o jejuno) através de sondas que podem entrar pela narina ou boca ou por um orifício feito por cirurgia diretamente no abdômen do paciente, juntamente com outro orifício gastro-intestinal usado no processo digestivo. A nutrição parenteral é a que é feita quando o paciente é alimentado com preparados para administração diretamente na veia, não passando pelo tubo digestivo (como o soro nas veias, quando se está impossibilitado de ingerir alimentos via oral).

A boa nutrição depende de uma dieta regular e equilibrada - ou seja, é preciso fornecer às células do corpo não só a quantidade como também a variedade adequada de nutrientes importantes para seu bom funcionamento. Os guias alimentares mais conhecidos são as pirâmides alimentares.

Todo ser vivo precisa se alimentar para sobreviver e se reproduzir. Mas, na espécie humana, a imensa capacidade de se adaptar a vários tipos de alimento - que faz do Homo sapiens a espécie de hábitos alimentares mais diversificados do planeta - foi fundamental para a sua evolução. Estudos indicam que um dos principais fatores que levaram nossos ancestrais a se distanciar da linhagem de seus parentes primatas foi a capacidade de se adaptar ao cardápio de diversos ambientes. Algumas teorias propõem, ainda, que o excepcional crescimento do nosso cérebro só se tornou possível graças à inclusão na dieta humana de alimentos protéicos e energéticos- particularmente, a carne. O uso do fogo também contribuiu para a evolução da espécie. Cozidos, os alimentos ficam mais fáceis de ser digeridos e, por consequência, a absorção dos nutrientes é maior.

A agricultura e a pecuária, iniciadas há cerca de 10 mil anos, aumentaram o poder do homem sobre a própria nutrição. Desde então, a descoberta dos condimentos, a adoção de técnicas para aumentar a produtividade agropecuária e o desenvolvimento de tecnologias de industrialização foram abrindo novas possibilidades de nutrição. Hoje, mesmo com a globalização e as facilidades de intercâmbio entre nações, cada povo guarda suas peculiaridades culinárias, segundo a disponibilidade dos ingredientes encontrados na região, mas também de acordo com seu modo de vida.
Tipos de Nutrição
Os dois tipos de nutrição são: Nutrição Heterotrófica e Nutrição Autotrófica.

Nutrição Heterotrófica
Nutrição heterotrófica (ou heterótrofa apenas) é quando um organismo só consegue substâncias nutrientes e energia a partir de matéria orgânica produzida por outros seres vivos. Ou seja, não produzem sua própria comida.

Fungos e animais, por exemplo, são animas de nutrição heterotrófica, pois dependem do que outros seres vivos produzem. Já plantas e algas tem nutrição autotrófica pois são fotossintetizantes, ou seja, produzem seu próprio alimento.

Nutrição Autotrófica
De acordo com a ciência, autotrofismo (ou nutrição autotrófica) é definido como a capacidade do ser vivo de sintetizar seu próprio alimento a partir de material inorgânico, praticada por um de dois mecanismos fundamentais: a fotossíntese ou a quimiossíntese.

No caso da fotossíntese, o organismo é capaz de realizar a síntese de material orgânico a partir de substâncias inorgânicas graças à energia obtida da luz. Para alcançar esse objetivo, a célula é provida de estruturas contendo clorofila, substâncias que tem a propriedade de reter um pequeno percentual da energia contida na descarga de prótons das radiações luminosas que incidem sobre sua molécula. Acredita-se que aproximadamente 3% da energia da luz que incide sobre uma planta é retida pela clorofila dos seus cloroplastos e aproveitada para ativar as reações químicas que resultarão na produção de glicose.

Na ausência da clorofila, não haveria a retenção de um quantum de energia da luz. Sem esse quantum de energia, não haveria reações de combinação do CO2 com a água. Consequentemente, não haveria a síntese de matéria orgânica.

As parcas bactérias que realizam a fotossíntese não possuem clorofila. Estas são dotadas de pigmentos denominados bacterioclorofilas, de composição distinta, mas que procedem também retendo uma determinada quantidade de energia da radiação luminosa. Contudo, nas bactérias, a reação não ocorre entre o CO2 e o H2O, mas sim entre o CO2e o hidrogênio livre (gasoso) ou entre compostos inorgânicos, como o H2S (sulfeto de hidrogênio), nunca, entretanto, com a água. Por esse motivo, a fotossíntese, nas bactérias, não termina com o desprendimento de oxigênio livre para a atmosfera, como acontece com a fotossíntese realizada pelas plantas em geral.

A outra forma opcional de realizar o autotrofismo é por meio da quimiossíntese. O autotrofismo quimiossintético é observado, na natureza, com alguns grupos especiais de bactérias, como as sulfobactérias, as nitrobactérias e as ferrobactérias. Esses microrganismos promovem reações oxidativas que liberam energia e, a partir dessa energia, eles conseguem desencadear a combinação do CO2 com a água, formando a glicose.

As sulfobactérias, por exemplo, oxidam o sulfeto de hidrogênio (H2S ou gás sulfídrico) obtendo a energia que necessitam para a segunda reação, que é realmente a reação de síntese de compostos orgânicos.

Portanto, a quimiossíntese diferencia-se da fotossíntese somente por um detalhe: a síntese de glicose é feita a partir da combinação de CO2 e água com a utilização da energia de reações de oxidação e não da energia da luz.

A diferença entre Nutrição Heterotrófica e Nutrição Autotrófica
Autotróficos são organismos capazes de produzir seu próprio alimento por meio da fotossíntese ou quimiossíntese.
Exemplo: plantas enquanto que Heterotróficos são organismos que se alimentam de outros seres vivos.
Exemplo: animais.

Importância de ter boa Saúde e Nutrição
“Nós somos o que comemos”. Esta frase representa, com toda a certeza a importância que a nutrição possui na nossa existência, na manutenção da nossa saúde e na preservação da nossa qualidade de vida.

Independentemente dos gostos alimentares a que fomos habituados ou daquilo que aprendemos a gostar, existem na natureza inúmeras opções para que consigamos ter uma dieta equilibrada, saudável, racional, ambientalmente adequada e sustentável, e, sobretudo, variada.

O nutricionismo estuda o modo como os diversos alimentos desempenham um papel essencial no nosso bem-estar, na manutenção de um estado saudável ou na prevenção ou mitigação de problemas de saúde, devidos a excessos ou a falta de nutrientes, fruto de más opções no que respeita aos alimentos que se ingerem e ao modo como são preparados, bem como às quantidades e frequência com que se consome.

Além disso, o nutricionista costuma prevenir-nos e dar-nos pistas para evitarmos a obesidade, dando também informações sobre os diversos alimentos que se agrupam em categorias amplas, sendo que a mensagem a reter é a de que nenhum alimento é proibido, mas que muitos têm de ser consumidos com grande moderação.

No caso de outros alimentos, por sua vez, esses devem fazer parte integrante de praticamente todas as refeições, pois contêm elementos constituintes que são estruturadores de uma boa saúde e, por extensão, da manutenção da mesma.

São substâncias contidas nos alimentos que fornecem energia para o funcionamento do corpo humano. Podemos dividir em macronutrientes e micronutrientes. Os macronutrientes são os carboidratos, proteínas e lipídeos e os micronutrientes são as vitaminas e mineirais.

Os carboidratos fornecem a energia necessária para que você realize as atividades do dia-a-dia. As proteínas atuam na reestruturação de células e tecidos, crescimento e manutenção do esqueleto e síntese de enzimas e hormônios. E os lípideos são o transporte das vitaminas lipossolúveis, A, D e K e também fornecem energia.

As vitaminas e os minerais são substâncias reguladoras, desempenham papel importante no bom funcionamento de intestino, contribuem na formação de ossos, dentes, cartilagens e no processo de absorção do organismo.

Em cada fase da vida há uma demanda energética e nutricional diferente, de acordo com a necessidade orgânica. Em estados de doença, a necessidade nutricional muda e requer um cuidado alimentar diferenciado.
Classes de Alimentos
Existem diversos tipos de divisões dos alimentos por classes. O que se apresenta a seguir é apenas uma dessas formas de os agrupar:

“Nós somos o que comemos”. Esta frase representa, com toda a certeza a importância que a nutrição possui na nossa existência, na manutenção da nossa saúde e na preservação da nossa qualidade de vida (Autor: Keith Weller, USDA ARS)

Leite e seus derivados (inclui iogurtes, natas e queijo, mas não inclui o leite de soja, o leite de soja fermentado, o tofu, nem qualquer outro alimento de origem vegetal – o leite é de origem animal)
  • Carnes
  • Peixes (inclui as conservas)
  • Ovos
  • Cereais e tubércolos (inclui o pão e todos os outros alimentos feitos à base de cereais)
  • Hortícolas, legumes e frutas
  • Gorduras (de origem animal e vegetal)
  • Bebidas
  • Chocolates e açúcares
O nutricionismo estuda ainda as quantidades calóricas e caraterísticas de cada alimento, sendo importante apurar se alguns dados históricos, curiosidades e tradições são realmente fiáveis. Na verdade, existem muitos mitos e preconceitos que dão má fama a alguns alimentos que apenas podem ser entendidos através da conjuntura histórica e social que os originou, sendo por isso necessário desfazer ou confirmar essas crenças populares, umas verdadeiras, fruto da experiência, mesmo que caídas em desuso ou ignoradas, e outras construídas por superstição ou receio do que é novo ou desconhecido.

Além disso, o nutricionismo estuda ainda quais os melhores modos de preparação dos alimentos e quais as precauções quanto à origem e higiene a tomar, tanto no momento de comprar os alimentos como no momento de os preparar.

São também muito importantes algumas boas práticas de criação e de procedimentos agrícolas, que permitem obter alimentos de maior qualidade alimentar e, desse modo, com maiores benefícios para a saúde.

De fato, nós somos o que comemos, de modo que é muito importante conhecer os alimentos e saber de que forma eles influenciam a nossa saúde.

Vitaminas
São micronutrientes importantes no processo de metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Embora as vitaminas sejam substâncias essenciais ao organismo, a maioria dos animais não consegue produzi-las em quantidade suficiente, ou não as produz. Por esse motivo, a ingestão de alimentos que as contenham é necessária.

No ser humano, a quantidade a ser ingerida pode variar conforme idade, sexo, estado de saúde e atividade física do indivíduo. As doses devem ser aumentadas em gestantes e lactantes, em indivíduos em crescimento ou com saúde debilitada, e mesmo trabalhadores em funções que exijam muito esforço físico. Mas, é um engano pensar que os alimentos podem ser trocados pelas vitaminas: sem a ingestão da comida, o organismo simplesmente não consegue absorvê-las.

As vitaminas são classificadas conforme substâncias que as dissolvem. São lipossolúveis, solúveis em gorduras, as vitaminas A, D, K, armazenadas no fígado, e a vitamina E, que é distribuída para todos os tecidos de gordura no corpo. As substâncias lipossolúveis não são facilmente excretadas pelo organismo e tendem a se acumular provocando intoxicação se ingeridas em excesso. Outro grupo é o das hidrossolúveis, ou solúveis em água, como as vitaminas C e as do complexo B (1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9), que permanecem no corpo por um pequeno período de tempo antes de serem excretadas pelos rins e, por essa razão, devem ser ingeridas diariamente. A B12 também é hidrossolúvel, mas permanece armazenada no fígado.

Saúde e Nutrição em Moçambique
Mais de metade da população moçambicana vive na pobreza. Apenas 36% da população têm acesso a cuidados de saúde. A esperança média de vida é de cerca de 50 anos e 11-12% dos moçambicanos estão infectados com HIV/SIDA. Moçambique está na cauda da lista do Índice de Desenvolvimento Humano, na 165ª posição entre 169 países.

Embora isso possa parecer triste, as tendências mostram, ainda assim, que se estão a fazer progressos, e isso dá-se sobretudo devido ao enfoque nos factores subjacentes que contribuem para uma melhor saúde, como sejam melhorar o acesso das mulheres aos serviços de saúde, especialmente durante a gravidez e o parto; combater a desnutrição, especialmente em crianças menores de 2 anos; e combater o HIV/SIDA, especialmente com enfoque nos grupos vulneráveis – tudo áreas em que Moçambique tem muito a ganhar.

No total, 44 procent de crianças menores de 5 anos são desnutridos crônicos, que é a taxa mais elevada na África Subsaariana, o equivalente a 1,7 milhões de crianças. Desnutrição crônica, que é irreparável após 2 anos de idade, é um grande obstáculo para o desenvolvimento cognitivo ea capacidade de aprendizagem das crianças. Estima-se que ela reduz o rendimento tempo de vida em 10%, o que resulta numa redução de 2-3 procent de PIB. A desnutrição de mulheres em idade reprodutiva é aparente, como mais de 50 procent sofrem de anemia e 16 procent dar à luz crianças com baixo peso ao nascer.

Estima-se que 1,4 milhões de moçambicanos estão infectados com SIDA, que deixou 510.000 crianças órfãos. Neste momento, 250.000 pessoas estão recebendo anti-retroviral, prolongar a vida medicin, mas isso só cobre cerca de 38 procent das pessoas em necessidade e custa 56 procent do orçamento da saúde.

Estamos agora na quarta fase do programa quinquenal dinamarquês para a saúde e HIV/SIDA. O nosso trabalho quotidiano assenta em experiências e resultados obti-dos durante as fases anteriores (HSPS Fase I - III) e baseia-se sobretudo em muitos anos que a Dinamarca tem de experiência de trabalho neste sector, em que tem sido uma nação pioneira na inovação e tem contribuído significativamente para promover a planificação e a montagem de sistemas, como sejam a criação de sistemas finan-ceiros e de planificação de recursos humanos e monitoria.
Nutrição Infantil em Moçambique
Uma boa nutrição é um direito básico da criança. Contudo, mais de duas de entre cinco crianças menores de cinco anos que vivem em Moçambique sofrem de desnutrição crónica, que é o estado de nutrição inadequada.

A desnutrição não é apenas um simples resultado da ingestão de muito poucos alimentos, mas de uma combinação de factores: insuficiência de proteínas, energia e micronutrientes, infecções ou doenças frequentes, maus cuidados e más práticas alimentares, serviços de saúde inadequados e água e saneamento impróprios.

A malnutrição durante a infância tem um efeito duradouro nas hipóteses de sobrevivência e desenvolvimento da criança. Em Moçambique, cerca de 45% das mortes de crianças menores de cinco anos estão associadas à malnutrição. Uma criança malnutrida também apresenta menores probabilidades de um bom aproveitamento escolar e é mais susceptível de contrair infecções e de sofrer de doenças crónicas na idade adulta. Por outro lado, estima-se que as crianças bem nutridas contribuem para a riqueza por promoverem o PIB nacional em até 11%.

A malnutrição também tem um impacto na sociedade em geral e no crescimento económico do país. Todos os anos, um valor estimado em MZN 16 biliões do PIB (em Julho de 2015 este valor seria equivalente a mais de US$ 416 biliões) é desperdiçado em Moçambique devido à malnutrição por causa da perda de produtividade.

43% das crianças de 0-5 anos sofrem de desnutrição crónica, representando quase nenhum progresso desde 2008. (Fonte: Sitan 2014)


Conclusão
Fim deste trabalho, concluiu-se que os alimentos possuem nutrientes que favorecem o funcionamento correcto do organismo. Diante da falta de alguns nutrientes, o corpo pode sofrer graves consequências em virtude da interrupção de alguma actividade básica. É por isso que uma alimentação saudável deve conter todos os nutrientes necessários para que a nossa saúde esteja garantida.

Constatamos também que a desnutrição ocorre quando uma pessoa apresenta a deficiência de algum nutriente. Ela pode ser desencadeada por uma alimentação insuficiente ou por outros problemas, como verminoses, anorexia, câncer, problemas de absorção, alergia ou intolerância alimentar.

A desnutrição pode levar a problemas fisiológicos, que, em casos graves, podem desencadear a morte do paciente. Normalmente a desnutrição é diagnosticada em razão da falta de energia para realizar tarefas, anemia, problemas de crescimento, mudanças na pele, entre outros sinais e sintomas.


Bibliografia
Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição - Um Modo de Fazer
Autor: Pinto, Ana Maria de Souza; Spinelli, Mônica Glória Neumann; Abreu, Edeli Simioni
Editora: Metha

Pirâmide dos Alimentos - Fundamentos Básicos da Nutrição
Autor: Philippi, Sonia Tucunduva
Editora: Manole

Fisiologia do Exercício - Energia, Nutrição e Desempenho Humano
Autor: Macardle, William D.
Editora: Guanabara Koogan

Manual de Nutrição Clínica
Autor: Leão, Leila Sicupira Carneiro de Souza; Gomes, Maria do Carmo Rebello
Editora: Vozes

Esola de Moz

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TEMA: 

Saúde e Nutrição: definição, determinantes, tipos, importância, vitaminas, moçambique

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