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As consequências da ocupação efectiva para Moçambique

As consequências da ocupação efectiva
Desde e o século XV, várias nações europeias, como Portugal, a Espanha, a Franca e a Inglaterra, tinham construído impérios coloniais, mas no final do século XVIII o colonialismo europeu parecia condenado, com a independência dos Estados Unidos da América e das colónias espanholas da América Central e do Sul.
No século XIX iria assistir-se a uma nova mudança nesta situação. O desenvolvimento industrial assente no modo capitalista de produção e a necessidade de matérias-primas e de novos mercados de escoamento para a produção industrial levou nova fase da expansão colonialista europeia – o imperialismo.
Consequências para Moçambique 
Tal como nos casos de outras colónias europeias, Moçambique passou a ser dominado pelos interesses políticos, económicos e estratégicos de Portugal nos finais do século XIX, quando vigorava um regime liberal de monarquia constitucional. O objectivo da colonização era a exploração económica, pelo que não houve grande preocupação com as condições de vida da população moçambicana.
A maior parte dos desenvolvimentos e melhorias que tinham lugar na colónia destinavam-se apenas a facilitar a exploração económica ou a criar condições mais adequadas aos modernos padrões de vida a que a classe dirigente europeia aspirava. Os benefícios para a grande maioria da população moçambicana eram poucos. A população passou a ser obrigada a trabalhar nas explorações das companhias e as matérias-primas passaram a ser exploradas pelos colonos portugueses. A progressiva passagem das terras para as mãos dos colonos fez com que os antigos proprietários deixassem de ser produtores e se vissem obrigados a ter de trabalhar como assalariados. Muitos moçambicanos tiveram, também, para poderem sobreviver, de ir trabalhar nas minas, plantações e fábricas da colónia inglesa do Natal e da república africânder do Transval (ambas na actual África do Sul). Todas estas alterações provocadas pelo sistema colonial tiveram consequências ao nível da organização social tradicional moçambicana: se por um lado permitiram a muitos trabalhadores (através da emigração) um aumento do seu poder de compra e um certo desenvolvimento do comércio, por outro lado fizeram diminuir a mão-de-obra disponível para os trabalhos na comunidade; as famílias foram ficando cada vez mais dependentes do trabalho assalariado (em especial do dos homens); colocaram em risco a própria economia de subsistência, devido à deslocação das mulheres para actividades fora do âmbito da família; obrigaram até a alteração de algumas instituições sociais, como o Lobolo, por exemplo, devido ao facto do rendimento familiar ter passado a provir de um salário. 
Conceitos 
Liberalismo — Doutrina politica, económica, social e cultural de inspiração iluminista. Defende, no essencial, as ideias de liberdade individual, propriedade privada, igualdade e respeito pelos direitos dos cidadãos. Difundiu-se na Europa, entre os séculos XVIII e XIX, em oposição ao Antigo Regime. A sua implantação política fez-se através das revoluções liberais burguesas. 
Lobolo — Compensação matrimonial destinada a contrabalançar, na família da noiva, a perda de um dos seus membros produtores e reprodutores. Os bens que compõem a compensação, bem como os eumontante, podem variar. Com o impacto capitalista, a compensação começou a ser dada em dinheiro.

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As consequências da ocupação efectiva para Moçambique

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