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O Colonialismo Português em Moçambique, de 1890-1930 - A Conferência de Berlim

Introdução
Chegaram a Moçambique muitos portugueses nos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX. Inicialmente comerciantes para tentar obter ouro, marfim e os escravos, e vinham acompanhados de missionários, que por sua vez construíram igrejas e ensinaram a religião católica e ocuparam melhores terras. Alguns chefes aliaram-se aos portugueses. Isto permitiu que os portugueses iniciassem a exploração do nosso país.

Introdução 
O colonialismo português em Moçambique, de 1890-1930 
A Segunda (2ª) corrida a Africa 
As viagens de exploração 
A Conferência de Berlim (1884-1885) 
Conclusão 
Bibliografia

O colonialismo português em Moçambique, de 1890-1930 
Após a Conferência de Berlim, realizada em 1885, surgiram novas regras de relacionamento entre as potências europeias e os territórios colonizados. Portugal, a potência europeia, e Moçambique, o território colonizado, sofreram por isso uma mudança de relacionamento. 
Houve a delimitação de fronteiras, a ocupação militar, a montagem do apare lho administrativo do Estado colonial e o estabelecimento de um sistema económico colonial. 
Nos finais do século XIX, Portugal enviou para Moçambique mais soldados e poderoso armamento para conquistarem e dominarem o nosso território. 
Portugal estava interessado na exploração directa das nossas riquezas – o ouro, o marfim, o algodão, o tabaco e a cana-de-açúcar.


Desde 1890, a única maneira de evitar tal situação era uma acção militar rápida para estabelecer a autoridade política portuguesa em Gaza, devido a resistência dos moçambicanos. 
Em Novembro chegaram, por mar, tropas portuguesas e o delegado do rei, António Enes tomou a direcção politica e militar em Janeiro de 1895. 

A Segunda (2ª) corrida a África 
No século XIX, verificou-se o aumento da produção industrial, resultado do uso crescente de máquinas modernas na indústria. Países como a Inglaterra, primeiro, e depois a França, a Bélgica, a Alemanha, os Estados Unidos da América e o Japão, desenvolveram-se graças à Revolução Industrial e à acumulação de capitais. O aumento da produção permitiu a descida dos custos e o consequente aumento dos lucros. Os industriais que acumulavam esses lucros tinham, por isso, capital para poder investir. África surgiu como uma boa hipótese de investimento.
Com o desenvolvimento cada vez maior das indústrias, crescia a necessidade de obtenção de matérias-primas. De modo a facilitar uma ininterrupta produção industrial, esses capitalistas começaram a investir em África, onde iam buscar matérias-primas, mas também podiam lá escoar os seus excedentes industriais. 
Assim, em plena Revolução Industrial, verificou-se uma corrida a África, às suas riquezas naturais e aos seus mercados. Portugal não tinha tanto capital como as demais potências, mas também foi pro tagonista nesta corrida. E dirigiu-se logo para as suas colónias, das quais se destacaram Angola e Moçambique. 


As viagens de exploração 
Com a evolução capitalista resultante da grande revolução industrial na Europa, tornou-se inevitável a divisão de África entre as grandes potências coloniais e imperialistas. A expansão e a anexação de territórios em África foram, regra geral, precedidas da realização de viagens de reconhecimento ou de exploração efectuadas por aventureiros e missionários europeus, sob o patrocínio de organizações científicas e filantrópicas. 
Na zona do actual território de Moçambique destacaram-se alguns viajantes e aventureiros: David Livingstone, Stanley e Silva Porto. 
  • O missionário inglês David Livingstone que, entre 1840 e 1873, em sucessivas viagens, deslocou-se ao longo do curso do rio Zambeze, no lago Niassa e na região de Tanganhica, atingindo as nascentes do rio Zaire. 
  • Stanley que em 1871 saiu de Zanzibar em direcção ao lago Tanganhica à procura de Livingstone; 
  • Atravessou a África Equatorial, da Costa Oriental — Zanzibar à Costa Ocidental — até à foz do Zaire, entre 1875-1877. 
  • António Francisco Ferreira da Silva Porto (Porto, 24 de Agosto de 1817— Guito, 2 de Abril de 1890) foi um comerciante eexplorador português que se notabilizou no interior de África. Parece ter sido o primeiro a fazer a ligação entre o Alto Zambeze e Angola, entre 1852-53. 
Depois de Silva Porto, destacaram-se dois aventureiros portuguêsses em território moçambicano. Graças ao êxito da expedição de 1877 (Brito Capelo, Roberto Ivens e Serpa Pinto exploraram as bacias do Zaire e do Zambeze), Brito Capelo e Roberto lvens foram nomeados para uma segunda viagem, cujo objectivo era encontrar uma via de comunicação entre Angola e Moçambique. Assim, estes exploradores saindo de Moçâmedes atravessaram o continente na zona austral e chegaram a Quelimane sete meses depois. 
Estas viagens de exploração começaram a interessar a muitas associações que eram designadas por científicas e filantrópicas, criadas com o objectivo de promover a exploração e conhecimento da civilização africana. Destas, o destaque vai para a que se centrou no estudo do território moçambicano, a Sociedade de Geografia de Lisboa, criada em 1875. 

A Conferência de Berlim (1884-1885)
Antecedentes
Principais Objectivos da Conferência de Berlim
- A Conferência
A Situação Depois da Conferência 


Conclusão 
Dada por terminada a abordagem do supracitado tema, pôde concluir-se que olhando do lado dos colonos esta conferência foi benéfica pois ajudou bastante na definição do território de cada um, o que por sua vez veio a diminuir muitos conflitos territoriais entre as potências. 
Porém, olhando do lada das colónias (africanos), esta conferência foi muito negativa, na medida que as divisões da conferência não respeitaram as relações étnicas, linguística e mesmo familiares dos povos desse continente. Como impacto das decisões tomadas em Berlim, podemos notar também que grande parte das delimitações e fronteiras que observamos hoje foram definidas na Conferência de Berlim. 
Como resultado desta conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral, com exceção das colônias portuguesas de Angola e Moçambique e o Sudoeste Africano, toda a África Oriental, com exceção da Tanganica e partilhou a costa ocidental e o norte com a França, a Espanha e Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde); o Congo, que estava no centro da disputa, o próprio nome da Conferência em alemão é “Conferência do Congo” – continuou como “propriedade” da Associação Internacional do Congo, cujo principal acionista era o rei Leopoldo II da Bélgica; este país passou ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o Ruanda e o Burundi. 

Bibliografia 
  • NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013 
  • Pereira, Luís José Barbosa, Pré-Universitário 12, 1ª ed., Longman Moçambique Lda., Maputo 2010 
  • www.escolademoz.blogspot.com
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TEMA: 

O Colonialismo Português em Moçambique, de 1890-1930 - A Conferência de Berlim

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